sábado, 11 de maio de 2013

JÁ DESCOLOU SEU ORGASMO HOJE ?

“No fundo, no fundo, o orgasmo é o produto mais cobiçado de hoje em dia. Por um princípio básico de mercado, sempre a demanda é proporcionalmente inversa à oferta. Assim, podemos concluir que, se há uma demanda desesperada é porque há uma oferta retraída. O orgasmo é muito prometido e pouco cumprindo. Nem comprido (em oposição a curto). O indivíduo que encontra, fica, namora, amiga ou casa, promete orgasmo. Mas nem sempre entrega. Parece promessa de candidato. Produtos diversos prometem orgasmo, como a cerveja, o novo modelo de carro, o ovo de chocolate, o macarrão instantâneo e tantos outros. Mas tudo isso é propaganda enganosa. Ainda não foi inventado um sucedâneo genuíno ao sexo para proporcionar o orgasmo legítimo, de qualidade. E ter um orgasmo frustrante é ficar na mão, como diz a sabedoria popular.

Primeiramente convém tecer algumas considerações terminológicas. Orgasmo seria produto, ou serviço? Ele tem características de produto, por se tratar de um bem material (e imaterial), in natura, tem valor econômico, é móvel (a jato), fungível (acaba depois do uso) perecível (ou transitório) e tal. Não é um produto de prateleira, postula a condição de customizado.

Por outro lado, o orgasmo tem características exclusivas de serviço: Exige a presença de um profissional. Profissional em termos, porque o profissional mesmo (prostituta, garoto de programa), ao contrário do que ocorre em outros serviços, acaba por depreciá-lo. Há tentativas frustrantes de se conseguir sozinho o orgasmo, do tipo artesanal. Mas é como fazer justiça com as próprias mãos. É falso, sem graça e ainda, se praticado de forma frequente e continuada, acaba se transformando em vício. O vício da solidão, o preferido pelos auto-fornicários. Outra característica de serviço do orgasmo é que ele não pode ser guardado ou acumulado. Ninguém consegue acomodá-lo no cofre, nas gavetas da cômoda, ou mesmo entre as páginas do livro de cabeceira feito folhas dissecadas de avenca. Ninguém pode dizer, estou com cinco orgasmos guardados lá em casa e vou consumi-los semana que vem.

Portanto, o orgasmo é um bem compósito, misto de produto e serviço. Um produto gerado e consumido simultaneamente ao seu fazimento (como dizem os juristas).

Seja produto, seja serviço, seja produto complexo, seja lá o que for, a verdade mesmo é que o mercado está carente de orgasmo. Engraçado é que o segmento vem recebendo estímulos, incrementos e incentivos de facilidade, mas o efeito tem sido contrário. A liberação dos costumes, as roupas expositivas das partes, as facilidades de encontro, os sex shops, os filmes pornôs, a sexificação precoce das crianças, o prolongamento da vida útil dos velhos, os tratamentos médicos, os hormônios sintéticos, o Viagra, os óleos lubrificantes, os preservativos, tudo está aí à mão de todo mundo. Ainda assim a produção de orgasmos parece ter um crescimento inversamente proporcional à demanda.

E com a oferta escassa, cada um que arme sua estratégia e execute a melhor tática para descolar o seu de cada dia. Outro dias me falaram de uma moça que desenvolveu uma técnica infalível para ter sua ração de orgasmo diário, sem interrupções. Muito bonita (pras pessoas bonitas a coisa é sempre mais fácil) ela se traja de modo atrativo, mas sem exagero, sai de manhazinha e cada dia vai a um parque onde o pessoal faz caminhada, normalmente sob árvores, ao redor de um lago.

Ao ver que vai cruzar com alguém que lhe interessa, ela dá umas pedalas na frente da pessoa como se estive indecisa quanto a mão a tomar. Aproveita para dar um sorriso simpático, pede desculpas de modo agradável e se possível faz um afago carinhoso na pessoa atrapalhada em sua andança. É claro que nessas alturas a outra pessoa já fica mexida. Caso a aproximação não aconteça nessa hora mesmo, na volta seguinte é fatal. Como já foi travado um contato anterior, a moça se vê legitimada a sorrir na próxima volta e puxar um assunto. Vira o curso da caminhada, entabula um papo legal e dali mesmo pode sair uma troca de telefones, ou mesmo uma agenda para a produção e consumo do orgasmo. Assim ela não tem sofrido as agruras da escassez de orgasmo que se abateu sobre a humanidade nos últimos tempos.

Portanto se você ainda não armou sua teia, não estabeleceu sua tática nem saiu ao campo operacional para descolar o seu quinhão de orgasmo no mundo, o que você está esperando? A hora é agora. A vida é uma só e não costuma dar marcha a ré.”
 
Edival Lourenço, RevistaBula

FUNDAÇÃO CULTURAL PROMOVE PROGRAMAÇÃO ESPECIAL NA SEMANA NACIONAL DE MUSEUS

CULTURA

A Semana Nacional de Museus, que acontece de 13 a 19 de maio, tem neste ano o tema “Museus (memória + criatividade) = mudança social”. Em sua 11ª edição, o evento que tradicionalmente comemora o Dia Internacional de Museus, em 18 de maio, conta em 2013 com a participação de 1.252 instituições, responsáveis por 3.911 atividades espalhadas por 535 cidades brasileiras. A Fundação Cultural de Curitiba responde por importantes iniciativas, abrigadas em alguns de seus espaços, com o objetivo de dinamizar os acervos e estabelecer um diálogo com a população. 

Reflexão, discussões e trocas de experiências marcam a agenda preparada pela Fundação Cultural. Os encontros, todos com entrada franca, têm início na segunda-feira (13), abrangendo o Memorial de Curitiba, os museus da Gravura e da Fotografia, instalados no Solar do Barão, o Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba, a Casa Romário Martins e o MuMA – Museu Municipal de Arte de Curitiba. “As ações, além de aumentar a visibilidade desses endereços, fortalecem o envolvimento das comunidades com as programações desenvolvidas nos locais”, destaca o presidente da Fundação Cultural, Marcos Cordiolli.  

Memorial – Na segunda-feira (13), a partir das 18h, no Teatro Londrina do Memorial de Curitiba (Rua Claudino dos Santos, 79), desenvolve-se o seminário “História, Memória e Imagem”, resultado do edital de Ocupação de Espaços Históricos do Fundo Municipal da Cultura. 
A mesa-redonda será coordenada pelo professor Magnus Roberto de Mello Pereira que irá abordar, juntamente com os professores Rosana Kaminski e Clóvis Grüner, questões sobre como as imagens são importantes fontes para o historiador e de que maneira elas permitem soluções que vão além do texto escrito num artigo ou livro, fazendo com que o conteúdo historiográfico alcance um público ainda maior. 

Antecedendo o seminário, palestrantes e ouvintes participam de uma visita mediada à exposição “Curitiba, anos 50 – Identidade”, em cartaz na Casa Romário Martins (Largo da Ordem, 30). A montagem da mostra foi orientada pelo professor Magnus Pereira, integrante do Departamento de História da Universidade Federal do Paraná.

O Teatro Londrina também abriga, na terça e na quarta (14 e 15), das 18h às 21h, o seminário “Mobilidade e Espaço Público”, reunindo diferentes palestrantes a cada dia. A mesa-redonda de terça-feira terá Clóvis Ultramari, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná; Maria Luiza Marques Dias, da Universidade Federal do Paraná; e Sérgio Pires, presidente do Ippuc – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba.

Na quarta-feira, será a vez de Fábio Duarte e Salvador Gnoato, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, mais Jussara Silva, da Universidade Positivo, comandarem o debate. Os professores irão apresentar temas referentes a questões urbanas como transporte, memória, patrimônio e sustentabilidade, entre outros. A proposta é provocar o público com problemas, ideias e reflexões que, embora dirigidos principalmente a Curitiba, são válidos para todas as cidades. 

Outra atração do Memorial de Curitiba é a exposição “Esculturas Públicas”, com fotos de Bruno Mendes que registram as esculturas públicas do artista Henrique de Aragão, autor de centenas de obras que estão espalhadas por igrejas e espaços públicos do norte do Paraná. Escultor, pintor, desenhista, dramaturgo, poeta e animador cultural, Aragão desenvolve naquela região paranaense extraordinário trabalho, não só como pioneiro no ensino da arte, mas também se impondo como um dos grandes renovadores da arte sacra nacional. 

A população também poderá percorrer o Setor Histórico de Curitiba com visitas ao Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba, Casa Romário Martins, igrejas da Ordem e do Rosário e Praça Garibaldi, mediadas pelo grupo de Ação Educativa da Fundação Cultural de Curitiba, com agendamento pelos telefones (41) 3321-3246 e (41) 3321-3282. O programa desenvolve-se de 14 a 17 de maio, das 9h às 18h, e no dia 18 de maio, das 10h às 12h.

Museus – O Museu da Gravura Cidade de Curitiba, no Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533 – Centro), terá uma programação focada na origem daquele espaço, estabelecendo conexão com a história da cidade e do Paraná por meio da trajetória de vida do Barão do Serro Azul, personagem com intensa atividade política e comercial, que viveu onde hoje está sediado o museu. As atividades atendem a diversos públicos, contando com visitas mediadas ao complexo arquitetônico histórico do museu, às exposições de arte contemporânea em cartaz e às de acervo, além de oficinas diárias de gravura. 

O visitante também poderá apreciar, de 14 a 19 de maio, a mostra “Museu da Gravura, Registros de uma História”, uma exposição de caráter educativo composta por registros documentais e fotográficos sobre as transformações sofridas pela arquitetura na sede do museu, bem como eventos que marcaram a trajetória de atuação, ao lado de exemplares de seu acervo de pedras litográficas, gravadas com rótulos originais de erva-mate e outros produtos, acompanhadas pelas respectivas impressões em papel.

Uma seleção de publicações relacionadas ao tema estará disponível para consulta no Centro de Documentação e Pesquisa Guido Viaro, localizado no andar térreo do museu. Haverá ainda duas sessões diárias do filme “O Preço da Paz”, dirigido por Paulo Meirelles, que conta a saga do Barão do Serro Azul.

 No Museu da Fotografia Cidade de Curitiba, igualmente localizado no Solar do Barão, o público encontra a exposição “Um Olhar Brasileiro em Terras Brasileiras” – com imagens captadas pelos fotógrafos Flávio Damm, Orlando Azevedo, Nilo Neto e Pedro Vieira – e a mostra individual do fotógrafo Marcos Braguetto. Uma novidade para o sábado (18), Dia Internacional de Museus, é que o Solar do Barão terá horário de funcionamento diferenciado, ficando aberto das 9h às 18h.

No MuMA – Museu Municipal de Arte de Curitiba (Portão Cultural – Av. República Argentina, 3.430 – Portão), além das exposições de acervo e a de obras do artista plástico Sérgio Sister, poderão ser acompanhadas diversas atividades, entre elas a exibição dos filmes Caravana Farkas: Cultura e Religiosidade Popular”; “Frei Damião”, “Jornal do sertão”, “Os imaginários”, “Thomaz Farkas”, “Visão de Juazeiro” e “Vitalino Lampião”, de 14 a 16 de maio, com sessões às 14h e às 15h30. 

Nos mesmos dias, Rodas de Leitura acontecem às 14h, com repetição no dia 18, às 10h. As Contações de Histórias estão marcadas para o período de 14 a 18 de maio, às 16h, baseadas nas imagens que compõem a mostra sobre xilogravura e cordel, sediada na Sala Célia Neves Lazzarotto. 

O artista José Carlos Cunha faz demonstração de técnicas de gravura de 14 a 17 de maio, às 10h30 e às 16h. No dia 18 de maio, das 14h às 18h, será a vez do artista Ely Felber comandar a oficina de gravura. No dia 17 de maio, às 19h, será aberta a exposição “Refúgio”, da artista Mainês Olivetti, no Centro de Arte Digital. O vídeo de mesmo nome da exposição será exibido de 17 a 19 de maio, às 10h e às 19h, sendo que, com sessões às 14h e às 15h45, os filmes em cartaz serão “A saga da Asa Branca”, de Lula Gonzaga, e “O homem que virou suco”, de João Batista de Andrade.

FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA E ESCOLAS DE SAMBA INICIAM PLANEJAMENTO PARA O CARNAVAL 2014

CURITIBA CULTURAL

Representantes da Prefeitura, das escolas de samba e dos blocos carnavalescos realizaram na última quarta-feira (8), na sede da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), a primeira reunião de planejamento do próximo Carnaval. A regulamentação da Lei 14.156/2012, que instituiu o Carnaval como festa oficial da cidade, o apoio da FCC na profissionalização das agremiações e a mudança do local de realização do desfile foram alguns tópicos discutidos no encontro.

O presidente da FCC, Marcos Cordiolli, abriu a reunião lembrando do compromisso que assumiu no início do ano com os dirigentes das escolas, de reestruturar o Carnaval curitibano e planejar com antecedência a festa de 2014. “Temos que pensar o evento não só como desfile, mas como um processo que dura o ano inteiro e necessita de planejamento a longo prazo. Precisamos de ações que promovam a qualificação técnica das escolas e blocos visando a sua renovação, o seu crescimento e a sua autonomia”, disse Cordiolli. Ele reforçou ainda a intenção de fazer com que esse processo se dê de forma transparente e participativa.

Conforme previsto na lei, será formada uma comissão com membros indicados pela FCC e pelas agremiações carnavalescas para coordenar e supervisionar os trabalhos, entre eles a oferta de cursos e oficinas voltadas à profissionalização. Cordiolli se comprometeu a viabilizar o repasse antecipado das verbas de apoio, para que as escolas tenham mais tempo de produzir seus espetáculos.

O secretário municipal da Comunicação Social, Gladimir Nascimento, também participou da reunião e orientou as escolas quanto a ações de marketing e divulgação que podem ser desenvolvidas ao longo do ano. A lei do Carnaval permite a busca de patrocínios e essas ações contribuiriam para facilitar a captação de recursos junto à iniciativa privada.

Mudança de endereço – Os carnavalescos solicitaram a mudança do local do desfile, pois consideram que a avenida Cândido de Abreu não comporta mais a estrutura necessária ao evento. Cordiolli informou que o Ippuc – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – fará um estudo para apresentar opções de locais que poderiam abrigar a festa e que o novo espaço será definido em conjunto com os dirigentes das escolas.

Os participantes elogiaram a iniciativa de convocação da reunião e a intenção de planejar o Carnaval curitibano com antecedência. “Concordamos em vários pontos, entre eles a necessidade de realização de ações sociais nas escolas de samba”, disse o presidente do Bloco Derrepent, Clayton Auwerter. “Sempre falamos da necessidade do poder público se inserir na realidade do Carnaval. Esse processo começou com a aprovação da lei, que agora precisa ser implementada”, afirmou.

Além do Bloco Derrepent, participaram do encontro dirigentes das escolas Mocidade Azul, Imperatriz da Liberdade, Acadêmicos da Realeza, Leões da Mocidade, Unidos do Bairro Alto e Bloco Boi de Pano. Uma nova reunião entre a Fundação Cultural e as escolas de samba será realizada dentro de 15 dias.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

OLHOS NO PRESENTE E NO FUTURO - POR BETO RICHA


As parcerias público-privadas (PPPs) são uma alternativa ágil, moderna e responsável para atender à demanda da sociedade por ações que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Trata-se de um mecanismo utilizado por vários governos para a realização de obras e serviços.


Isto porque a realidade mostra que a capacidade dos Estados e Municípios de realizar grandes projetos foi exaurida porque os recursos ficam concentrados na União. Aos governos locais, cada vez mais esquálidos por conta do orçamento engessado, sobram obrigações. Isso só vai mudar com a redefinirão do pacto federativo. Tarefa mais do que necessária, mas complexa e de longo prazo.

Trecho do artigo "Olhos no presente e no futuro", do governador Beto Richa, publicado nesta sexta-feira, 10, no jornal Gazeta do Povo. Leia a seguir a sua íntegra.



Olhos no presente e no futuro


Beto Richa 


As parcerias público-privadas (PPPs) são uma alternativa ágil, moderna e responsável para atender à demanda da sociedade por ações que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Trata-se de um mecanismo utilizado por vários governos para a realização de obras e serviços.


Isto porque a realidade mostra que a capacidade dos Estados e Municípios de realizar grandes projetos foi exaurida porque os recursos ficam concentrados na União. Aos governos locais, cada vez mais esquálidos por conta do orçamento engessado, sobram obrigações. Isso só vai mudar com a redefinição do pacto federativo. Tarefa mais do que necessária, mas complexa e de longo prazo.


Cabe-nos, portanto, encontrar soluções para fazer frente à necessidade de modernização dos equipamentos públicos que servem aos cidadãos. Neste contexto, as PPPs se tornaram cada vez mais imprescindíveis, desde que formatadas de forma clara, transparente e socialmente eficiente.


Ao defender seu estabelecimento como instrumento para ampliar as ações da administração pública, oferecendo serviços de qualidade à população e promovendo o desenvolvimento socioeconômico de forma mais homogênea, não estamos inventando a roda. Há exemplos recentes em todo o País que demonstram a eficácia desta modalidade, principalmente para resolver gargalos de infraestrutura, um setor extremamente carente de investimentos no Brasil.


No Paraná, estamos analisando propostas de parcerias com a iniciativa privada para obras que vão atender não só as necessidades do estágio atual de nosso Estado - segundo maior produtor de grãos do País e vivendo um ciclo de industrialização nunca visto em sua história -, mas darão segurança para o desenvolvimento futuro de todas as regiões paranaenses.


Cito alguns exemplos de obras de duplicação de rodovias que já nos foram apresentados, e que são do interesse do governo e da sociedade, por empresas com manifestado interesse na execução: a duplicação da PR-323, na região Noroeste, com cerca de 250 quilômetros; da PR-445, entre Londrina e Mauá da Serra, numa extensão de 80 quilômetros, e da PR-092, entre Jaguariaíva e Santo Antônio da Platina. Também temos em estudo a implantação de um gasoduto de Paranaguá a Curitiba.


Além desses, há uma série de projetos de ampliação para nossos portos, a partir do plano de zoneamento e desenvolvimento feito em 2012 pela Secretaria de Infraestrutura e Logística para os próximos 25 anos. Regiões como o Embocui e Pontal do Paraná poderão, inclusive, receber novos portos e indústrias, por meio de PPPs.


Tudo o que está relatado está acontecendo porque retomamos o planejamento do Estado, que havia sido trocado nas últimas gestões por discursos raivosos e promessas nunca realizadas. Nem o presente e muito menos o futuro admite este comportamento.


Enquanto a iniciativa privada se propõe a melhorar a infraestrutura, o Estado pode se concentrar em ampliar as ações em segurança, educação e saúde, por exemplo. São setores que estamos administrando fundamentados em indicadores de qualidade e eficiência.


Com a soma de esforços, aumentamos a possibilidade de alcançar um desenvolvimento socioeconômico mais homogêneo para o nosso Estado. O que está evidente é que não podemos mais esperar para adequar o Paraná para as demandas de hoje e de amanhã.


Beto Richa é governador do Paraná
 
GAZETA SANTA CÂNDIDA,JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

quarta-feira, 8 de maio de 2013

CONFRARIA DAS MÂES DOS CANALHAS

Num derrocado segundo domingo de maio — ao que muitos homens sóbrios haveriam de condenar nada mais significava senão uma baita oportunidade anual para que o comércio varejista incrementasse o seu faturamento em vendas — um bando de mulheres abatidas de olhares paralíticos, adentradas na maturidade, reúne-se num galpão qualquer, de endereço desconhecido, deprimente e mal ventilado, que bem poderia se tratar de uma fábrica falida, uma escola abandonada, uma igrejinha rejeitada pelos fiéis, ou uma reles locação fantasiosa de um inventor de estórias.

Sentadas em semicírculo, feito um conclave de bruxas aposentadas, a facção de velhotas amarguradas prossegue sua resenha triste, em que cada uma das desatinadas ali presentes garimpa nos dicionários e nos livros santos disponíveis quais sejam os adjetivos mais adequados para descreverem, com os mister do amor infinito e da compaixão materna, os vieses dos perfis notoriamente deploráveis dos seus descendentes: crápulas a serviço do crime e da maldade.

Elas formam um grupo peculiar, uma legião inédita composta, única e exclusivamente, por senhoras de coração partido, um lote de mães profundamente afetadas pela malquerença, maledicência ou mau comportamento dos filhos para com terceiros, criaturas estas consideradas intocáveis, porquanto estivessem várias delas trancafiadas, ou mortas, ou desaparecidas, ou viajando pelo Caribe a rirem da cara da justiça brasileira e dos contribuintes bobalhões (neste último caso, delinquentes endinheirados em rota de fuga pelo mundo).

Aquela renca de mulheres envergadas, por mais incrível que possa parecer, encontra-se incapacitada para o choro, mas, não para as lástimas (quem não se compadeceria das lamúrias de uma mãe combalida?). Porque, chega uma hora, até lágrima de mãe seca, ao contrário da esperança.

No caso delas, as mães, a esperança não é a última que morre, pois o amor que elas nutrem pelos rebentos, ainda que sejam elas facínoras incorrigíveis, é imensurável, incondicional, termina nunca. Uma mãe com pedigree assemelha-se a uma cadela parida: rosna, não larga as crias na chapada, aguenta o tranco, desafia últimas consequências.

Continuando a descrição daquele antro decadente: não há barulho que se ouça no estabelecimento, senão o som dos espetos de sol rasgando uma emblemática manhã de domingo, aquecendo aquele amontoado de carcaças lamurientas em que o café da manhã festivo fora substituído pelo fel das palavras; e o pão-nosso-de-cada-dia trocado pelo pão que o próprio diabo amassou. 
 Nada mais injusto. A vida é várias e várias vezes assim: injusta. Mãe suporta tudo, até aquele desjejum de más notícias.

Uma senhora magérrima, anorética com fome de justiça, e que parecia morta durante todo o tempo que permanecera imóvel sobre a cadeira, tamanho era o seu abatimento, reclamou da polícia, da violência da polícia, da falta de coração por parte da polícia, do excesso de balas da polícia que trucidaram o seu filho caçula durante uma perseguição implacável pelos becos da favela, um corre-corre dos diabos que faria qualquer diretor de filmes de ação parecer uma noviça.

Basta uma matrona falar que todas já se sentem confiantes o suficiente para emendarem na resenha, capricharem no desabafo, descarregarem os seus testemunhos de sofrimento e dor ao relatarem as agruras sofridas pelos rebentos, ovelhas negras desgarradas do bando, crápulas desmemoriados de que um dia foram expelidos pela vagina de uma mulher. De tal sorte que a saraivada de sórdidos relatos logo aqueceu aqueles frágeis corações espatifados reunidos num semicírculo.

Mais bem vestida que a maior parte das genitoras daquela malta à beira da falência, uma gorducha de bochechas rosadas e cheiro agradável reclamou à beça de uma tal “imprensa marrom” que, não somente denunciou o seu filho como criminoso do colarinho branco, mas o julgou no decorrer das últimas semanas e o condenou ao “fazer a cabeça” da opinião pública.

 Mesmo dentro daquela confraria invulgar houve muita resistência das mamães colegas em crer que vultosas heranças familiares servissem de justificativa para tamanho enriquecimento ilícito. Pouquíssimos toleram os carniceiros da corrupção: só as amantes (por puro interesse) e as mães (por puro desinteresse), como aquela balzaquiana avexada.

Alguém levantou para o alto um espeto de couro e osso chamado “dedo” e pediu a palavra para reivindicar das autoridades competentes um tratamento mais digno e promissor para o filho, uma avaliação isenta encampada pelos ilibados estudiosos da mente humana, ainda que fosse uma equipe formada só por cientistas estrangeiros (o que, supostamente, teria mais credibilidade), a fim de explicarem a predileção sexual do seu filho por crianças de colo. 

“O menino é bom, mas tem desvio”, foi o que ela mensurou, testando o grupo, ao que ninguém manifestou-se, tamanho o asco sentido.

Outra pobre coitada isentou o filho alcoólatra de qualquer responsabilidade pelos hematomas e escoriações no seu corpo, o dente incisivo partido ao meio e aquelas hastes metálicas espetadas na sua canela para firmarem o osso. “É que o sujeito se transforma quando toma umas e outras”, ela geme. “No fundo, no fundo, ele é uma moça incapaz de fazer mal a uma mosca”.

Aliás, havia um enxame de moscas verdes metálicas sobrevoando aquelas conversas deterioradas. Elas eram incapazes de parir novos assuntos. Ultimamente, nada mais condizente e reconfortante lhes restava fazer senão se reunirem num domingo festivo em tributo às mães para se refugiarem daqueles descalabros: uma mãe de coração partido sustentando o dramalhão da outra mãe de coração partido, numa espécie de sucursal das “AA” (Amarguradas Anônimas), uma cena dificílima de descrever só numa crônica.

 Eberth Vêncio,  Revista Bula

PREFEITURA DE COLOMBO FIRMA CONVÊNIOS COM CAIXA ECONÔMICA

Parcerias são para a captação de recursos para a execução de programas e investimentos e também para a profissionalização de servidores

Prefeita Beti Pavin firma parcerias com a Caixa Econômica Federal para viabilizar ações em benefício da população

A Prefeita de Colombo, Beti Pavin firmou convênios nesta quinta-feira, 02, com a Caixa Econômica Federal para cooperação técnica no suporte a captação de recursos e ainda a oferta de vagas para servidores municipais participarem dos cursos disponibilizados pelo programa Universidade Caixa.

“Estas parcerias vão trazer para o nosso município importantes iniciativas em benefício da população, pois a equipe da Caixa irá nos apoiar e nos dar assistência para elaborarmos ações e assim recebermos investimentos para implantarmos programas e projetos em benefício da nossa gente”, destacou a prefeita Beti Pavin.

Para o acordo de cooperação técnica serão viabilizadas ações para atender as demandas em habitação, saneamento e infraestrutura urbana do município, para que a implantação das políticas públicas sejam aplicadas com mais eficiência, atendendo aos anseios da comunidade.

Autoridades conversam sobre os convênios e a cooperação técnica entre as instituições

Já a Universidade Corporativa Caixa irá oferecer profissionalização para servidores de Colombo com o objetivo da excelência na gestão pública, com metas organizacionais sustentáveis para a implantação de soluções inovadoras para o município.

Estiveram presentes, além da prefeita Beti Pavin, os gerentes regionais da Caixa, Iedo Omar Faria e Arielson Bittencourt, o gerente geral, João Carlos Jagher Mendes e o diretor de planejamento do município, Evandro Busato.

Fotos: João Senechal/PMC

terça-feira, 7 de maio de 2013

NOVA UPS EM COLOMBO REFORÇA SEGURANÇA NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

As vilas Zumbi dos Palmares e Liberdade, no município de Colombo, vão receber a primeira Unidade Paraná Seguro (UPS) da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Uma ação envolvendo 150 policiais foi iniciada na manhã desta terça-feira (07/05) promoveu o “congelamento” da área, onde vivem 12 mil pessoas.

O objetivo desta operação é realizar bloqueios policiais que possam resultar em prisões de infratores, apreensões de armas e drogas e também recolhimento de veículos irregulares. "A intenção é limpar e preparar a área para a instalação da Unidade Paraná Seguro, que trará maior segurança à população de bem da região", afirmou o Coordenador Operacional da PM e comandante do 6° Comando Regional da PM (6º CRPM), coronel Péricles de Matos.

A instalação oficial da UPS nas vilas Zumbi e Liberdade será nesta quarta-feira (08/05), com a presença do governador Beto Richa. A base ficará na Rua Carteiro Luciano Ramos, 261, Vila Zumbi dos Palmares, e será comandada pela Aspirante Fernanda Pegorini e terá um efetivo de 25 policiais militares e três viaturas, que aplicarão a filosofia do policiamento comunitário.

As vilas foram escolhidas pelo elevado índice de criminalidade. Nos dois primeiros meses deste ano foram oito homicídios. Em março e abril, quando o policiamento começou a ser intensificado, não houve nenhum. "Esperamos que esta estabilidade se mantenha com a chegada da UPS", analisa o comandante do 22° Batalhão da PM, coronel Celso Monteiro.

A UPS vilas Zumbi e Liberdade é a primeira da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Outras 10 estão instaladas em bairros da capital e duas no interior: Cascavel e Londrina.
EXPECTATIVA  
 
Para o comerciante Antônio Renato Romanichen, instalado na Vila Zumbi dos Palmares, a presença da polícia amplia a sensação de segurança na região e vai inibir a criminalidade. “É uma mudança para melhor”, afirmou ao avaliar a chegada da UPS.

Carlos Alexandre Batista de Melo, que é vigia, foi abordado logo de manhã pela PM, mas não achou ruim. “Fui abordado e foi tranqüilo. A chegada da polícia é muito importante. É bom termos este apoio e estarmos perto da polícia”, finaliza.

A operação de saturação foi organizada pelo 22º Batalhão de Polícia Militar, responsável por Colombo e outros municípios da Região leste da RMC, e conta com o apoio do 1º Comando Regional da PM (1º CRPM), do 6° Comando Regional da PM (6º CRPM), do Regimento de Policia Montada (RPMon), do Batalhão de Policia Rodoviária (BPMRv), do 12° Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), do 13° Batalhão da Polícia Militar (13º BPM), do 17° Batalhão da PM (17º BPM), do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), do 20° Batalhão da PM (20º BPM) e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

RICHA CONFIRMA NOVO SUBSÍDIO E PREFEITOS ANUNCIAM REDUÇÃO DA TARIFA DO ÔNIBUS


 
O governador Beto Richa sancionou nesta segunda-feira (06/05) o projeto de lei que isenta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) o óleo diesel usado no transporte coletivo de 21 municípios paranaenses. Com a desoneração, o Estado transfere R$ 38 milhões para subsidiar a tarifa de ônibus urbanos das maiores cidades paranaenses e garante a manutenção da integração do transporte coletivo na Região Metropolitana de Curitiba.

A iniciativa atende municípios com mais de 140 mil habitantes, onde vivem aproximadamente 6 milhões de pessoas, e foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa. “É a primeira vez na história que o Estado assegura subsídio para a passagem de ônibus urbanos. Era um compromisso do nosso plano de governo que está cumprido”, disse o governador Beto Richa.

A nova legislação determina que o benefício seja aplicado na planilha de custos dos sistemas de transporte coletivo, o que pode reduzir as tarifas em até R$ 0,06 (seis centavos). “Este esforço do governo estadual tem que ser repassado aos passageiros”, destacou Richa.

FEDERAL – O governador também cobrou a desoneração de impostos federais que incidem sobre as tarifas. Richa explicou que os tributos que incidem diretamente no valor do transporte público chegam a 25% do preço final da tarifa. “Aguardamos há anos uma posição do governo federal sobre a isenção de impostos federais, mas não cruzamos os braços”, destacou o governador. O ICMS era o único tributo estadual que incidia no valor da tarifa do transporte público.

No interior, as cidades beneficiadas são Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava, Ponta Grossa, além de Paranaguá no Litoral do Estado. Os prefeitos Alexandre Kireeff (Londrina) e Reni Pereira (Foz do Iguaçu) anunciaram a redução no preço da tarifa. “Em Londrina, podemos reduzir a passagem para R$ 2,40”, adiantou Kireeff.

INTEGRAÇÃO – Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), são 13 municípios que compõem a Rede Integrada de Transporte (RIT): Curitiba, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Bocaiuva do Sul, Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Campo Largo, Campo Magro, Almirante Tamandaré, Colombo, Araucária, Contenda, Pinhais e Piraquara.

“Afastamos a possibilidade de desintegração do sistema de transporte entre a capital e os municípios. Estamos estudando outras possibilidades de apoio do Estado para sustentar o sistema integrado”, disse Richa. Em mais de 20 anos de existência da integração, é a primeira vez que o governo estadual apoia o sistema com a isenção do ICMS.

PROTEÇÃO – O secretário estadual do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Junior, disse que a isenção do ICMS é uma demonstração do governo estadual em proteger o usuário do transporte público com uma tarifa mais acessível para toda população.

“Este ato do governador Beto Richa é muito importante para o Paraná e para a manutenção do sistema público de transporte”, afirmou o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet.

“O benefício que o governador concede através da redução do ICMS para o Paraná tem um alcance social importante porque atende a camada da população que mais necessita de ações do poder público. O governador demonstra respeito pela população do Paraná”, disse o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano.



Cidades atendidas pela isenção do ICMS:

Almirante Tamandaré

Araucária

Bocaiúva do Sul

Campo Largo

Campo Magro

Cascavel

Colombo

Contenda

Curitiba

Fazenda Rio Grande

Foz do Iguaçu

Guarapuava

Itaperuçu

Londrina

Maringá

Paranaguá

Pinhais

Piraquara

Ponta Grossa

Rio Branco do Sul

São José dos Pinhais
 
GAZETA SANTA CÂNDIDA,JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

segunda-feira, 6 de maio de 2013

ONDE FICA A FARMÁCIA MAIS PRÓXIMO DAQUI ?


Guia prático de francês

“Outro dia, conversando com um amigo meu, ele fez a seguinte observação: “Onde você arranja tanta história pra contar?” Ainda pequeno, nunca poderia imaginar que com o passar dos anos eu colecionaria tantas histórias na memória. Mas será mesmo que tenho muitas histórias assim?

Hoje me veio uma à cabeça, uma que aconteceu lá em meados dos anos 70, tempo de exílio. De tanto ouvir falar das nossas praias, das nossas matas, das nossas mulatas, das maravilhas do nosso país tropical, um amigo francês – o François Guillot – resolveu pegar um avião da Varig e passar suas férias de verão em terras brasileiras.

Sem falar uma palavra de português, François desembarcou no aeroporto do Galeão e, em seguida, voou pra minha Belo Horizonte. No aeroporto da Pampulha, meus pais, que não falavam nadinha de francês, estavam a postos esperando aquele exótico amigo francês do filho que não falava nadinha de português.

Se eles se entenderam não sei. Só sei que um mês depois François voltou pra Paris encantado com o Brasil dizendo que adorou “aquela fruta amarela que vocês servem com caviar por cima”, o nosso bom e velho mamão. E tem mais. Voltou apaixonado! Gamado por uma tal de Marcia, que ele carinhosamente chamava de ma petite Marciá.


Marcia não falava francês, mas pelo que deu pra perceber os dois se entenderam muito bem porque  François voltou louco por ela. Como quem não se comunica se trumbica, os dois começaram a trocar uma correspondência intensa numa época em que enamorados ainda trocavam cartas. Ele escrevendo em francês e ela não entendendo nada, ela escrevendo em português e ele não entendendo nada. As primeiras cartas foram assim e François toda semana ia até a minha casa para que eu fizesse a tradução. Que paixão!

Para agradar o seu gostoso francês e se fazer entender, Marcia teve uma ideia. Comprou um pequeno guia de conversação para turistas e danou a escrever em francês para o pobre François. Coisas do tipo: Onde posso trocar dólares? O senhor tem acomodação para duas pessoas? O serviço está incluído? Você aceita cheque de viagens? Onde fica a farmácia mais próxima daqui?

François entendia a frase em francês mas, preocupado, não conseguia decifrar por que diabos Marcia estava perguntando onde ficava a farmácia mais próxima daqui. E o papo não ficou só nisso. Marcia escrevia também algumas palavras soltas como mouton, veau, fromage, lapin, allumettes e jus de raisin. Perplexo, ele perguntava: “Mas por que ela está falando de carneiro, vitela, queijo, coelho, fósforos e suco de uva?”

A troca de correspondência durou algum tempo mas acabou morrendo como alguns casos de amor tendem a morrer. Com certeza, François deve ter guardadas até hoje todas as cartas dentro daqueles envelopes verde e amarelo com os dizeres via aérea/par avion e Marcia provavelmente também. Quem sabe um dia eles irão se encontrar novamente e François vá perguntar pra Marcia:

- O hotel tem lavanderia, Marciá?

E ela vai responder:
 
 Alberto Villas, CartaCapital
 
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VOCÊ ATÉ PODE SER GENIAL.MAS É UM TREMENDO IDIOTA


Por favor, não me atirem pedras. Nem me lancem aos coliseus pós-modernos sob a sanha de sua arroxeada indignação. Aquietem, peço a vocês, dóceis criaturas, a fúria sanguinária dos pitbulls que rondam crepusculares suas mais recônditas emoções. Afinal todos nós bebericamos do nosso cotidiano sequelado pela cultura do “amazing” — os indefectíveis likes retratando gélidas aprovações facebookeanas. Então, não me trollem, please.
Explicarei a seguir as razões da peremptória afirmação do título acima. Nesta mesma semana, a mídia impressa divulgou em dois veículos voltados a públicos-alvo distintos, matérias pautadas no confronto da genialidade versus burrice.
De imediato, criaturas que se auferem aquinhoadas por neurônios de valiosíssimos quilates, torcem o nariz enauseadas. Sua supremacia intelectual é — e desde sempre foi — inquestionável. Haverá, aliás, algo mais empedernido e simultaneamente taxidermizante que a vaidade?
A vaidade é o seguro de vida plenipotenciário da autoestima, do amor próprio urdido por inabaláveis certezas egóicas, relativas, por exemplo, ao robusto quociente de inteligência que pululam em nosso currículo social. Isso, até que a morte nos separe, claro.
Pesquisadores das neurociências asseveram: mesmo quem possui um QI altíssimo está sujeito a atitudes irracionais. Cientistas desafiam nossa lógica com a máxima: todos podem ser geniais e idiotas ao mesmo tempo.
O escritor Gustave Flaubert, emérito criador de instigante obra no século 19, “Madame Bovary” e crítico contumaz dos renitentes costumes e cacoetes da pequena burguesia afirmou certa vez: “a terra tem seus limites, mas a estupidez humana é infinita”.
Na Renascença, o teólogo Erasmo de Roterdã elogiou a loucura como advinda do deus da riqueza e da ninfa da juventude; outros autores consideravam-na um misto de vaidade, teimosia e imitação. Apenas no século 18 a estupidez começou a se aproximar da chamada inteligência medíocre, sublinha Matthijs van Boxsel, historiador holandês que dedicou sete livros ao tema.

Burrices à solta

É árdua a tarefa de mensurar a inteligência de nossos longevos antepassados. Atuais pesquisas na área revelam um aumento do QI médio no passado recente. “Isso desmente o medo de que pessoas menos inteligentes têm mais filhos e, logo, a inteligência vai diminuir”, afirma o psicólogo Alan Baddeley da Universidade de York.
Hoje se cogitam novas aferições de competências intelectivas traduzidas pelo denominado QR — Quociente de Racionalidade. Entretanto o que estipula se você possui ou não um QR visivelmente elevado? Alguns cientistas estabelecem que o QR não se restringe aos genes ou fatores ambientais durante a infância. Vincula-se, por conseguinte, à metacognição, ou seja, à auto percepção de atestar a validade de seu próprio conhecimento.
Autoconfiança? Sem dúvida este é um predicado importante, atrelado muitas vezes à cegueira autorreflexiva, filha da soberba, presunção, afetação mental desmesurada.
Que tal rever o desfile de estultices que invadem a mídia, eivada de discursos político-patéticos, secundados por um acéfalo e robotizado rebanho de fiéis rendidos ao palavrório manipulativo e simultaneamente lobotomizante destes insólitos líderes — viralizados entre os podres poderes.
Caetano Veloso, a propósito, em canção de igual nome disseca em algumas estrofes a putrefação dos régios e incongruentes comandos na esfera nacional. “Ou então cada paisano e cada capataz / com sua burrice fará jorrar sangue demais/ nos pantanais, nas cidades/ caatingas e nos gerais…”
É desconfortável, confessemos, abandonar as poltronas de cômodas e lerdas certezas para enfrentarmos as benfazejas comichões da afamada e tantas vezes desastrosa lucidez. Preenchermos nossos cantis de viajantes sociais, pelas trilhas das interrogações e dúvidas, com refrescos sabor de ética madura e outros esclarecimentos cítricos.
Recordo-me agora de um termo luso que considero bem adequado ao nosso fluxo temático: parvoíce — qualidade (ou indigesto defeito) de quem é parvo, néscio, portador de insuperável estultice.

Idiotias embaladas para presente

Um blogueiro americano estudioso de neurociência, David McRaney tem se projetado com o lançamento de um livro esmiuçando situações nas quais somos compelidos a cometer erros. Sem dúvida, deveríamos agir de outro modo, porém não somos espertos o suficiente. Inúmeros exemplos citados por ele referem-se a experiências de autossabotagem, como a compulsão de fazer e desfazer planos para o futuro.
Preencher o carrinho do supermercado de verduras para começar a bendita dieta na próxima e esperançosa segunda feira, mas cair logo em tentação diante de um hipnótico doce. As amostragens de micro teses defendidas pelo escritor são repletas dos renitentes autoenganos de que instintivamente nos alimentamos.
Jogos de esconde-esconde. Aquisições a torto e a direito de auto-ilusões, mergulhos rotineiros em magníficas miragens. Deste modo, como caracóis coloridos vamos deslizando nossas propostas comportamentais, convictos, no caso, de que a pressa é mesmo inimiga da perfeição.
Ah e a vaidade… A vaidade é saborosíssima. Que humildade que nada. A modéstia e a transparência não integram estes quadros de autodeslumbramentos pintados por nossos gigantescos sonhos de grandeza também em nível mental.
Empedernimentos facultados por etiquetas e marcas de todo tipo. Roupas e carros de grife, cursos em famosas universidades americanas, mestrados, doutorados e deificantes pós-doutorados nos transformam em seres olimpianos, como ressaltaria Edgar Morin. Indivíduos quase míticos.
“Na obra “Reflexões sobre a Vaidade dos Homens”, desenvolvida por Matias Aires, no século 18, o intelectual dispara “Sendo o termo da vida limitado, não tem limite a nossa vaidade; porque dura mais que nós mesmos e se introduz nos aparatos últimos da morte. Que maior prova do que a fábrica de um elevado mausoléu? No silêncio de uma urna, depositam os homens as suas memórias, para com a fé dos mármores fazerem seus nomes imortais…”.
Concluímos, por ora, nossas fervilhantes ilações, enrodilhadas no trânsito de genialidades e vacuidades cerebrais, com um aforisma de um polêmico filósofo e jornalista, Olavo de Carvalho.
“Não há covardia mais torpe que a covardia da inteligência, a burrice voluntária, a recusa de juntar os pontos e enxergar o sentido geral dos fatos.”
Quer acrescentar algo?
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SÓ DESCONTRAÇÃO

                      

TERCEIRA IDADE DE COLOMBO PARTICIPA DE BAILE

Cerca de 200 pessoas, de cinco centros de convivência, dançaram, jogaram e se divertiram

Baile integrou as pessoas da terceira idade de cinco centros de convivência

Muita alegria e descontração marcaram o Baile da Terceira Idade que reuniu esta semana cerca de 200 pessoas no Centro de Convivência Vó Elisa, no Bairro Atuba. A festa contou com a presença do vice-prefeito, Ademir Goulart. “Vendo a alegria de vocês, até me esqueço do corre-corre da vida. Estou muito feliz em estar aqui e poder participar desta linda festa”, fala. 

Segundo a coordenadora do Centro de Convivência Vó Elisa, Maria Aparecida da Silva, o baile faz parte de uma parceria realizada entre os Centros de Convivência Vó Joana, no Jardim Osasco, Gralha Azul, que fica no Jardim Guarani, Centro de Convivência Rio Verde, no Bairro Rio Verde e Centro de Convivência Jardim Adriana, localizado no bairro Jardim Adriana. “Nossa intenção foi promover uma integração entre eles, realizar uma confraternização para que possam se conhecer melhor, fazer novas amizades e viver o que há de melhor na vida, que é compartilhar”, enfatiza.

Além do baile, o vice prefeito Ademir Goulart acompanhou o jogo de cartas


Durante a festa, não faltou diversão, animados eles dançaram ao som de músicas gauchescas e sertanejas, e para os mais tímidos, uma boa opção era o jogo de dominó e baralho. “Foi ótimo, eles participaram o dia todo conosco, tiveram café da manhã, almoço, lanche e muita diversão,” acrescentou a coordenadora.

Maria Aparecida lembra que, para quem tem no mínimo 60 anos e queira participar das atividades para a terceira idade, basta ir a um Centro de Convivência mais perto de casa e se cadastrar de forma gratuita. Informações podem ser obtidas na secretaria da Ação Social e Trabalho que coordena esta iniciativa no telefone 3675.5900.
Fotos: Bruno do Carmo/PMC

COLOMBO TERÁ BACIAS NA PREVENÇÃO DE ALAGAMENTOS

Projeto receberá investimentos de R$ 94 milhões e será implantado nos bairros Palmital e Atuba

A prefeita, Beti Pavin, acompanhada do vice, Ademir Goulart, e da secretária Tânia Tosin, recebe o diretor do Instituto das Águas, Carlos Alberto Galerani  | Foto: João Senechal/PMC

O município de Colombo irá receber por meio de parceria com o Governo do Estado um projeto de implantação de seis bacias de detenção para prevenção de alagamentos. O assunto foi tratado durante uma reunião entre a prefeita, Beti Pavin, o vice-prefeito, Ademir Goulart, a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Tânia Tosin e o diretor técnico e de Saneamento do Instituto das Águas do Paraná, Carlos Alberto Galerani.

As seis bacias, que receberão investimentos da ordem de R$ 94 milhões, serão implantadas nos bairros Palmital e Atuba, e servirão de impedimento para que novos alagamentos aconteçam no município. Isto por que o volume de chuvas e o nível de impermeabilização do solo, em Colombo, impedem que apenas o sistema de galerias pluviais consiga absorver o volume de água acumulada na superfície.

Com a implantação deste recurso, a água que não é absorvida pelo solo e pelas galerias será encaminhada para as bacias, cujos locais de implantação serão definidos estrategicamente. Deste modo, as inundações, recorrentes até poucos meses atrás, deixarão de se formar, acabando com as enchentes no município.

Meta

Autoridades destacam que as seis bacias serão 
implantadas nos bairros Palmital e Atuba, e terão a função de evitar as enchentes no municípioFoto: João Senechal/PMC

Para a prefeita Beti Pavin, acabar com os alagamentos é um dos principais objetivos desta  administração. “Até o próximo verão, temos uma meta a ser batida, que é extinguir as enchentes em Colombo. A implantação destas bacias é mais um passo em direção ao cumprimento desta meta”, destacou Beti.

No total, serão investidos R$ 94 milhões, recursos obtidos por meio de parcerias com os governos do estado e federal. Para cada bacia implantada, um projeto de preservação do seu entorno será contemplado, com áreas verdes e a construção de parques com equipamento de esporte e lazer, em algumas delas. A execução está em fase de levantamento topográfico e finalização de projetos.

SEPARAÇÃO DE BENS

 Segundo o Governo Federal, e de acordo com as últimas notícias, a Legislação Trabalhista está sofrendo mudanças e o empregado doméstico passará a ter os mesmos direitos que qualquer outro trabalhador.
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Assim, o empregado doméstico passará a ter direito a férias, décimo-terceiro salário, jornada de 8 horas diárias, horas extras, adicional noturno, descanso semanal, férias remuneradas e acrescidas de 1/3, aviso-prévio, seguro desemprego, Fundo de Garantia.

Em consequência, já se fala que o casamento com separação de bens irá acabar, pois será melhor para a mulher ser empregada do marido do que estar casada com ele.

A tendência será as mulheres pedirem o divórcio e passarem a ser empregadas domésticas.
Atualmente, numa separação do casal, a mulher casada com separação de bens sai do casamento com "uma mão na frente e a outra atrás", ao passo que se ela for empregada e levar um "pé na bunda", terá direito a aviso-prévio, Fundo de Garantia e Seguro Desemprego. E quando dormir com o "patrão" somará horas-extras.

E, elas receberão um dinheiro mensal, ficando livres de marido "mão-de-vaca". A situação da mulher não irá melhorar?

E bastará colocar relógio-ponto na cozinha e câmeras gravando dentro de casa, para o caso de alguma ação trabalhista.

Realmente, o governo do PT é genial.

 
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