sexta-feira, 1 de novembro de 2013

MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ ACIONA PREFEITA DE COLOMBO E DIRETOR POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

A 6.ª Promotoria de Justiça de Colombo, município da Região Metropolitana de Curitiba, ajuizou hoje (01/11) ação civil pública contra a prefeita Beti Pavin e o diretor do Departamento Administrativo da Secretaria Municipal de Saúde, Marcel Rene Todesco Weldt. Segundo o MP-PR, a prefeita e o diretor infringiram o Estatuto dos Servidores do Município. Uma empresa privada também é ré na ação.


De acordo com o Estatuto, “é proibida aos servidores municipais a acumulação de cargo de gerência em empresa privada”. Porém, o diretor acionado, desrespeitando essa regra, também ocupa o cargo de gerente em uma empresa privada. O MP-PR constatou que o diretor tentou, inclusive, por meio da empresa da qual é gerente, celebrar um contrato de fornecimento de materiais e acessórios com o município de Colombo.


O Ministério Público também expediu uma Recomendação Administrativa à prefeita, para que exonerasse o diretor, caso esse não comprovasse o seu afastamento da gerência da empresa privada. Porém, segundo o promotor de Justiça Paulo Conforto, responsável pela ação, a situação ilegal persistiu.


A conduta dos réus, violando o princípio da legalidade, no entender do Ministério Público, caracteriza ato de improbidade administrativa. Assim, tanto a prefeita quanto o diretor ficam sujeitos às sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa, entre as quais perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa civil.

POLÍCIA DESCOBRE DESMANCHE QUE FUNCIONAVA EM 'BATCAVERNA' DE CASA

 Garagem de residência escondia elevador secreto que levava para oficina clandestina no subsolo. Uma pessoa foi presa
Policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) do Paraná desarticularam na noite de quarta-feira um desmanche de veículos que funcionava no porão de uma residência no município de Colombo, na região metropolitana de Curitiba. O que chamou a atenção dos policiais, no entanto, foi a engenhosidade dos criminosos, que montaram um elevador que descia os veículos roubados até um porão secreto, onde havia uma oficina clandestina.

"A imprensa aqui do Paraná apelidou lá o desmanche de 'Batcaverna', pela elaboração do sistema", disse o delegado José Vitor Pinhão, que participou da operação. De acordo com o delegado, o elevador era escondido por um fundo falso no piso, que era recolhido durante o uso.

A operação foi resultado de dois meses de investigação. A empresa suspeita funcionava em uma residência na rua Francelisio José de Camargo, no bairro Atuba, no limite entre Colombo e Curitiba.

"Ontem, agentes chegaram lá e a empresa estava fechada, mas notaram que, nos fundos do terreno, havia um vazamento de óleo, e encontraram um motor. Após vistoria minuciosa, eles perceberam que a garagem na verdade tinha um fundo falso, uma espécie de assoalho que era recolhido com o uso de um motor elétrico. 

Foi quando, pra surpresa de todos os policiais, descobriram que existia uma oficina dissimulada no porão, e que os veículos eram colocados num elevador para que o pessoal fizesse o corte dos veículos no subterrâneo da casa", relembra o delegado.

Um funcionário do desmanche, identificado como Claiton Vicente, 33 anos, foi preso em flagrante. À polícia, Claiton disse que trabalhava há dez anos no esquema ilegal, sendo que a oficina secreta da "Batcaverna" funcionava há cinco anos. "Ele disse que a cada semana chegava uma caminhonete de luxo roubada para ser desmanchada. Pelos nossos cálculos, pelo menos 200 veículos passaram por lá", disse o delegado Pinhão.

A "Batcaverna" teria uma área de aproximadamente 25 metros quadrados. No local, os policiais encontraram uma caminhonete inteira e dezenas de peças desmanchadas. "Pela quantidade de peças, estamos até com dificuldade de logística para retirar as evidências do local", disse o delegado, que ressaltou que vizinhos se disseram surpresos com a ação policial. "Os vizinhos falaram em depoimento que nunca suspeitaram de nenhuma movimentação estranha, nem barulho, nem nada. Foi uma surpresa geral."

O dono do desmanche já foi identificado, mas ainda não foi expedido contra ele um mandado de prisão.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

ENTREGA DE 66 CASAS CONCLUI RESIDENCIAL EM COLOMBO

Habitação

A espera pela nova casa de 66 famílias de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, terminou nesta sexta-feira (29). A entrega das moradias oficializou a inauguração do Residencial Jardim Marambaia, com 188 unidades. As chaves foram entregues pelo diretor de Regularização Fundiária e Relações Comunitárias, da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Nelson Cordeiro Justus, e pela prefeita Beti Pavin.

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O empreendimento recebeu investimentos de R$ 7,1 milhões em recursos do Governo do Paraná, Caixa Econômica Federal e a Prefeitura de Colombo no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Houve ainda participação da Copel e Sanepar no fornecimento de serviços de luz, água e esgoto.

Justus explicou que as obras sofreram paralisação pelo descumprimento do contrato por parte da construtora que venceu a licitação. Depois de rescindir o contrato, a Cohapar fez nova contratação em caráter emergencial para a conclusão do residencial e entrega das últimas 66 unidades.

MUDANÇA 
 
“Agora é o momento das famílias comemorarem esta conquista, que significa a mudança de uma área de risco e de situação irregular para uma casa digna e segura, com toda a qualidade que merecem”, afirmou o diretor.

A prefeita Beti Pavin disse que as novas casas significam garantia do direito à cidadania e destacou a parceria com o Governo do Estado e a Caixa. “Já estamos estudando e negociando com a Cohapar ampliação de benefícios como este para mais famílias”.

Além da construção de casas, outro projeto em andamento no município é a regularização fundiária e titulação de imóveis, que já beneficiou 902 famílias com a garantia da escritura de suas propriedades.

FUTURO 
 
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 A família de William de Lara e Patrícia Dantas agora só pensa no futuro. “Temos uma filha de dois anos e essa casa é a garantia de um futuro melhor pra ela”, disse Patrícia.

Para o casal Gilberto Jordão e Paula do Amaral, o sentimento é de pura alegria. “A gente demorou a acreditar que essa casa era de verdade, mas agora o sonho se tornou realidade”, disse Gilberto. “Estamos pensando em comprar móveis novos e fazer algumas melhorias. O importante é pensar no futuro”, declarou Paula.

DÍVIDA DE R$ 35 MIL MANTÉM HOSPITAL FECHADO

Santa Casa de Colombo está interditada desde janeiro de 2012 porque não pagava os médicos. População precisa vir a Curitiba em caso de emergência

A interdição da Santa Casa de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, vai completar dois anos em janeiro de 2014 sem que nada tenha sido feito para reabrir o hospital público, que era referência em emergência para os cerca de 200 mil habitantes da cidade. O atendimento na Santa Casa foi interrompido pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) do Paraná por causa da falta de pagamento aos médicos. 

Com aproximadamente R$ 4 milhões em débitos atrasados, o hospital precisa quitar uma dívida tributária de R$ 35 mil para voltar a receber dinheiro público.

Desde 2012, em caso de urgência, a população tem de procurar atendimento em Curitiba, na Unidade de Ponto Atendimento 24 horas do Boa Vista, ou em Campina Grande do Sul, no Hospital Angelina Caron. “A gente demora uma hora, uma hora e meia para chegar a outro lugar. Se acontece alguma coisa grave mesmo, a pessoa é capaz de morrer no caminho”, lamenta a agricultora Cecília Perim, moradora de Colombo. 

Antes da interdição ética do CRM, o hospital atendia cerca de 6 mil pessoas por mês pelo Sistema Único de Saúde e tinha 72 leitos de internação. O atraso no pagamento dos salários foi o estopim para que outros problemas viessem à tona. O CRM apontou falhas em equipamentos e falta de medicamentos, o que a direção do hospital nega. Hoje, nada funciona e o prédio começa a dar sinais de abandono. O mato em volta da área externa está alto e bancos de espera e janelas estão quebrados.

Descaso

A filha de 2 anos da empregada doméstica Juliana de Souza caiu da escada de casa recentemente e sofreu ferimentos no rosto e nos braços. Ela até levou a criança a um posto de saúde da cidade, mas a criança não foi atendida. “É a única opção que a gente tem porque o hospital está fechado. Quando eu cheguei as atendentes até ficaram preocupadas, mas não tinha um médico, não tinha ambulância, não tinha nada”, contou.

Conhecidos viram o desespero de Juliana, que chorava no meio da rua com a filha nos braços, coberta de sangue, e ofereceram uma carona. Foi assim que ela conseguiu atendimento no Pronto Atendimento do Alto Maracanã, quase duas horas depois que a criança rolou escada abaixo. “A gente se sente abandonada porque ninguém está olhando por nós”, reclama.

Congresso quer ampliar repasse às Santas Casas
Folhapress

O Congresso Nacional negocia ampliar a possibilidade de repasses do Orçamento da União para as Santas Casas e entidades filantrópicas. A ideia é permitir que essas instituições possam receber verba para custeio (exceto gastos de pessoal) e obras de ampliação das unidades. Com isso, os recursos seriam destinados, por exemplo, para compra de medicamentos e material para cirurgia.

A medida foi aprovada pela Comissão Mista do Orçamento no relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014. Para ser efetivada, ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Congresso e ainda inserida na proposta orçamentária de 2014, que deve ser votado até dezembro. A LDO tem como principal finalidade orientar a elaboração dos orçamentos fiscal e da seguridade social e de investimento do Poder Público.

Segundo parlamentares, as Santas Casas recebem atualmente do Orçamento, por meio de emendas parlamentares, recursos apenas para a compra de equipamentos. 

Para o presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Santas Casas, o deputado Antonio Brito (PTB-BA), a medida é urgente para ajudar a dar novo fôlego às entidades. “A ideia é gerar o debate porque a saúde está ganhando prioridade”, afirmou. De acordo com a frente, as 2,1 mil Santas Casas são responsáveis por 51% dos atendimentos realizados no país.

No início do mês, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que garantiu o perdão de tributos federais devidos por essas entidades, no valor estimado de R$ 15 bilhões. Esse passivo inclui débitos previdenciários, de Imposto de Renda e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
 
fonte: Gazeta do Povo

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O TEMPO PASSA , O TEMPO VOA, E OS LADRÕES DO BAMERINDUS E BANESTADO CONTINUAM NUMA BOA.

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Duas grandes roubalheiras comprometeram o progresso e o desenvolvimento do povo paranaense para favorecer políticos corruptos. 

A quebra do Banestado e a venda do Bamerindus seguiram roteiros parecidos, favorecendo verdadeiras quadrilhas organizadas em torno da política local, estadual e nacional.

 Na verdade, os maiores ladrões do Brasil não estão nas penitenciárias e delegacias, mas soltos, nas colunas sociais.

O Bamerindus, em 1997, presidido na época por José Eduardo de Andrade Vieira, sofria ataques sistemáticos da mídia e boatos sobre possível inadimplência. 

Em alguns setores e corredores palacianos dava-se como certa a “quebra do Bamerindus”. Entretanto, a realidade era outra, o banco paranaense tinha 1.241 agências, ativos de mais de 10 bilhões de reais e uma das maiores e rentáveis seguradoras do país. 

O que aconteceu para que o banco fosse entregue de mão beijada ao HSBC? Hoje, finalmente, o livro “Privataria Tucana” revela os bastidores da campanha para tirar o Bamerindus dos paranaenses: o ex-ministro das Comunicações, Sérgio Mota, havia pedido 100 milhões de reais ao banqueiro José Eduardo de Andrade Vieira como doação para a campanha de FHC.

 O banqueiro disse não, embora colocasse avião com piloto à disposição da campanha e fizesse outras doações em dinheiro.

Meses depois da campanha o HSBC recebeu dinheiro do governo – na surdinha – para comprar o Bamerindus:

431,8 milhões de reais do Banco Central foram entregues ao HSBC para reestruturar o Bamerindus e saldar dívidas de reclamações trabalhistas. Além do dinheiro, o Banco Central limpou a parte problemática da carteira imobiliária, repassada para a Caixa Econômica Federal, que por sua vez recebeu 2,5 bilhões do Proer. Ou seja, o Brasil comprou o Bamerindus para o HSBC e o Paraná perdeu um dos maiores bancos do país.

Com o Banestado o escândalo foi ainda maior. O maior desvio de dinheiro na história do Paraná chega a de 19 bilhões de reais durante o governo Jaime Lerner, com a quebra do Banestado, um dos bancos mais fortes e promissores do país, com 70 anos de trabalho financiando o progresso do nosso Estado. A “quebra” do Banestado foi um processo rápido e serviu para enriquecer quadrilhas organizadas e políticos de dentro e de fora do banco.

O Banestado foi quebrado numa espécie de “queima de arquivo” para esconder falcatruas e roubalheiras com o dinheiro público. Doleiros presos nos anos que se seguiram confessaram que entregavam dinheiro vivo, fruto da roubalheira, ao ex-governador e deputados da sua base de apoio na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.

Este caso precisa ser relembrado porque não foi devidamente tratado pela chamada “grande” imprensa.

Estas informações foram publicados no livro “Histórias sobre Corrupção e Ganância” do corajoso jornalista Wilson J. Gasino, baseado na CPI do Banestado instalada na Assembleia Legislativa sob a presidência do deputado Neivo Beraldin. Portanto, são fatos reais, fruto de mais de seis meses de pesquisas na documentação levantada pela CPI.

Os paranaenses precisam saber desses fatos porque estão pagando a conta, até o ano de 2029. Dinheiro roubado que faz falta na construção de presídios (contratação de policiais) escolas, universidades, postos de saúde etc., está sendo usado para pagar o maior roubo da história do Paraná. E os ladrões – na maioria políticos - estão impunes, gastando o dinheiro roubado, rindo do povo paranaense e da Justiça, de quem roubaram essa grande fortuna.

 A roubalheira no Banestado não parou por aí. O banco depois de saqueado por corruptos foi vendido ao Itaú, mas a dívida, o prejuízo, ficou para o povo paranaense, que vai pagar até 2029 o dinheiro roubado, e o banco comprador, o Itaú, ficou só com a parte boa, com o lucro abusivo de dívidas avaliadas à menor.

 “O Relatório Final da CPI do Banestado, com 1.142 páginas foi entregue à sociedade em dezembro de 2003 e encaminhado ao Ministério Público, que propôs várias ações, das quais já resultaram dezenas de condenações, inclusive de diretores e ex-presidentes do Banestado. 

O livro “Histórias sobre Corrupção e Ganância” resulta de mais de seis meses de pesquisas na documentação levantada pela CPI e conversas com o deputado Neivo Beraldin, conta algumas das histórias mais impressionantes, citando nomes dos envolvidos (funcionários, diretores, políticos e empresários), valores, modus operandi e até as ações e condenações já existentes na Justiça. 

O livro conta, também, os bastidores das disputas e manobras que muitas vezes ficam longe do conhecimento da sociedade, mas que configuram uma verdadeira guerra travada nas trincheiras políticas”.

Após o lançamento deste livro, ele misteriosamente “desapareceu” das livrarias. Alguns dos favorecidos na roubalheira do Banestado correram para comprar os exemplares editados para impedir a população de ter acesso às informações e denúncias publicadas. Felizmente algumas dezenas de livros foram salvos e estão disponíveis em diversos sebos da cidade. 

Trata-se de um livro raro, essencial para aqueles que desejam saber onde foi parar os mais de 19 bilhões roubados do povo paranaense no governo Jaime Lerner, de triste memória.

Políticos corruptos roubaram dois bancos do povo do Paraná. Bancos que financiavam o progresso e o desenvolvimento dos paranaenses. Os ladrões continuam impunes, frequentando as colunas sociais da mídia incompetente.

PM QUE MATOU JOVEM EM ABORDAGEM NA ZONA NORTE DE SP É PRESO

PM que matou jovem em abordagem na zona norte de SP é preso

       "José Rodrigues exibe o RG do
            filho Douglas, morto por PM 
            durante abordagem na zona norte de SP"
Adolescente de 17 anos levou tiro no peito dentro do carro, no domingo; morte causou revolta na vizinhança e onda de depredação no bairro
stá preso no Presídio Romão Gomes o policial militar que matou o adolescente Douglas Martins Rodrigues, de 17 anos, durante abordagem na Vila Medeiros, na zona norte de São Paulo, no domingo, 27. 
"Um episódio lamentável, mas as providências foram tomadas, o policial foi autuado em flagrante por homicídio. Já está preso. Nós queremos concluir rapidamente a investigação para que o  inquérito seja levado à Justiça e que ela possa analisar e decidir", disse o secretário de Segurança, Fernando Grella Vieira.

O corpo de Douglas foi enterrado no fim da tarde desta segunda-feira, 28, no Cemitério Parque dos Pinheiros, também na zona norte. O velório começou por volta das 6h em uma igreja da Avenida Roland Garros, no Jardim Brasil.

A Vila Medeiros foi alvo de protestos de vizinhos que, na noite de domingo, após o assassinato, ficaram revoltados com a ação da polícia. Na manifestação, com cerca de 300 pessoas, duas lotações, um ônibus e um carro foram incendiados e lojas foram saqueadas. A PM interveio com bombas de gás e balas de borracha para a dispersão.

Os vizinhos alegam que Douglas, que era estudante do 3° ano do Ensino Médio, foi abordado pelos policias e, sem ter reagido, levou um tiro. Os policiais sequer teriam falado com a vítima. O policial Luciano Pinheiro Bispo foi autuado em flagrante pelo homicídio e alega que o disparo foi acidental.

A vítima estava acompanhada de um colega e um irmão mais novo de 13 anos. O irmão foi ouvido pela polícia e disse que eles iriam até o pai de um colega avisar que queriam participar de um festival de pipas em Atibaia. Enquanto estavam na Rua Bacurizinho, no Jardim Brasil, conversando com o pai desse garoto, uma viatura passou deu a volta e um PM atirou contra o peito de Douglas, que estava no carona.

"Por que o senhor fez isso comigo?", teria dito a vítima, de acordo com o irmão. Ainda segundo ele, os policias ficaram nervosos e não sabiam o que fazer. Eles levaram 10 minutos para socorrer o rapaz. Ele foi levado inconsciente ao hospital, onde morreu.

O corpo de Douglas foi liberado do IML na manhã desta segunda. O motorista José Rodrigues, de 44 anos, diz que o filho era um garoto trabalhador e que havia acabado de comprar um carro para usar quando completasse 18 anos, em fevereiro. O veículo modelo Gol custou R$ 5,5 mil - metade do valor havia sido paga por Douglas com o seguro desemprego. "O resto a gente vê o que vai fazer", disse o pai. Douglas trabalhava em uma lanchonete como chapeiro. Colaborou Caio do Valle


domingo, 27 de outubro de 2013

NEONAZISTA QUE ENFORCOU MENDIGO RECEBE LIBERDADE

Justiça permite liberdade a neonazista preso após enforcar morador de rua. Juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima concedeu alvará de soltura para Donato Di Mauro

neonazista donato di mauro
 Morador de rua foi agredido por neonazista Donato Di Mauro (Arquivo) 

 Os advogados de Antônio Donato Baudson Peret, conhecido como Donato Di Mauro, de 25 anos, devem acompanhar os procedimentos que irão possibilitar a saída do neonazista detido na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem. A juíza da 9ª Vara Criminal da Justiça Federal de Belo Horizonte, Raquel Vasconcelos Alves de Lima, concedeu o alvará de soltura para o jovem nesta quarta-feira (23).

Em abril deste ano, a Polícia Civil prendeu o auxiliar de ourives no interior de São Paulo. Ele saiu da Capital mineira após a repercussão de uma postagem feita em seu perfil no Facebook que chamou a atenção das autoridades. Donato divulgou uma foto na qual aparecia enforcando um morador de rua negro na Savassi. Na legenda da imagem, o rapaz justificava dizendo que o homem agredido era usuário de drogas.

Marcus Vinícius Garcia Cunha, de 26 anos, e João Matheus Vetter de Moura, de 20, acabaram sendo detidos em Belo Horizonte na mesma operação, suspeitos de integrarem o grupo do qual Donato fazia parte. Nos perfis mantidos pelos três em redes sociais foram identificadas diversas mensagens de ódio com conteúdo racista e nazista. Eles ainda são acusados de participação em agressões e ameaças contra hippies, homossexuais, moradores de rua e negros em Belo Horizonte.

Em outubro, João Matheus foi solto após cumprir um mandato de prisão temporária de dez dias. Já Marcus Cunha conseguiu sair da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria na semana passada, quando a Justiça concedeu um habeas corpus ao acusado.

Eles respondem a processos por formação de quadrilha, racismo e divulgação do nazismo.