sábado, 22 de junho de 2013

MANIFESTAÇÃO DO "MOVIMENTO PASSE LIVRE" DE CURITIBA REUNE MAIS DE 15 MIL PESSOAS


Mais de 15 mil pessoas participaram da 2ª Farofada, “manifestação’’, que iniciou na praça Rui Barbosa. Perguntando para alguns jovens sobre o que reivindicavam, a maioria dizia “ Tem que fazer alguma coisa”, “estamos conta a corrupção”, “ queremos Punição para os políticos ladrão”, para a maioria gritavam palavra de ordem, não queremos Políticos e nem partidos no “movimento do passe livre” pediam para que as pessoas baixasse as bandeiras de Partidos .

Muitos cantavam o hino nacional e gritavam por direitos diversos.a multidão saíram da praça Rui Barbosa pela Rua André de Barros indo pela Desembargador Westphalen, Rua Sete de Setembro,Mariano Torres,Marechal Deodoro,Presidente Farias, contornaram a Praça 19 de Dezembro,e Rua Candido de Abreu ocuparam a praça e ruas defronte ao Palácio do Governo. 

Baderneiros não deixaram de agir, Depredaram totalmente a Estação Tubo  Centro Civíco e quebraram a porta da prefeitura, telefones públicos, atearam fogo em lixo, quebraram telefones públicos, do grupo concentrado em frente ao Palácio do Governo alguns vandalos tentaram quebrar a porta da Sede do Governo do Paraná e a policia entrou em ação com bombas de gás lacrimogênio e de borracha, 30 pessoas foram presas




    FAIXAS E CARTAZES COM DIVERSAS   REIVINDICAÇÕES NA PRAÇA RUI BARBOSA






VÍDEOS  
Vídeo - Lucas Novaes Moreira 


           
 Praça Rui Barbosa dia 21 de junho de 2013 as 18h40 


           
 RUA SETE DE SETEMBRO EM FRENTE A ESTAÇÃO TUBO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA - PARARAM TODO O TRÂNSITO DOS ÔNIBUS  


                 
MANIFESTANTES PASSAM PELA RUA PRESIDENTE FARIAS - FUNDOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 21 DE 06 2013     

             
 RUA CANDIDO DE ABREU - CENTRO CÍVICO EM FRENTE A PREFEITURA DE CURITIBA

GAZETA SANTA CÂNDIDA,JORNAL QUE TEM O QUE FALAR 


MANIFESTAÇÃO EM CURITIBA TEVE VÂNDALOS INFILTRADOS NO MOVIMENTO CAUSANDO DEPREDAÇÕES E CONFRONTO

Depois de percorrem varias ruas na Capital de Curitiba,mais de 15 mil pessoas em 3 grupos separados, em concentrações de pontos diferentes se encontram no Centro Cívico. 
Rua Sete de Setembro em frente do chopping Estação
Um dos grupos com a intenção de protestar contra o gasto para a Copa de 2014 e na reconstrução da Arena da Baixada,entraram em confronto com o grupo da Torcida Organizada do Atlético,houve lançamento de pedras e rojões só acalmou com a chegada do Batalhão de choque da Polícia Militar.Moradores das imediações do bairro Rebouças e Água Verde ficaram sem luz com a danificação da fiação de energia por um rojão.
Praça Rui Barbosa



 “A cabeça e a calda do da Movimento manifestante” estava muito tranquilo e ordeiro, o problema foi à infiltração de alguns vândalos mascarados que vieram de outros pequenos grupos e criaram estragos na estação Tubo Centro Cívico,prédio da Prefeitura,
A manifestação começou no fim da tarde na Praça Rui Barbosa, no Centro, reunindo mais de 15 mil pessoas, segundo a PM. O grupo ‘mobilizado’ com palavras de ordem e cartazes conduziram a multidão pelas ruas: André de Barros, Desembargador Westhefalen, Sete de Setembro, Mariano Torres, Marechal Deodoro, Presidente Farias, Praça 19 de Dezembro, Candido de Abreu finalizando no Centro Cívico.
Rua Sete de Setembro
 Jovens e adultos pacificamente, com faixa e cartazes, cantavam musicas em paródia política e o hino nacional, mas as pessoas dispersadas (grupo retardatário) chegavam e, mais alguns mascarados infiltrados no Grupo Principal, avançavam contra o prédio, sede do Governo ( mais ou menos de 100 pessoas) jogavam objetos e bombas caseiras.
O  Batalhão de Choque da Policia Militar interveio dispersando os manifestantes que no recuo, começaram a depredação da estação de ônibus Centro Cívico, telefones públicos,portas da Prefeitura, floreiras e muitas outras lojas da região ( de um restaurante  levaram mesas e cadeiras servindo para alimentar o  fogo que fizeram na rua ), uma farmácia foi arrombada tendo seus produtos saqueados. 

 Um ''tornado'' parecia que havia passado pela rua Candido de Abreu ; Tribunal da        Justiça , 5 estações tubos e mais de 100 janelas de vidro da Prefeitura foram quebradas alem de computadores, a sede do Jornal Bem Paraná também sofreu depredação, segundo o Prefeito de Curitiba os estragos chegam mais de 1 milhão.


GAZETA SANTA CÂNDIDA,JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

PREFEITURA DE COLOMBO REALIZA A CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Propostas serão levadas para a Conferência Estadual que será realizada em setembro próximo e também para a Conferência Nacional

A prefeitura de Colombo, por meio da Secretaria da Educação, Cultura e Esporte promove neste dia 20, das 8h às 17h, no auditório, da Regional Maracanã, a “Conferência Municipal de Educação”. 

O objetivo é discutir ações e propostas que serão apresentadas na Conferência Estadual de Educação a ser realizada entre os dias 24 a 26 de setembro e na Conferência Nacional de Educação – CONAE, que acontecerá em fevereiro de 2014, no Distrito Federal.

A secretária Municipal da Educação, Aziolê Cavallari Pavin, afirma que na conferência do município haverá um tema central “Todos juntos por uma educação de qualidade” e estará dividido em sete eixos temáticos, quando de forma democrática, profissionais da educação básica, técnica e superior do âmbito público e privado, e vários setores, tais como, entidades sindicais e científicas, instituições religiosas, entidades parlamentares e órgãos de fiscalização e controle irão avaliar diretrizes, metas e estratégias que poderão compor o Plano Nacional de Educação.

Segundo a coordenadora Escolar Estadual no município, Elenize do Rocio Lunardon, na ocasião será possível sistematizar, modificar ou realizar emendas, de acordo com as necessidades de Colombo. “É interessante à participação de pais, alunos, educadores, enfim toda a sociedade civil, porque a Conferência Municipal se trata de um espaço democrático, onde todos terão a chance de dar sua opinião e contribuir com a educação do nosso país”, relata.

CONAE

A Conferência Nacional da Educação – CONAE, tem o objetivo de reunir documentos com propostas de todo o Brasil para resultar na elaboração de idéias que poderão complementar o Plano Nacional de Educação. De acordo com o chefe da área Metropolitana Norte, Sérgio Ferraz, as ações e propostas municipais e estaduais colaboram com a elaboração do contexto do Sistema Nacional de Educação. A CONAE será realizada de 17 e 21 de fevereiro de 2014, em Brasília.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

PREFEITURA DE COLOMBO OFERECE CURSO INTENSIVO

Aulas serão gratuitas, qualquer pessoa pode participar; as vagas são limitadas 
 
 

Durante os dias 8 a 26 de julho, os moradores de Colombo e região terão a oportunidade de conhecer o dialeto usado por seus nonos e nonas. O curso Intensivo Veneto é um projeto da Prefeitura de Colombo por meio da secretaria da Educação, Cultura e Esporte do município, através do Departamento de Cultura e do Museu Cristóforo Colombo.

As aulas serão ministradas no Parque Municipal da Uva pelo historiador e coordenador do Museu, Fábio Machioski. Os interessados poderão escolher entre duas turmas, uma no turno da manhã, com aulas das 10h às 11h30 e outra à tarde das 13h30 às 15h.

O curso e gratuito e qualquer pessoa pode participar. As inscrições serão feitas através dos telefones: (41) 3656-6612 (Museu Cristóforo Colombo)/(41) 3656-8054/3656-8041 (departamento de Cultura) e pelos emails: cultura@yahoo.com.br e cultura@colombo.pr.gov.br. As vagas são limitadas.

MANIFESTAÇÃO EM CURITIBA JUNTA MAIS DE 4 MIL PESSOAS NA BOCA MALDITA E PRAÇA ZACARIAS



Foto Gazeta ST Candida 9 - Protestos emCuritiba,praça Zacarias,concentração para a passeata dia 20-06-2013 17h30

 Mais de 4 mil pessoas no 4º Ato Pela Redução da Tarifa de Ônibus em Curitiba reúniu nesta quinta-feira (20) na Boca Maldita e Praça Zacarias em concentração de vários segmentos sociais. Os manifestantes partiram em direção a Prefeitura e ao Palácio Iguaçu.



 





foto Jornal Gazeta Santa Cândida 20/06/2013
Na porta de entrada,da prefeitura os manifestantes colaram cartazes pedindo mais saúde, educação e segurança

A concentração passeata começou na Boca Maldida e praça Zacarias e se dividiu em dois grupos, um apartidário e outro da “Frente de Esquerda", LGBT e partidos políticos.

O grupo apartidário foi para a Praça Tiradentes enquanto o outro fez passeata na Rua XV de Novembro.


 






foto Gazeta Santa Cândida,20/06/2013 (02)

No Facebook, mais de 53 mil pessoas confirmaram presença no protesto, que reivindica a redução da tarifa de ônibus para R$ 2,60 , a abertura da caixa preta da Urbs e o passe livre estudantil,

pec 37,mais recursos para o sus Curitiba,maisrecursos para educação dentre outros.








CONFIRA VÍDEOS: 


                             



 
                                                                         

                      

JÁ DEU CERTO COM A LEI DA '' FICHA LIMPA'' VAMOS TENTAR!


AMIGOS, COLEGAS, VAMOS ADERIR. O MÁXIMO QUE PODE ACONTECER É NÃO DAR CERTO.
 Se todos nós, pobres mortais, temos que trabalhar 30 anos para conquistar a aposentadoria, eles também podem fazer por merecer.

Vamos acreditar que é possível mudar este País. Depende de nós começarmos este movimento, ou então achar que não vale a pena e ficarmos apenas reclamando. BRASIL, tem que ser
agora.


É SÓ REPASSAR , CASO VOCÊ CONCORDE.


É assim que começa.


Peço a cada destinatário para encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços, pedindo a cada um deles para fazer o mesmo.


Em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. Esta é uma ideia que realmente deve ser considerada e repassada para o Povo.


Lei de Reforma do Congresso de 2011 (emenda à Constituição) PEC de iniciativa popular: Lei de Reforma do Congresso (proposta de emenda à Constituição Federal).

1. O congressista será assalariado somente durante o mandato.


Não haverá 'aposentadoria por tempo de parlamentar', mas contará o prazo de mandato exercido para agregar ao seu tempo de serviço junto ao INSS referente à sua profissão civil.


2. O Congresso (congressistas e funcionários) contribui para o INSS. Toda a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. Os senhores congressistas participarão dos benefícios


dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.


3. Os senhores congressistas e assessores devem pagar seus planos de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.


4 Aos congressistas fica vetado aumentar seus próprios salários e gratificações fora dos padrões do crescimento de salários da população em geral, no mesmo período.


5. O Congresso e seus agregados perdem seus atuais seguros de saúde pagos pelos contribuintes e passam a participar do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.


6. O Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõe ao povo brasileiro, sem qualquer imunidade que não aquela referente à total liberdade de expressão quando na tribuna do Congresso.


7. Exercer um mandato no Congresso é uma honra, um privilégio e uma responsabilidade, não um uma carreira. Parlamentares não devem servir em mais de duas legislaturas consecutivas.


8. É vetada a atividade de lobista ou de 'consultor' quando o objeto tiver qualquer laço com a causa pública.


"Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem. A hora para esta PEC - Proposta de Emenda Constitucional - é AGORA.


É ASSIM QUE VOCÊ PODE CONSERTAR O CONGRESSO.

Se você concorda com o exposto, REPASSE. Caso contrário, basta apagar e dormir sossegado e fique ciente que és omisso.

Você pode ajudar a reformar o Brasil.

NÃO SEJA ACOMODADO. NÃO ADIANTA SÓ RECLAMAR. NÃO CUSTA NADA REPASSAR. VAMOS PARTILHAR



"SE NÃO HOUVER PUNIÇÃO NÃO LIMPAREMOS ESTA BRASIL"




















(Contribuição de iniciativa popular dos leitores do blog e Jornal Gazeta Santa Cândida)


GAZETA DO SANTA CÂNDIDA, JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

NO SÉTIMO PROTESTO DE SÃO PAULO, CLIMA É PACÍFICO

Mais de 100 mil pessoas participaram de ato; apenas houve hostilidade entre manifestantes e militantes de partidos políticos

                                                                                                                                                                                         Daniel Teixeira/AE
Manifestante queima bandeira do PT durante a passeata, ato que se repetiu diversas vezes

 A sétima manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL) desde o aumento das tarifas de ônibus em São Paulo ocorreu de forma pacífica e reuniu 100 mil pessoas na noite de quinta-feira,20, em São Paulo, segundo a Polícia Militar. Após o registro de confrontos com a PM em manifestações anteriores, os conflitos e hostilidades desta vez se limitaram aos participantes:

 principalmente entre grupos apartidários e militantes do PT e de outras siglas que tentavam exibir as bandeiras de suas legendas. Da paulista, a passeata se dividiu, com blocos indo para a Prefeitura, a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal. À meia-noite, o movimento já estava disperso e apenas um pequeno grupo seguia na Rua Augusta. 

Às 19h, cerca de 150 manifestantes do PT desistiram de permanecer na passeata, por causa da crescente hostilidade por parte dos manifestantes que não queriam a presença de partidos no ato. Nesse momento, a passeata ainda se concentrava na Avenida Paulista. Um manifestante ferido, supostamente ao tentar defender uma bandeira política. 


Após a concentração na Praça do Ciclista, a multidão se dividiu, com um grupo marchando no sentido Paraíso e outro parado no Conjunto Nacional. Havia cartazes pedindo o fim da corrupção e a redução da maioridade penal, além de criticar os partidos. Na Praça do Ciclista, permaneceram grupos ligados à causa original da redução da passagem, com bandeiras de movimentos ligados a siglas partidárias, como, por exemplo, o "Juntos", braço jovem vinculado ao PSOL.


Shopping. Clientes do Shopping Paulista tiveram de sair às pressas durante a passagem de manifestantes pela região. As lojas foram fechadas e os seguranças conduziram as pessoas pelas portas do fundo. Mas o designer Rodrigo Sanches, de 29 anos, disse que "não houve tensão". O centro de compras permanecia de portas fechadas. 


A marcha prosseguiu pela Avenida 23 de Maio, bloqueando as pistas nos dois sentidos, quando houve nova divisão. Um grupo seguiu na direção do centro e da Prefeitura, enquanto outro caminhou para o Ibirapuera, onde se encontra a Assembleia Legislativa. Naquele momento, um pequeno bloco de pessoas já se concentrava na frente da Câmara Municipal. O policiamento havia sido reforçado no Viaduto do Chá - onde foram registrados atos de vandalismo tanto na sede da Prefeitura quanto no Teatro Municipal de São Paulo na terça-feira, 18. /ARTUR RODRIGUES, BRUNO RIBEIRO, BRUNO PAES MANSO, BRUNO DEIRO, LUCIANO BOTTINI FILHO e DIEGO ZANCHETTA
 ESTADÃO

GAZETA SANTA CÂNDIDA,JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

quinta-feira, 20 de junho de 2013

PC DEFLAGRA OPERAÇÃO COLOMBO E PRENDE QUADRILHA EM NACHADINHO

A Polícia Civil deflagrou na cidade de Machadinho do Oeste a operação Colombo com o objetivo de combater o tráfico de drogas no município. Durante duas semanas de operação, foram apreendidos cerca de cinco quilos de entorpecentes (cocaína e maconha) e na noite da última terça-feira, 18 as ações de investigação tiveram um desfecho surpreendente.

Policiais civis estavam em campana na noite do dia 18 de junho em frente ao Hotel Amazonas, que fica localizado no Centro da cidade de Machadinho do Oeste, com o objetivo de interceptar uma entrega de entorpecentes. Por volta das 23h, o suspeito M. A. S., de 32 anos, vulgo “Marquinhos mototáxi” chegou ao local em sua motocicleta, em ato contínuo foi abordado pelos policiais e com ele foram encontrados três invólucros de cocaína escondidos em suas vestes íntimas.

Em seguida, os policiais civis montaram uma estratégia para descobrir a quem seria entregue o entorpecente. O usuário logo foi identificado como sendo M. N., de 25 anos, ao ser questionado por um dos policiais que estava hospedado o suspeito relutante o levou até o aposento, ao entrar tentou fechar a porta para que o policial ficasse do lado de fora e foi prontamente impedido por este. No interior do quarto haviam outros quatro homens e várias mochilas. Ao serem abordados, os suspeitos recusaram-se a atender as ordens do policial que estava sozinho e fingiu negociar com eles para ganhar tempo até a chegada de reforços.

Pouco tempo depois, uma guarnição da Polícia Militar chegou ao local para dar apoio. Ao verem a quantidade de policiais no local, os suspeitos entraram em pânico, jogaram suas armas por cima do muro e tentaram evadir-se pelos fundos do hotel, mas foram perseguidos e contidos à força pelos policiais. Os suspeitos confessaram estar planejando roubar o proprietário de uma loja de materiais para  construção local. Um dos envolvidos (M. A.S.) teria informado que a vítima possuía R$ 500,000,00 (quinhentos mil reais) em seu poder.

Graças a esse excelente trabalho de investigação da Polícia Civil e ao apoio da Polícia Militar, foram presos seis homens, sendo eles A. M. R., 27 anos,W. G. R., de 26 anos, R. A. R. de 25 anos, M. N. de 25 anos e ainda C. V. S.; todos por porte ilegal de arma de e formação de quadrilha. M. S. vulgo Marquinhos - mototáxi pelo crime de tráfico de drogas. Na operação foram apreendidas três armas de fogo calibre 38, cerca de mil reais em espécie, algumas porções de entorpecentes e dois veículos. O nome da operação faz jus ao resultado surpreendente da ação na qual a autoridade policial objetivava apenas combater o tráfico de drogas na localidade. Com informações da SSP/Ascom/-RO

quarta-feira, 19 de junho de 2013

" ESTAMOS DIANTE DE UMA ESFINGE", DIZ HISTORIADOR SOBRE MANIFESTAÇÕES



'É como se estivessem dizendo: existe um mundo velho, no qual não nos encaixamos', diz filósofo

Intelectuais tentam compreender movimento que despreza a mediação política e tem rumo imprevisível



Eduardo Maretti,RBA


‘O movimento que toma as ruas de todo o país ainda não pode ser definido por parâmetros científicos, sociológicos e políticos definitivos. “Estamos diante de uma esfinge. O movimento pode tomar qualquer rumo”, diz, por exemplo, Lincoln Secco, professor do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.  “É um movimento de grande apelo de juventude, no qual há uma linha divisória muito forte. É como se estivessem dizendo: ‘existe um mundo velho, no qual não nos encaixamos, não nos sentimos respirando dentro dele’. Isso até explica a vagueza do movimento e o fato de que se pode ir desde reivindicações típicas de movimentos sociais, como a inicial, a revogação de aumento do ônibus, até questões mais entrópicas, como uma mudança no perfil da cidade”, acrescenta o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia Política da USP.

Para ele, uma das principais e mais enaltecidas características das manifestações, que é não ter lideranças definidas, “é mais uma qualidade do que um defeito”. “O fato de não ter identidade definida é próprio de um movimento, por um lado, de juventude, e por outro de um período em que a política ou economia já não satisfazem, quando não se consegue definir as coisas em termos do que tradicionalmente é direita e esquerda, um período entre o velho e o novo”.  

Lincoln Secco considera o movimento “surpreendente”. “Porque, do ponto de vista da história do Brasil, desde 1992, com a campanha do impeachment, não havia tantas pessoas nas ruas de maneira simultânea, em várias cidades.” Porém, o historiador vê uma diferença “crucial” entre o atual movimento e as greves no ABC nas décadas de 1970, 1980, as Diretas Já em 1984 e as manifestações pelo impeachment de Fernando Collor de Mello, em 1992: “aqueles eram movimentos que acabavam sendo dirigidos por alguma organização pré-estabelecida, por um partido, sindicato ou, no caso de 1992, pela UNE, que acabou filtrando o processo. Hoje não temos um partido, um sindicato, uma união de estudantes que fale por esse movimento”, aponta Secco.

Nesse ponto, o sociólogo e blogueiro Emir Sader  discorda. “Há liderança, sim, pois apareceu gente falando em nome do movimento. Isso de não ter liderança é bobagem”, diz.  Para o historiador da USP, o Movimento Passe Livre é “muito interessante” justamente  por ser “horizontal, mas ao mesmo tempo exigir que as pessoas que definem a sua política sejam participantes orgânicos. E, no processo, até mesmo o MPL foi ultrapassado pelas ruas”. “Ser horizontal não significa que não haja organização e liderança", diz Secco. "Obviamente, um movimento horizontal vai nomear pessoas para eventualmente negociar em seu nome. Às vezes os intelectuais têm dificuldade de entender que há outras formas de organização além das partidárias e hierárquicas.”

Emir Sader, entretanto, diz que fora a questão circunstancial sobre o aumento das passagens de ônibus ou mesmo a repressão violenta das polícias de São Paulo e Rio de Janeiro de uma semana para cá, o movimento atingiu a inesperada magnitude observada na noite de ontem (17) por um problema “mais de fundo”, nas palavras do sociólogo. “Não existe política para a juventude. O governo federal não discute a questão do aborto, está contra a descriminalização das drogas. Teve uma gestão do Ministério da Cultura (da Ana de Hollanda) trágico, que agora melhorou um pouco, mas pouco.” Atualmente, a ministra da Cultura é a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.

“Temas que têm a ver com  os jovens não fazem parte do ideário geral da política. Mesmo Lula, que foi o maior líder político que a gente já teve, não tem interlocução com a juventude. Os jovens estão afirmando sua presença, o que é bom. A pior coisa que pode acontecer é uma juventude passiva”, afirma Sader.

Na mesma linha, Renato Janine aponta “agendas que os políticos não costumam considerar”. Ele cita como exemplo a questão da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, presidida desde março pelo deputado Pastor Marco Feliciano (PSC). “A base governista e sobretudo o PMDB deram a comissão para aquele deputado, o Feliciano, e por quê? Porque os direitos humanos são irrelevantes. Coisas irrelevantes para os partidos podem ser muito importantes na vida as pessoas. Seria bom os políticos perceberem isso.” 

Primavera árabe



Tanto Janine Ribeiro como Lincoln  Secco veem similaridades entre o que está acontecendo no Brasil e o processo desencadeado no Oriente Médio no segundo semestre de 2010 e que redundou, como fato mais significativo, no fim de quase 30 anos de governo Hosni Mubarak no Egito, em fevereiro de 2011.

Para o filósofo da USP, há semelhanças, “mas não tem nada a ver com globalização". Segundo ele, "o maio de 68 em Paris não tinha essa globalização e os movimentos são muito parecidos. Claro, há as redes sociais, mas um ponto que chama a atenção nesse sentido é de um movimento que vai muito além das suas causas, os 20 centavos dos ônibus, por exemplo.

 Todas essas explicações são muito pequenas perto do que surge”, analisa.

“Do ponto de vista mundial, o MPL se enquadra perfeitamente no processo que começou com a Primavera Árabe e que, como nos EUA e no sul da Europa, foi espontâneo”, avalia Secco. “Isso dá a força e a fraqueza do movimento. Força porque qualquer manifestação espontânea acaba sendo mais atrativa para as pessoas que rejeitam partidos e políticos em geral; mas num segundo momento, não consegue traduzir a força numa nova política. Na Primavera Árabe, o movimento foi forte, mas depois houve eleições e as forças que ganharam as eleições não representavam o movimento.”

A questão da rejeição do movimento e políticos e partidos “não é uma novidade”, para Lincoln Secco. “Se há algo positivo na rejeição aos partidos e políticos, o fato de a juventude buscar novas formas de se manifestar e se organizar, há o risco de um movimento desse tipo ser uma força que é só formalmente apolítica, mas que é na verdade um discurso conservador.”

PACTO PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA ABORDA INCLUSÃO SOCIAL EM COLOMBO

Foram tratados de temas como deficiência visual, intelectual, física, neuromotora, autismo, altas habilidades e transtorno de aprendizagem


Aproximadamente 240 professores da rede municipal de ensino, cadastrados no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC, se reuniram na última semana, no Auditório da Regional Maracanã, para participar de uma aula especial. O desafio foi compreender e desenvolver estratégias de alfabetização com práticas pedagógicas inclusivas.

Durante a aula, ministrada pelos profissionais do Centro de Atendimento Especializado à Criança – CAEC, temas induziram à reflexões sobre conceitos e sugestões de possíveis adaptações em salas de aulas. Entre os assuntos abordados, se destacaram deficiência visual, intelectual, física, neuromotora, autismo, altas habilidades e transtorno de aprendizagem.

De acordo com a professora Patrícia Rodrigues Ferreira Brotto, coordenadora do Pacto, um dos fatores primordiais do Programa é melhorar o índice de desenvolvimento dos alunos na Educação Básica – IDEB, traçando estratégias de ensino para que todas as crianças da rede municipal sejam alfabetizadas até os oito anos de idade. “Nosso objetivo é criar mecanismos, construir alternativas que atendam as necessidades de nossos alunos para garantir que sejam alfabetizadas na idade certa,” argumenta.

Pacto

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um programa do Governo Federal desenvolvido em parceria com o município com a intenção de capacitar o professor alfabetizador, para melhor atender as necessidades dos alunos de primeira a terceira série dentro da sala de aula. São realizados planejamentos e avaliações, com estratégias no processo de desenvolvimento da aprendizagem. A meta é alfabetizar na idade certa, até oito anos de idade.

A carga horária de capacitações para os educadores prevê para o ano letivo 120 horas. Durante o ano de 2013, as aulas serão de caráter informativo, divididas em etapas, para atingir metas estipuladas no ensino da língua portuguesa.

Em 2014, o foco das ações serão relacionadas ao ensino da matemática. De acordo com a secretária Municipal de Educação, Cultura e Esporte, Aziolê Cavallari Pavin, o Pacto pela Alfabetização na Idade Certa representa uma alternativa para um posicionamento à altura das ações que a Prefeitura e a comunidade escolar realizam.

SECRETÁRIO DA AGRICULTURA DE COLOMBO REUNE-SE COM SECRETÁRIO DE ESTADO

Encontro teve o objetivo de incrementar e incentivar a agricultura familiar do município

Marcio Toniolo reúne-se com o secretário de Estado, Norberto Ortigara para atrair investimentos e programas de agricultura para Colombo

O secretário municipal da Agricultura e Abastecimento de Colombo, Marcio Toniolo esteve reunido com o secretário de estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Na conversa, foram tratados de assuntos para incrementar e incentivar a agricultura familiar da cidade.

“Fomos muito bem recebidos pelo secretário Ortigara que sinalizou muita vontade em incentivar os nossos produtores, como também em oferecer recursos para Colombo. Nos sentimos muito tranquilos em contar com a parceria do Estado”, destacou o secretário Toniolo.

Entre os pontos abordados no encontro estiveram em pauta a busca por financiamentos agrícolas, projetos para a agricultura, aumentar a patrulha mecanizada e por fim questões que envolvem a Central de Abastecimento do Paraná-Ceasa-PR. Também participou da reunião o vereador Sidnei Campos.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

PARANÁ E O BRASIL CONTRA A IMPUNIDADE!



PEC 37 SERÁ TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARANÁ NESTA SEGUNDA DIA 17

A polêmica PEC 37 (Proposta de Emenda Constitucional nº 37), que tira o poder de investigação do Ministério Público, será tema de uma audiência pública na próxima segunda-feira (17) na Assembleia Legislativa do Paraná. O evento, a partir das 17h, será coordenado pelo deputado estadual Gilberto Martin (PMDB) e terá presença de deputados federais, representantes do Ministério Público, da Polícia Civil e da sociedade em geral.

De acordo com o texto da PEC 37, os promotores e procuradores do MP poderão apenas supervisionar a atuação da polícia e solicitar ações durante a elaboração de inquéritos policiais. A investigação criminal ficará como competência exclusiva das polícias Federal e Civil.

De acordo com Gilberto Martin, a Polícia Civil será representada pelo delegado Jairo Amodio Estorilio, que é presidente do Sindicato dos Delegados de Policia Civil do Paraná. O MP será representado pelo Promotor de Justiça Rodrigo Régnier Chemim Guimarães. O evento terá presença dos deputados federais João Arruda, André Zacharow e Marcelo Almeida (PMDB).

Preparativo

João Arruda disse que a audiência na Assembleia é uma preparativa para um grande debate sobre a medida PEC 37, organizado pela bancada peemedebista de todo o Brasil e que ocorrerá no dia 25 de junho em Brasília. Neste evento, segundo o deputado, o partido deverá tomar um posicionamento em relação a proposta.
“É importante que a sociedade faça deste um importante debate, já que a PEC 37 vai alterar a estrutura de investigação de crimes no país”, disse João Arruda. E completou: “Hoje existem muitas divergências entre os defensores e aquelas pessoas que contrárias à proposta”. 

Votação

Uma comissão criada para debater a proposta na Câmara dos Deputados deverá apresentar, na próxima semana, um relatório sobre a PEC 37. O presidente da Casa, o deputado Eduardo Henrique Alves (PMDB-RN), anunciou que irá submeter o projeto à votação em Plenário no próximo dia 26.

     SERVIÇO

Audiência Pública sobre a PEC 37
Dia e horário: Segunda-feira, 17 de junho, a partir das 17h
Local: Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná

BAIRROS DE IMBUIAL E ROSEIRA EM HISTÓRIA DE LIVRO EM COLOMBO

Publicação trata da história de Colombo e de um modo especial dos bairros Imbuial e Roseira

Prefeita acompanhada do vice Ademir Goulart, do presidente da Câmara, José Renato Strapasson e do secretário da Indústria, Comércio e Turismo, Antonio Ricardo Milgioransa participa da noite de autógrafos do escritor Caio Vinicius Torques

A prefeita de Colombo, Beti Pavin participou da noite de autógrafos do livro Imbuial e Roseira Nossas Famílias, do escritor Caio Vinícius Torques, realizado no último sábado, 08, em um café colonial do município. “A cultura e as tradições da nossa gente sempre devem ser valorizadas, e este livro conta uma parte de toda a nossa história”, disse Beti.

A publicação trata da história de Colombo e de um modo especial dos bairros Imbuial e Roseira, a imigração européia no município e a genealogia das famílias: Torques, Jordão, Keppel, Betinardi, Gueno, Schena, Guidolin, Taverna, Andreatta, Sforza, Coradin e Henemann.

Imbuial e Roseira Nossas Famílias traz, além de uma homenagem aos antepassados que deram adeus a sua terra natal, uma apurada pesquisa feita por meio de conversas, dados e fotografias, o acesso a informações que entre objetos e retratos, estavam nas lembranças dos filhos, netos e bisnetos dos seus antecessores.

Mais informações sobre como adquirir o livro, podem ser obtidas pelo telefone 41-9883.9503 ou cv.torques@hotmail.com.

A COSTURA DA MEMÓRIA

Em um dos livros, conta-se a história de José Xavier Cortez, que, expulso da Marinha por ter participado da rebelião, mudou-se para São Paulo e começou a trabalhar e morar em um estacionamento perto da PUC. De lavador de carros a estudante bolsista naquela universidade, foi uma questão de tempo. Anos mais tarde, Cortez lançaria uma editora que leva seu sobrenome

No momento em que a Comissão da Verdade completa um ano, o Arquivo Nacional lança três livros que tratam do período da ditadura

Xandra Stefane, RBA / Revista do Brasil

Só a memória costura tudo.” A frase, de Caio Fernando Abreu, nos desperta para a dimensão da memória. Esta nos dá sentido, enquanto indivíduos e enquanto grupo. Costura o que fomos, o que somos, o espaço e o tempo em que vivemos. Através dela nos reconhecemos, nos reinventamos; é a referência que nos permite enxergar e interpretar o que nos rodeia. Enquanto elemento significativo da teia social, a memória é também espaço de conflitos: desperta divergências, paixões, controvérsias, sentimentos e ressentimentos. Traz à tona lembranças, desencobre dores, expõe o que muitos prefeririam deixar na escuridão... É matéria-prima para pensar a história – a nossa e a do mundo.

O período acima abre um dos capítulos do livro O Terror Renegado, de Alessandra Gasparotto, e sintetiza o intuito de outras duas obras também lançadas pelo Prêmio de Pesquisa Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional. O projeto é um concurso bianual de monografias que publica trabalhos com base em fontes documentais referentes ao regime autoritário no Brasil. A memória que os três livros trazem à luz são fatos de um período sombrio que ainda tem muito a ser revelado, como mostram os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, que completou um ano em 16 de maio.

O que aconteceu com militantes que foram forçados, por meio de tortura física e psicológica, a se retratar publicamente, renegando convicções políticas? Ou ainda: qual era a função, os desdobramentos e a macabra metodologia dos interrogatórios preliminares feitos nos porões do regime? E quanto à esquecida atuação dos marinheiros contrários a ditadura e, depois, pela anistia? São essas as memórias reveladas em O Terror Renegado e também em No Centro da Engrenagem, de Mariana Joffily, e Todo o Leme a Bombordo, de Anderson da Silva Almeida.

Os “arrependimentos” de que trata Alessandra Gasparotto não podem ser considerados pelo sentido que a palavra tem no dicionário, já que não foi espontaneamente que a maioria dos cerca de 30 militantes apresentaram seus depoimentos que renegavam seus ideais e exaltavam o regime. Ao contrário. As retratações apresentadas em gravações, entrevistas e em cartas foram, em geral, conseguidas por meio de tortura.

“A história e a memória desses ‘arrependidos’ nos remetem a questões centrais da história brasileira contemporânea, tanto daqueles tempos de ditadura quanto de nossa época atual. Suas experiências evidenciam práticas nefastas da propangada oficial e da ação psicológica do regime, assim como a colaboração e a participação das principais empresas de comunicação em tais estratégias”, relata a autora. “É importante resgatar essas memórias porque, primeiro, durante muito tempo elas ficaram esquecidas. Não fazem parte nem da memória ‘oficial’ da ditadura, nem da memória de esquerda, porque esses militantes ficaram muito marcados como traidores”, completa Alessandra, professora do Departamento de História da Universidade Federal de Pelotas (RS).

Triagem

No Centro da Engrenagem, originalmente elaborado por Mariana Joffily para sua tese de doutorado em História Social, na Universidade de São Paulo (USP), resgata interrogatórios feitos de 1969 a 1975 na Operação Bandeirante (Oban) e no Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Ela vasculhou o Arquivo Público do Estado de São Paulo para entender como eram realizados, a função e os desdobramentos dos interrogatórios preliminares feitos com os acusados de subversão antes de a prisão ser considerada formal. 

“Uma das coisas que eu analiso é como no jogo das palavras do interrogado você encontra expressões que são típicas da repressão política. Tem um momento, por exemplo, em que o depoen­te diz que nunca teve contato com ‘esse famigerado terrorista’, expressão que dificilmente teria saído da boca do militante. Parece muito mais uma expressão dos interrogadores! Tentei entender tanto as estratégias de um, para obter as informações, como de outro, para omitir ou enganar a repressão”, conta Mariana. O processamento das informações e as sucessivas reinquirições e acareações não eram feitos apenas na busca pelos fatos reais, mas também como uma forma de obrigar o interrogado a conformar-se com as conclusões tiradas pelos interrogadores.

Apesar de o uso da tortura ser conhecido nessas operações, há, no máximo, indícios do que pode ter acontecido. “O que você encontra, às vezes, é que a sessão foi interrompida porque a pessoa começou a passar mal ou ficou numa situação em que não conseguia dizer nada. Mas não tem nada explicando por que ela chegou a esse estado. O que eu fiz foi cruzar essa documentação com a do projeto Brasil Nunca Mais, que tem as denúncias nos processos do Superior Tribunal Militar das torturas sofridas pelos presos políticos. Em alguns casos, consegui pegar o mesmo cara que foi preso e torturado no DOI-Codi que depois, na fase judicial, denunciou a tortura, e eu cruzo a informação”, afirma.

Ao ler a bibliografia do golpe de 1964, Anderson da Silva Almeida – que entrou em 1996 na Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco – percebeu que eram recorrentes as menções sobre a rebelião dos marinheiros que ajudou a desencadear a queda do presidente João Goulart. O rapaz decidiu ir a fundo para entender essa história, e assim nasceu seu livro Todo o Leme a Bombordo, dissertação de mestrado em História Social na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Aqui também as águas são turvas e agitadas e estão repletas de fatos escondidos no fundo desse mar. “Percebi que se falava muito sobre a rebelião dos marinheiros de 1964, sobre o cabo Anselmo, e percebi o silêncio da Marinha sobre isso. Eu tinha fontes que diziam que existiam marinheiros nos movimentos de luta armada, entre os mortos e desaparecidos políticos, nos livros de memória encontro marinheiros no exílio... E a pouca bibliografia que tinha sobre isso só falava sobre o momento da rebelião e os dias que antecederam a queda de Jango. Depois, eles sumiam dos livros”, relata.

O pesquisador resgatou parte da história do cara que anos antes vira na TV, José Anselmo dos Santos, o cabo Anselmo, um dos líderes do movimento revoltoso e controverso personagem que mudou de lado e passou a agente do governo. Mas ele não é a vedete do livro. São, sim, os militares de baixa patente que atuaram politicamente nos anos que precederam o golpe e tudo o que aconteceu com eles depois: o esquecimento e a anistia tardia.

“Trata-se de um segmento social vindo das classes baixas. Ainda hoje é assim. E, por uma questão principalmente de classe, ficou muito forte na historiografia e na academia a presença da geração de 1968 formada, sobretudo, por estudantes e jovens da classe média. Os marinheiros não apareciam tanto, por mais que estivessem sempre lá, na luta armada, no exílio e no debate da anistia”, opina.

Daí emergem histórias como a de José Xavier Cortez, que, expulso da Marinha por ter participado da rebelião, mudou-se para São Paulo e começou a trabalhar e morar em um estacionamento perto da Pontifícia Universidade Católica (PUC). De lavador de carros a estudante bolsista naquela universidade, foi uma questão de tempo. Anos mais tarde, Cortez lançaria uma editora que leva seu sobrenome.

Anderson ressalta a importância da chegada de livros como esses ao mercado. “Que a sociedade como um todo – e não só a academia e as pessoas que estão envolvidas diretamente no debate político – discuta, aprenda e apreenda o que aconteceu no passado recente do Brasil. Afinal, ainda temos vestígios do período ditatorial nas polícias militares, nas instituições, nas escolas.”