Exposição de peças artesanais movimentou o centro de convivência no Jardim Adriana |
Peças como tapetes de cordão, crochê, tricôt, toalhas bordadas em ponto cruz, pintura em tecido, cachecóis e toucas estiveram a mostra
Dispostos a mudar de vida, buscar alternativas saudáveis e prazerosas
para sair da rotina, cerca de 110 idosas cadastradas no Centro de
Convivência do Jardim Adriana, confeccionam peças artesanais e
realizaram uma exposição na sexta-feira, dia 24. Diversidade de cores,
formas e texturas foram mostradas em peças como tapetes de cordão,
crochê, tricôt, toalhas bordadas em ponto cruz, pintura em tecido,
cachecóis e toucas.
Durante a exposição, também aconteceu o ensaio do coral, que teve
gestos e canções que provocaram exercícios de alongamento específicos
para a terceira idade. Todas as terças e quintas-feiras este pessoal
participa de cursos e oficinas gratuitas oferecidas pela Prefeitura de
Colombo, através da Secretaria da Ação Social e Trabalho.
De acordo com a coordenadora do Centro de Convivência Jardim Adriana,
Marta Pinheiro, por meio das atividades realizadas na instituição, eles
têm a oportunidade de se reintegrar socialmente, aprimorar o
conhecimento e desenvolver habilidades. Ӄ muito gratificante ver a
alegria e satisfação pela oportunidade de estarem aqui. Nós realizamos
passeios, participamos de bailes e festas com shows de prêmios e várias
outras atividades prazerosas”, contou.
A secretária da Ação Social e Trabalho, Maria da Silva Souza, relata
que em Colombo, existe ao todo, cerca de 1800 idosos cadastrados nos 29
Centros de Convivência distribuídos nos vários bairros da cidade.
Segundo ela, as atividades previstas no projeto proporcionam aos idosos
uma excelente qualidade de vida. “Com certeza a socialização previne
doenças causadas pelo abandono, além da depressão e solidão”, explica.
Idosos também participaram de atividade física específica para a idade |
Para as aposentadas Terezinha de Souza, 78 anos, e Geralda Trindade
86 anos, os encontros têm lhes proporcionado alegria e valorização. Elas
afirmam que se sentem satisfeitas em realizar trabalhos manuais e
sempre aprendem coisas novas. As atividades de lazer, os passeios e toda
forma de socializar me deixa mais realizada, mais feliz, acrescenta
Terezinha de Souza, 78 anos.
O senhor Manoel Antônio Aguirre, 80 anos, viúvo há apenas dois meses,
diz estar encontrando forças e motivação para seguir a vida
freqüentando o Centro de Convivência. “Sinto-me respeitado, com
dignidade, e mesmo com grande tristeza no coração, pela perca da minha
companheira, sei que vale à pena viver e envelhecer com qualidade de
vida”, acredita.
O voluntário do projeto, Robson Luiz Aleixo, explica que os assuntos
abordados nas palestras trazem como principais temas, situações vividas
no dia a dia, como inclusão social, relacionamento familiar, perdão e
como se comunicar e ser entendido. ”Através de nossas palestras, muitos
já conhecem seus direitos e deveres. Assim, eles conseguem reivindicar o
direito, por exemplo, de se sentar nas cadeiras preferenciais nos
ônibus coletivos, quando esse direito não é respeitado”, esclarece.
Fotos: Bruno do Carmo/PMC
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