sábado, 21 de setembro de 2013

CAMPANHA SURPREENDE MARIDOS E PROVA QUE TODA MULHER MERECE ELOGIOS

Mulheres mudaram radicalmente o visual e deixaram seus companheiros impressionados

Toda mulher reclama que os homens, de um modo geral, não costumam notar as mudanças no seu visual. Mas e se a mudança fosse radical? Qual seria a reação deles? Para saber a resposta três lojas de São Luís (MA) - Villa, Scala e Carmen Steffens – lançaram uma campanha divertida provando que toda mulher merece e pode ganhar um elogio.

Para colocar a ideia em prática as lojas convidaram quatro mulheres para parciparem de um desafio: passar uma supertransformação durante um jantar, sem que seus companheiros soubessem.

Reprodução


Tudo aconteceu de forma bem natural, sem que eles percebessem que algo estava para acontecer. Durante o jantar em um restaurante as mulheres saíam para o banheiro, onde estavam os especialistas das lojas. Passados quatro minutos, e depois de um autêntico extreme makeover, com direito a roupa, acessórios, sapatos e maquiagem, elas voltavam aos seus lugares.

Reprodução


Sem saber que estavam sendo filmados, os maridos foram surpreendidos pos suas 'novas' mulheres. E as reações? Não poderiam ser melhores. Além de surpresos, eles ficaram bastante impressionados com a mudança das esposas. E elas, lógico, receberam o que mais gostam: elogios! Confira no vídeo abaixo como foi essa experiência emocionante: (Fonte: Hypeness)
Campanha surpreende maridos e prova que toda mulher merece elogios - Toda mulher merece um elogio - Mulher - Bonde. O seu portal
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TUDO PELO BEM VIVER! MENSAGEM

O MELHOR E O PIOR DO FACEBOOK. OU A VIDA COMO ELA NÃO É


Segunda-feira. O sujeito acorda atrasado às sete horas da manhã. Levanta-se às pressas, segue tropeçando até o chuveiro, lava rápida e porcamente suas vergonhas, se veste mal e segue acelerado para o trabalho, enquanto lamenta mais uma vez não ter sido sorteado na mega-sena do final de semana.

No trânsito, ele não dá passagem aos motoristas das faixas ao lado, avança contra pedestres, buzina ameaçador para os motoqueiros que o ultrapassam por todos os lados — por cima, por baixo, por dentro — e deseja a morte sofrida de todos que saíram de casa só para impedi-lo de correr mais rápido na avenida congestionada.

Ele chega ao trabalho e não responde a nenhum “bom dia” no elevador, reclama em voz alta da moça da faxina que mudou a posição de seu teclado dois centímetros para o lado na hora da limpeza, liga o computador, entra em seu perfil no facebook e digita:

“Uma semana de paz e amor a todos. Que Deus ilumine seus corações e encha seus caminhos de alegrias. Bom dia, planeta face!”

O dia é produtivo. Ele puxa o tapete de seus colegas, pressiona fornecedores, chantageia a ex-mulher, esculhamba em pensamento a Deus e aos 12 apóstolos. Porque já provou ao universo que é “do bem” e, afinal, quem é “do bem” pode odiar o mundo em paz. Mas precisa ser em silêncio. Você sabe, algumas coisas a gente não pode tornar públicas, sobretudo aquelas que a gente realmente sente. Então, é melhor dizer sobre você apenas aquilo que o mundo vá curtir e compartilhar.

Então cai do céu a migalha mais gorda de felicidade em seu dia: a hora do almoço. No restaurante por quilo, com os colegas “da firma” ele engole apressado seu arroz, feijão e carne de todos os dias. A moça ao lado fotografa o próprio prato. Ele conta um monte de mentiras sobre seu final de semana. Ninguém ouve. Ninguém tira os olhos do celular, o wifi daqui funciona bem, cala a boca e aproveita.                                 

O almoço termina e é hora de dar um passeio. Fazer a digestão. Não na praça, não há mais praças. Ali mesmo, à mesa. É tempo de passear os olhos por sua “linha do tempo”. Cachorro perdido, gente desaparecida, cachoeira, pôr do sol, frase feita, cerveja na praia, piada velha, indireta para ex-namorado, fulana mudou foto do perfil, pose com celular no espelho, Clarice Lispector, Mussum, cachorro desaparecido, gente perdida, “diga não ao preconceito” aqui, “mais amor, por favor” ali, “todos contra a homofobia” acolá.
                             
Ele curte tudo e compartilha, arrotando alho e satisfação. Agora o mundo sabe o quanto está diante de um sujeito bacana, querido, amoroso, crítico, inteligente, sagaz. Tão esperto que foi o primeiro a perceber uma aberração: todos os seus colegas de mesa estavam se transformando em jacarés. E eram jacarés enormes, cinza-esverdeados, arregalando os olhos vermelhos em sua direção.


Veja também
 
  • A saga do andarilho cibernético
Antes que ele consiga gritar de pânico, um dos jacarés abocanha sua cabeça e o arrasta para o fundo do lago verde e viscoso em que tudo de repente se converteu. Lá nas profundezas, naquela região em que as máscaras caem e à qual ninguém costuma descer — porque só na superfície podemos ser perfeitos — todos os jacarés se masturbam em público, cagam nas esquinas e jogam merda em quem passa, limpam o popô com ouriços, apontam suas unhas e suas caudas uns contra os outros, ferem, matam e falam com a boca cheia.

 Lá no fundo, a intolerância nada pelada. Lá, o mais justo sacerdote se transforma num flagrante cretino, a mais tradicional família perfeitinha se torna um pavoroso esquadrão da morte. Lá, somos todos jacarés e a tolerância é o escambau.
 
Gritando, se contorcendo e tentando se libertar do monstro que o agarrara, ele percebe que também se transformou num jacaré. Tenta respirar como gente e não consegue. Ele agora é um maldito réptil, e precisa aprender a respirar como tal. Sem sucesso, se desespera, se machuca, debate seu corpanzil bizarro e tenta voltar à superfície. Um som de sirene explode em seu sentido auditivo de réptil. 

“Protocolo 28! Protocolo 28!”, grita alguém a seu lado. Então um grupo de superjacarés o imobiliza e se põe a fazer cócegas em sua barriga. Aos poucos, o desespero vai desaparecendo, rareando, até finalmente sua carcaça e sua alma serem tomadas por um estranho torpor. Tudo agora ao seu redor é calma. Lá no fundo, somos todos jacarés.

Na superfície, no restaurante por quilo onde ele almoçava todos os dias, seu corpo aguarda no chão.

“Ele está morto”, declara o paramédico. Infarto fulminante.

Nenhum de seus colegas do trabalho espera a chegada do rabecão do IML.

A moça ao lado, aquela que fotografava o próprio prato no começo do almoço, olha chocada o corpo sem vida:
— E nem fechou o facebook.

LITERATURA AFETIVA

Livro é o segundo da trilogia dedicada ao México

Segundo romance do Juan Pablo Villalobos, "Se Vivêssemos em um Lugar Normal" mistura acidez com crítica social e elementos da identidade mexicana

Se Vivêssemos em um Lugar Normal (Companhia das Letras), segundo romance do mexicano Juan Pablo Villalobos, questiona, a começar pelo título, a trajetória que ele e sua família tomam dentro do curso histórico de seu país. Segundo de sete filhos de uma família que mora no alto do Morro da Puta Que Pariu, o protagonista Orestes tem como maior preocupação conseguir entender se é pobre ou da classe média, em um cotidiano marcado pela ação de rebeldes opositores, pela crise econômica dos anos 1980 e pela rotineira disputa por quesadillas preparadas por sua mãe.

Na ficção que, segundo o autor, bebe pouco de sua experiência pessoal, a cidade palco do enredo tem “mais vacas que pessoas, mais charros que cavalos, mais padres que vacas, e as pessoas gostam de acreditar na existência de fantasmas, milagres, naves espaciais, santos e similares”.

O livro, que é lançado nesta sexta-feira 20, é o segundo de uma trilogia dedicada ao México, ao lado de Festa no Covil. Seu estilo direto e agressivo levam o leitor a acompanhar o processo de tomada de consciência junto a Orestes, que alcança uma espécie de elucidação ao perceber, por exemplo, a inveja que lhe era inerente e a limitação à qual seus pais eram impostos: “Olhei para meus pais, (...) em vez de fumaça, o que eu via no rosto deles era a sombra - a ameaça - da infelicidade eterna.”

“O que realmente me preocupava no momento de escrever o romance, sobre essa tomada de consciência, são os mecanismos de manipulação política. Quando no romance o protagonista descobre esses mecanismos de manipulação, que vêm desde o poder econômico e político, ele tenta se rebelar. E a relação de Orestes com isso é através desse cinismo, do sarcasmo que ele usa", explica a CartaCapital. O autor, casado com uma brasileira, vive em Campinas, no interior de São Paulo, de onde faz traduções e escreve seus romances.

Confira os principais trechos da entrevista:

CartaCapital - De onde surgiu a ideia do livro e como o enxerga em sua obra?
 
Juan Pablo Villalobos - Para falar a verdade, eu comecei a pensar nesse livro (Se Vivêssemos em um Lugar Normal) e no anterior (Festa no Covil) como parte de uma trilogia quando terminei esse segundo romance. Não foi algo que tive como projeto desde o início, mas quando terminei esse livro percebi que ele continha algumas coisas em comum com o primeiro, e que o projeto do terceiro que tenho na cabeça também estava na mesma linha. E o que eles têm em comum? Os três são livros sobre o México, que trazem histórias familiares, ficções. São histórias íntimas que tentam falar de “grandes temas” do México, suas questões políticas, econômicas e sociais.

CC - Quais intersecções entre Brasil e México você destacaria?

JPV - Ambos têm problemas estruturais muito parecidos. Mas os processos históricos são completamente diferentes. Nós não passamos por uma ditadura, mas por um longo período fomos governados pelo mesmo grupo político, o que era uma ditadura perfeita, como observou o peruano Mario Vargas Llosa. O México, provavelmente, não tem algumas questões que o Brasil tem, como a racial, mas mostra estruturas parecidas. A desigualdade, por exemplo, é um problema grande tanto do Brasil quanto do México.

CC - Como enxerga o México hoje? Ele é muito diferente do país que deixou há dez anos?
 
JPV - Vou com bastante frequência para o México e procuro sempre me informar sobre as notícias de lá. O país passou, nos últimos anos, por uma transformação importante em termos sociais gerada pela violência do tráfico. O México que eu deixei não era tão violento quanto o de hoje. Piorou em 2006, quando o ex-presidente Felipe Calderón decidiu começar uma guerra contra os cartéis do narcotráfico e gerou um clima de insegurança muito grande em todo o país. Por outro lado, algumas questões continuam as mesmas, assim como no Brasil: a desigualdade, problemas de injustiça e os poucos que acumulam muito diante da grande parcela que não tem acesso a um bom trabalho, saúde ou educação. São problemas estruturais, que não são exclusivos do México, mas estão em todos os países da América Latina.

CC - O livro traz muitos elementos da cultura mexicana, como a religião e a comida, no caso as quesadillas. O quanto esses elementos te fazem falta e de quais mais sente saudade?
 
JPV - Na minha obra, a comida tem uma importância fundamental. No primeiro livro da trilogia eu falo dela, assim como no segundo e no terceiro. É uma questão muito pessoal esse interesse pela gastronomia, até porque acho que boa parte da identidade mexicana passa por ela. A gastronomia, no caso dos mexicanos, é um dos principais componentes da formação da identidade cultural.

No caso dos meus livros, essas comidas das quais falo sempre simbolizam alguma coisa. No primeiro, eu falava de pozole, que é um prato preparado com cabeça de porco, pois tinha um simbolismo no livro que fala de cabeças decapitadas. No segundo, falo de quesadillas, que, dependendo se têm mais ou menos queijo, simbolizam o momento econômico da família, ponto central no romance.

CC - Ao se dar conta da importância da luta de classes, através da ação de rebeldes nos anos 1980, o personagem se depara com o papel insignificante de sua família nesse processo. O quanto dessa história é da vida de Juan Pablo Villalobos?

JPV -  Esse é um romance que está construído com três diferentes materiais. O principal, eu diria 90%, é a ficção. Outro é o material histórico, ou seja, falo no livro de questões políticas, econômicas, sociais e fatos que aconteceram nos anos 1980, como crise, políticas de desvalorização, inflação e um período político conturbado. O terceiro elemento é o que poderia ser chamado de autobiográfico, ainda que minimamente. Como, por exemplo, o fato de o protagonista ser o segundo filho da família, como eu sou, e a história se passar em uma cidade que seria onde eu cresci. Mas o que acontece no romance, que tem um enredo muito absurdo, é ficção e não poderia ser verdade.

CC - O livro, de tom ácido e ágil, tece críticas à hipocrisia de certas grupos - como quando o padre diz que dinheiro não importa - e à ausência de consciência política das classes sociais mais baixas. Isso vem mudando no México de hoje? E no Brasil?

JPV -  O que realmente me preocupava no momento de escrever o romance, sobre essa tomada de consciência, são sobre os mecanismos de manipulação política. Há um discurso religioso na sociedade mexicana, que pode existir também na brasileira, que fala para o pobre se resignar, que questões materiais não são importantes. E também político, do PRI [Partido Revolucionário Institucional], que governou o México de 1929 até 2000, e voltou ao poder no ano passado. 
 
O PRI criou uma cultura de manipulação política e também de compra de parte da sociedade através de um mecanismo muito sofisticado para controlar os movimentos sociais. Primeiro os minimiza, como se não fossem uma questão da sociedade importante, depois tentar comprar e trazer para si, para convencer que não há posições contrarias. A terceira etapa é a ameaça e depois dessa vem a repressão. São quatro fases, não de práticas públicas do PRI, mas que continuam funcionando dentro do sistema de governo no México.

Então, quando no romance o protagonista Orestes descobre esses mecanismos de manipulação política, que vêm desde o poder econômico e político, ele tenta se rebelar. E a relação do Orestes com isso é através desse cinismo, do sarcasmo que ele usa.

CC - Como será o terceiro livro que fecha a trilogia sobre o México?

JPV - Na verdade, não gosto muito de falar sobre o que estou fazendo. Sou meio supersticioso e prefiro não falar.

CC - Quais são suas principais influências literárias? Elas são as mesmas de quando você começou a escrever ou a se envolver com literatura?

JPV - Acho que mudaram muito e continuam mudando. Nossos interesses como leitor se transformam com o tempo. Sou formado em literatura, tenho uma formação literária forte, com a leitura de clássicos e traduções. Mas no caso de romances, a minha maior influência é a literatura francesa da primeira metade do século 20, de escritores como Alfred Jarry, Raymond Queneau, Boris Vian, além do irlandês Samuel Beckett e do romeno Eugene Ionesco, que escreveram parte da obra deles em francês.

CC - Qual sua expectativa em relação ao festival Pauliceia Literária, no qual debate com o angolano Valter Hugo Mãe?

JPV - Quando eu morava na Espanha, há cinco anos, li O Apocalipse dos Trabalhadores, de Valter Hugo Mãe. Acho que é um autor muito interessante, que tem muitas coincidências comigo, como a preocupação com a questão social e a identidade, no caso dele, a sociedade portuguesa. Acredito que será um debate muito interessante porque tanto O Apocalipse dos Trabalhadores quanto o Se Vivêssemos em um Lugar Normal têm em comum esse interesse pela questão social e econômica.

CIDADÃO TELETUBBIE


O método Telettubies de assimilação política: basta ver uma imagem e repetir “bo-bo, “ban-di-do”, “sa-fa-dos”, “ca-na-lha”
Pensar pra quê? Ouvir o voto pra quê? Em nosso primário exercício de assimilação, tudo "termina em pizza" e ninguém precisa de juiz. Basta votar em enquete

Há um momento da vida em que o mundo ao redor é um amontoado de signos sem significados. Chama-se infância. Nessa fase, uma pedra não é uma pedra. Não tem sequer nome. É apenas um material disforme que simplesmente existe. À medida que aprendemos que uma pedra é uma pedra e não um ovo, passamos a assimilar a ideia de valor e grandeza. De significado, enfim. Leva tempo.

Mal resumindo, é assim que aprendemos a compreender o mundo, até então uma associação inicial e pouco sofisticada de ideias projetadas em sílabas repetidas vagarosamente.
 
Como numa peça de Lego, encaixamos as sílabas “a” “ma” “re” e “lo” e associamos o borrão apresentado em um cartaz, ou na tevê, ao nome das cores. Vemos o desenho de um arco ascendente e alguém explica ser um “sor-ri-so”. E descobrimos que a bola de fogo a-ma-re-la de-se-nha-da é o “sol”. Daí o sucesso de programas como Teletubbies na formação dos nossos quadrúpedes (porque ainda engatinham) não alfabetizados. Peça por peça, eles aprendem a codificar o mundo. E se tornam adultos.

Nessa nova fase, aprendemos – ou deveríamos aprender – que existe uma infinidade de tamanhos, formas e cores de pedras, algumas com muito mais do que cinquenta tons numa mesma superfície, tenham elas nomes inventados ou não. Umas têm valor de uso, e servem para a guerra. Outras têm valor de troca, e vão parar nos pescoços mais endinheirados. Alguns dirão a vida toda que, não importa o que te ensinam, é sempre bom desconfiar de afirmações categóricas de quem jura que uma pedra é uma pedra e que isto não se discute. 
 
E se uma pedra é capaz de provocar tanto embate, o que não se vê e nem se toca é nitroglicerina pura. Ao longo dos séculos, o que dá dentro da gente e e não devia também recebe nome, valor e peso, mesmo sem ter forma nem espessura. Com base nestes nomes, criamos as leis (filosóficas, físicas, jurídicas e até sentimentais). São elas as responsáveis por regular as mais complexas, inconfessáveis, inacabadas, incompletas, mal diagnosticadas e muitas vezes inomináveis relações humanas. Alguns estudam estas leis. Por anos. Pela vida toda. Mais do que qualquer outro bípede, que a essa altura da vida já não engatinha.

No mundo ideal, seria prudente ouvi-los antes de tomar posição. Mas, no mundo real, ainda estamos conectando peças de Lego, as sílabas jogadas por variações de um mesmo Teletubbie que nos ensinou a falar quando nossa manifestação verbal era ainda gutural. 
 
Tornamo-nos bípedes, mas continuamos babando, repetindo com a boca e os olhos hipnotizados, com vozes vacilantes, as associações criadas neste grande programa Teletubbies que é a televisão, o rádio, a revista, o jornal, o meme de duas frases do Facebook e o e-mail da tia indignada: “ban-di-do”, “im-pu-ni-da-de”, “is-so-é-u-ma-ver-go-nha”, “cor-ruP-Tos”, "cu-ba-nos-mal-va-dos", "va-mos-a-ca-bar-como-a-Ve-ne-zu-e-la" (custa crer que alguns aprenderam a repetir as sílabas dos "embargos infringentes" sem a ajuda do lexotan).

As associações, muitas vezes, são criadas por cores ou rostos. Não é preciso saber o que é massa nem energia nem teoria nem relatividade para associar Albert Einstein a valores como “in-te-li-gên-cia”, “ge-ni-a-li-da-de”. Não é preciso sequer formular uma frase inteira. Basta repetir uma ideia pronta. Ou praguejar. Dizer se é bom ou ruim sem explicar os porquês.
 
 E dar sequência às reações coletivas, de manada, diante do vermelho. Ou do azul. Ou da foto um ex-presidente com barba. Ou de um ex-presidente sem barba. Não é preciso ler jornal, só a primeira frase do título; basta reagir diante de uma foto. Não é preciso sequer analisar o conteúdo.
 
 Nem diferenciar uma Constituição de uma capivara. Operamos, afinal, com símbolos prontos, acabados, imutáveis. E, assim, basta ao rockeiro boa-pinta colocar um nariz de palhaço para, como um bom Teletubbie, se comunicar com a sua plateia de Teletubbie: “bo-bo, “ban-di-do”, “sa-fa-dos”, “ca-na-lhas”.
Pensar pra quê? Ouvir o decano, ou quem quer que seja, para quê? Não importa o que se diga, nem em que se embase. No fim a única associação que conseguimos fazer do amontoado de palavras voadoras de significantes sem significados durante o voto de um ministro da Suprema Corte é que tudo é só uma grande "piz-za". Ou uma vitória da “de-mo-cra-cia”. Ou uma resposta aos “gol-pis-tas”.
 
 Ou uma “in-fâ-mia” à opinião pública que grita, sonolenta, "A-cor-da-Bra-sil" e sonha com o dia em que o Congresso e o Judiciário se transformem em um grande estacionamento privado. No país do “que país é este”, os porta-vozes da suposta maioria se ressentem pela “o-fen-sas” constantes de uma corte de 11 juízes que usam as leis para afrontar a “jus-ti-ça” e proclamar a “im-pu-ni-da-de”.
 
 Ou de 594 parlamentares, “pa-gos-às-nos-sas-cus-tas” para, "on-de-já-se-viu", criarem leis. Leis para quê? Dependesse dessa maioria de pensamento binário, todas as contradições e penas e direito de defesa se resumiriam a uma grande enquete. “Se você acha que eles erraram e devem morrer, curta. 
 
Se acha que devem ser linchados, compartilhe. Participe. A sua opinião é muito importante. O final, você decide”. Nesta forma curiosa de aprimoramento democrático, pensar é dispensável, mas grunhir, feito porco, é exercício pleno de cidadania.”
 
Matheus Pichonelli, CartaCapital

RECEITA FEDERAL APREENDE 353 TONELADAS DE LIXO TÓXICO EM SANTA CATARINA

Fiscais da Receita Federal e do Ibama apreenderam lixo tóxico no porto de Navegantes (SC)
Fiscais da Receita Federal e do Ibama apreenderam lixo tóxico no porto de Navegantes (SC)

Fiscais da Receita Federal e do Ibama apreenderam no porto de Navegantes (a 111 km de Florianópolis), nessa terça-feira (10), 353 toneladas de lixo tóxico, importado dos Estados Unidos em 15 contêineres. Exames feitos na carga indicaram contaminação por chumbo, um metal pesado altamente poluente.
O importador declarou "cacos, fragmentos e resíduos de vidro" para burlar a vigilância. De fato, eram cacos de vidro, mas de tubos de raios catódicos (usado em tubos de imagem de televisores antigos), que têm um teor de chumbo de 11%. A Receita não divulgou o nome do importador.

O material era destinado ao processamento em indústrias. Segundo a Receita, o valor da mercadoria era baixo, quase o mesmo do frete. De acordo com o Ibama, a importação de material contaminado é vedada pelo acordo internacional da Convenção da Basileia. O país exportador (no caso os Estados Unidos) é obrigado a receber de volta o material exportado, no prazo de cinco dias. Os procedimentos para a devolução já foram tomados pela Receita.  

Relembre: Em 2011, lixo hospitalar foi importado dos EUA15 fotos

27.out.2011 - Uma ação de rotina da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Pernambuco apreendeu 100 quilos de fronhas com logomarcas de hospitais norte-americanos. A apreensão ocorreu na tarde desta quinta-feira, na BR-316, onde fica o posto policial do município de Ouricuri, no sertão do Estado PRF/PE
 
Renan Antunes de Oliveira
Do UOL, em Florianópolis

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

SESI REALIZA 2º SEMINÁRIO ESTADUAL DO VIRAVIDA,EM CURITIBA


Exploração infanto-juvenil




Evento aconteceu nessa quinta-feira (19) e contou com mais de 80 jovens atendidos pelo projeto no Paraná. Palestras, apresentações culturais e depoimentos marcaram o Seminário

O tema “Poder Jovem – Inovar e Transformar” foi o foco do 2º Seminário Estadual do projeto ViraVida, que aconteceu nessa quinta-feira (19), no Campus da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Paraná – Fiep, no Jardim Botânico, em Curitiba. Cerca de 80 jovens atendidos pelo projeto no Paraná participaram do evento, que antecede o Seminário Nacional, a ser realizado em Brasília, em outubro. Iniciativa do Conselho Nacional do Sesi, o ViraVida oferece apoio psicopedagógico, capacitação profissional e inserção no mercado de trabalho a moças e rapazes, de 16 a 21 anos, em risco de vulnerabilidade social.

Participaram do Seminário Estadual o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, e a industrial Sueli Roveda Campagnolo; a representante do Conselho Nacional do Sesi, Roberta Nacfur Macedo; o superintendente do Sesi no Paraná, José Antonio Fares, e a gerente de Operações do Sesi no Paraná, Maria Aparecida Lopes, além de convidados e representantes de instituições parceiras do projeto.

“A vida é um constante aprendizado e é muito bom estar acompanhando este crescimento de vocês”, disse Campagnolo aos alunos do ViraVida, na abertura do Seminário. O presidente da Fiep observou também a importância da fé e da determinação na trajetória pessoal dos jovens. “É preciso acreditar nos sonhos, perseverar e saber que aqui vocês têm o apoio que precisam para transformar suas vidas”, ressaltou.

Com a participação no projeto, vários alunos têm se destacado no mercado de trabalho paranaense, após a capacitação profissional oferecida pelo ViraVida; outros descobriram seu talento para as artes e outros ainda conquistaram uma vaga na universidade.


Mesmo a construção do Seminário Estadual foi feita, em sua maior parte, pelos próprios alunos do ViraVida das cidades de Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu, apoiados pelos professores e equipe técnica multidisciplinar do projeto. 

Para Beatriz, de 20 anos de idade, que está há um ano e meio no ViraVida, o projeto foi decisivo. “A partir do ViraVida mudaram as minhas expectativas de futuro, passei a acreditar mais na transformação do ser humano. E isso veio em parte da constatação que as pessoas não precisam apenas de apoio material, elas necessitam também de amor e carinho, e tudo isso encontramos aqui no ViraVida”, enfatizou.



Lucas, de 17 anos, considera o núcleo do ViraVida como sua nova família. “Eu morava em abrigos desde que tinha um ano de idade e já aprendi bastante aqui no projeto, desde capacitação profissional em várias áreas até o desenvolvimento de que preciso, internamente, para poder alcançar meus objetivos”, contou.

Apresentações culturais e palestras também foram momentos de grande destaque no Seminário, com as presenças de Efigênia Rolim, contadora de histórias de 82 anos, e de Silvia Patzsch, atriz que trabalha com conscientização corporal. Ambas relataram suas experiências de vida, com histórias fortes que emocionaram a plateia.

Depois, o grupo de samba Meninos da Chácara Quatro Pinheiros fez uma apresentação de música e dança que entusiasmou os presentes. 

O evento contou ainda com uma mesa redonda mediada por Sueli Campagnolo e pela professora Lidiane Palco. Interagindo com a plateia, a mesa redonda trouxe ainda dois alunos do ViraVida de cada cidade (Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu), que deram seus depoimentos e responderam as mais diversas questões levantadas pelo público.

Sobre o ViraVida - Criado em 2008, o ViraVida oferece, além de capacitação profissional e inserção no mercado de trabalho, também apoio psicossocial aos jovens e a suas famílias. 

 A proposta socioeducativa é coordenada pelos departamentos regionais do Sesi e os cursos são realizados pelo Sesi, Senai, Senac, Sesc, Sest, Senat, Sebrae e Sescoop, com foco na educação básica e profissional, e abordagem de temas como cidadania, saúde, doenças sexualmente transmissíveis, direitos humanos e orçamento familiar, entre outros. O projeto já está implantado em 19 Estados, tendo atendido mais de três mil jovens até agora. 

No Paraná, o ViraVida iniciou as atividades em 2010 e já atendeu 300 jovens, ao todo, nas cidades de Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu.

Além do resgate social e oferta de uma vida mais digna, o ViraVida está em sintonia com as políticas de proteção e promoção dos direitos da criança e do adolescente e com o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-juvenil, sendo um importante parceiro na Rede de Enfrentamento.


 FOTOS: Gelson Bampi

CUITELINHO - MONICA SALMASO

        

AOS 87 ANOS, PERFIL JOVEM DE UM ARCEBISPO QUE FAZ A DIFERENÇA

      Independente de idade e posição social, econômica e eclesial, vive melhor e tem mais saúde quem reza, trabalha, estuda, lê, cultiva amizades e pratica solidariedade. Aos 87 anos de idade, celebrados no último dia 11 de agosto, mas com ânimo e vigor de jovem de 20 anos, dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto, arcebispo emérito de Curitiba, recomeça todos os dias vivenciando e aprofundando o significado da vida, da missão e do ideal de cada ser humano. Por meio da comunicação oral e escrita, celebrações e homilias, pronunciamentos em eventos e testemunhos cotidianos, procura educar para a liberdade, cidadania, unidade e fidelidade ao Evangelho.

       Não há uma única pessoa no Brasil e no mundo que conhece, convive, converse, lê e ouve dom Pedro Fedalto que não aumente sua responsabilidade pessoal, coletiva e transcendental. Por excelência, é animador da alma e da razão, iluminador da fé, pregador da verdade inconteste. No cerne de tudo o que faz e fala, revela preocupações eclesiais com o próximo, denuncia dores causadas pelas injustiças, alerta para aprisionamentos decorrentes do egoísmo e da exploração. Os focos a atingir  são a consciência,a liberdade, a memória histórica do Criador e Salvador.

     Dom Pedro entusiasma por tudo quanto implique felicidade, realização e bem estar mental, físico, emocional e espiritual do semelhante. Há alguns anos, com objetivos e finalidades diferentes, viajamos juntos São Paulo – Roma - Curitiba. Sempre alegre e construtivo, temperou os intervalos umas vezes com pensamentos geniais e outras vezes com piadas engraçadas. A paz que proporciona é única, e sua sabedoria é maior do que grande. É verdadeira universidade circulante do otimismo, das humanidades, das ciências, do amor fraterno e da esperança.

   Sorte, sorte dos paranaenses e brasileiros que conhecem e vivem próximos do arcebispo emérito dom Pedro Fedalto. Ele é a mais pura e legítima santidade em constante nascimento, desenvolvimento e perpetuação da dignidade dos seres superiores. Utiliza de forma produtiva suas habilidades, competências e ideais humanos e religiosos na edificação do Reino, não medindo sacrifícios e trabalhos para realizar a vontade e os projetos de Deus.

       Para dom Pedro, o Reino é um universo bem maior que arranha-céus, tesouros, ouro, saldo bancário, fama, títulos, ilusões. Para o arcebispo Fedalto, Reino integra partilha, comunhão de diferenças, mão estendida para orientar e educar hoje crianças e jovens desprovidos de recursos. Reino é ser ético, trabalhador, altruísta e carinhoso com idosos, enfermos e portadores de deficiência; é respeitar direitos e obrigações cívicas. Reino é amar o próprio corpo e a integridade dos outros, é compartilhar desenvolvimento e preservar a natureza. Reino é andar de mãos dadas com o próximo, orar, perdoar e amadurecer para tudo o que vem a seguir. São Pedro Fedalto, rogai por nós!

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Pedro Antônio Bernardi é jornalista e economista, professor universitário e consultor de comunicação, autor e editor de livros.

ARQUEÓLOGOS ENCONTRAM RESTOS DE CASA CONSTRUÍDA HÁ 3 MIL ANOS NA AMAZÔNIA

Restos de casa construída há 3 mil anos são encontrados na Amazônia equatoriana. A descoberta "é totalmente nova, ninguém tem conhecimento dela", afirma arqueólogo que achou residência
casa mais antiga amazônia
 Arqueólogos acharam no Equador a casa mais antiga da Amazônia. Tronco servia para fazer a sustentação da casa (Foto: Agência EFE 

Arqueólogos franceses e equatorianos descobriram na Amazônia do Equador os restos de uma casa construída há cerca de três mil anos, a mais antiga da região amazônica, segundo disse à Agência Efe o arqueólogo Stéphen Rostain, diretor da pesquisa.

“Encontramos buracos de fornos e vestígios de cerâmica e pedras”, disse Rostain, ao explicar que o que acharam foram “as marcas da casa mais antiga da Amazônia no Equador”, perto de Puyo, na província de Pastaza. O arqueólogo detalhou que encontraram o lugar há dois anos e abriram o campo em julho, quando cavaram um metro de profundidade e aproximadamente 90 metros quadrados de diâmetro.

A descoberta “é totalmente nova, ninguém tem conhecimento dela”, assegurou o especialista ao comentar que, quando fizeram as prospecções há dois anos, encontraram uma forma do que seria uma fornalha.

“As fornalhas construídas com pedras são geralmente muito antigas, de entre 1.800 e 500 a.C.. Tiramos algumas amostras que nos remeteram a uma data de há três mil anos, e este ano encontramos todas as marcas de pilastras com as quais conseguimos reconstruir (em papel) a casa”, disse.

Em uma gráfica, o especialista mostrou os pontos que disse corresponderem às marcas das pilastras. “Reconstituindo isso, temos uma casa em formato oval, parecida às casas atuais, mas a diferença é que essa tem três mil anos. É a casa mais antiga de toda a Amazônia (…), mais antiga inclusive que as conhecidas no Brasil”, afirmou.

Tronco como pilastra

A “maior descoberta”, disse, foi o fato de, quando a casa foi construída, terem usado o tronco de uma árvore como pilastra, colocando-o de cabeça para baixo, enterrado na camada freática: “Isso economiza o trabalho humano, não é necessário talhar o tronco e assim a árvore não cresce novamente”, comentou.

As marcas achadas mostram que a casa foi construída no formato oval, com 17 metros de comprimento e 11 de largura. “A sua construção é um pouco parecida com a atual dos achuar e dos quichua”, e a maior diferença é a fornalha feita de pedra, disse o diretor do projeto, que comentou que deram o nome de Pambay à cultura da zona pelo rio próximo.

Entre outras coisas, a organização do III Encontro Internacional de Arqueologia Amazônica, que é realizado nesta semana em Quito, não lhe permitiu avançar mais no estudo de dados vinculados com o achado: “Agora sabemos como mais ou menos era a casa dos moradores de há três mil anos”.

“Ao sabermos as plantas que comiam vamos saber qual era a sua dieta; com a cerâmica, vamos conhecer sua arte, pelo tipo de lugar onde construíram a casa, conheceremos a relação que tinham com o meio ambiente”, declarou.

O especialista francês, que começou com as escavações há mais de 15 anos no Equador, diz sentir-se “feliz” pela descoberta e garante que “tocar algo que não foi tocado durante três mil anos sempre é um prazer”.

“Somos procuradores de tesouros, como se fossemos umas crianças”, comentou entre risos quem sugeriu a criação de um museu na região onde foi feita a descoberta.

“Muito o que descobrir”

O especialista francês garantiu que ainda há muito por descobrir da Amazônia, onde há savanas, pântanos, montanhas e uma grande biodiversidade. “São sete milhões de quilômetros quadrados, ou seja, o tamanho dos Estados Unidos ou da Europa”, exemplificou.

“Na Europa digamos que há 30 idiomas e dez famílias lingüísticas. Na Amazônia, no mesmo território, atualmente temos 200 idiomas e 80 famílias lingüísticas”, comentou, acrescentando que, por outro lado, existe essa diversidade pois os indígenas eram nômades.

Segundo ele, não se sabe muito da rede de caminhos que havia pela Amazônia e lamentou que esta ainda seja vista como um “mundo selvagem” onde agora a densidade da população é de 0,5 habitantes por quilômetro quadrado, mas onde havia lugares “com 10, 15, 20 habitantes por quilômetro quadrado; até 100 no litoral das Guyanas”, disse.

“Estou falando de uma Amazônia muito povoada, todos interligados, mas com idiomas diferentes. Era como a rede da web, mas com seres humanos”, disse Rostain, que lembra que, quando começou, há 35 anos, a trabalhar na Amazônia, havia “menos de 10″ arqueólogos trabalhando nos sete milhões de quilômetros quadrados. Agora são centenas neste “continente verde”, concluiu.

Agência EF

ASSANGE DIZ QUE BRASILESTÁ SENDO INVADIDO PELOS EUA

Em videoconferência em São Paulo, fundador do Wikileaks explica que norte-americanos agem no Brasil. Para Assange, cenário revela que há um colapso do estado de direito no Ocidente 

assange eua brasil wikileaks
Brasil está sendo invadido pelos Estados Unidos, diz Assange (Reprodução)
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, disse na noite desta quarta-feira (18), durante videoconferência em São Paulo, que as denúncias de espionagem americana em território brasileiro revelam que os Estados Unidos estão invadindo o Brasil.

“O que significa quando uma lei sai de seu território [para agir em outro]? Vocês estão sendo invadidos por uma jurisdição, que está fazendo valer sua lei no estrangeiro”, declarou Assange durante o seminário Liberdade, Privacidade e o Futuro da Internet, organizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Boitempo Editorial.

Assange fez as declarações por meio de uma videoconferência direto da Embaixada do Equador em Londres, onde está asilado desde junho de 2012.

A lei citada por Assange se trata do Ato Patriótico, aprovada pelo Congresso americano logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A chamada lei do terrorismo permitiu que os americanos realizassem escutas telefônicas e quebrassem sigilos para investigar possíveis atos de terrorismo. Técnicas violentas de interrogatório também foram empregadas no Oriente Médio. Para Assange, o aparato de espionagem global montado pelos EUA são consequência disso.

Segundo o australiano, esse cenário revela que há um colapso do estado de direito no Ocidente.
— É um colapso dos direitos humanos.

Segundo o fundador do Wikileaks, site que revelou boa parte das violações aos direitos humanos que os americanos cometeram na chamada guerra ao terror, os EUA montaram um aparato de vigilância massiva no mundo inteiro.

— Quase todas as comunicações da América Latina (98%) passam pelos EUA. Toda a estrutura [tecnológica] da comunidade do Brasil foi roubada pelos Estados Unidos. Cada pessoa que se comunica aqui está embutida nessa estrutura.

Ao mesmo tempo, diz Assange, essa infraestrutura de telecomunicações “torna possível esse tipo de comunicação, entre mim, aqui na Embaixada do Equador em Londres, e vocês, no Brasil”.

Julian Assange, de 42 anos, está refugiado na Embaixada do Equador em Londres, na Grã-Bretanha, desde 19 de junho para evitar a extradição à Suécia, onde querem interrogá-lo sobre denúncias de crimes sexuais.

O ex-pirata da informática, que enfureceu Washington em 2010 quando seu site WikiLeaks publicou milhares de documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, disse que teme ser enviado a esse país, onde acredita que sua vida correria risco.

Até o momento, nem os Estados Unidos nem as autoridades suecas fizeram acusações formais contra Assange. Promotores suecos querem interrogá-lo sobre acusações de violação e agressão sexual feitas por duas participantes do WikiLeaks em 2010.

Assange disse que teve relações sexuais consentidas com as mulheres que o denunciaram.

R7 e agências

COCA-COLA PEDE DESCULPAS POR CHAMAR CONSUMIDOR DE RETARDADO

Empresa imprimiu tampas promocionais com erro de redação no Canadá e provocou revolta
 
Mensagem promocional saiu metade em inglês e metade em francês: atrasado virou retardado (© Reprodução Facebook)
                                                                                                                                        Reprodução Facebook
 Uma canadense abriu sua garrafa de água vitaminada Vtaminwater, produzida pela Coca-Cola, e encontrou as palavras em inglês "You retard" (seu retardado).

Chocada, a consumidora mandou uma carta para a empresa dizendo que, além do insulto, há em sua família uma garota com autismo e problemas cerebrais. "E se ela abrisse?", perguntou a consumidora Blake Loates à gigante de bebidas.

Representantes da Coca-Cola se desculparam com a família de Blake explicando que, por um problema, a mensagem saiu metade em inglês e metade em francês. A era para ser usada apenas no Canadá, onde se fala os dois idiomas.

A ideia era dizer ao consumidor "você está atrasado" (retard, em francês, significa atraso). Saiu "você é retardado".

A consumidora que mora em Edmonton, em Alberta, no Canadá, contou à reportagem da rede ABC News que ficou chocada quando ela abriu a bebida e leu a mensagem ofensiva.

O marido de Blate, Doug Loates, jurou em sua carta que não comparia mais nenhum produto da empresa. O caso ganhou repercussão na imprensa e foi tema de várias reportagens.

Erro de revisão. "Pedimos nossas sinceras desculpas à família", disse Shannon Denny, diretor de comunicação de marca da Coca-Cola no Canadá."Nunca foi nossa intenção ofender ninguém com esta promoção", disse Denny

A empresa cancelou a promoção e não vai mais usar as tampas impressas com erro. "Isso foi um erro durante o processo de revisão e estamos tomando providências para investigar e corrigir a situação. Esperamos que os nossos consumidores podem aceitar nossas desculpas profundas", diz um post da empresa na página do Vitaminwater no Facebook.

ESTADO DO PARANÁ É DESTAQUE NA GERAÇÃO DE EMPREGO FORMAL

Em agosto foram gerados 12.259 postos de trabalho com carteira assinada, uma expansão de 0,50% no nível de emprego
  Na região Sul, o estado do Paraná se destacou no crescimento de vagas em agosto, com geração de 12.259 empregos celetistas, equivalente a um aumento de quase 0,50% se comparado ao mês anterior, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Os setores de Serviços (+4.215 postos), Comércio (+3.917 postos) e Indústria de Transformação (+3.327 postos) concentraram a geração de vagas de emprego formal. A série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, apresentou nos primeiros oito meses do corrente ano um acréscimo de 99.698 postos (+3,86%), elevando o índice da Região Sul, classificando-a com bom desempenho.  

Seguindo a série ajustada, verificou-se nos últimos 12 meses uma ampliação de 3,03% no nível de emprego, o que equivale a criação de mais 78.848 novas oportunidades de trabalho no Estado.

Para o superintendente do Trabalho e Emprego do Paraná, Neivo Beraldin, esta diretriz do mercado de trabalho retrata que o país está se movimentando, gerando fluxo e oportunidades. “Insisto em dizer que os trabalhadores precisam estar atentos às oportunidades e também se reciclar, pois com qualificação o perfil do profissional poderá ser aproveitado com êxito e rendimento”, finaliza 

Dados nacionais – No Brasil foram gerados em agosto mais de 127 mil empregos formais, ou seja, um crescimento de 0,32% em relação ao mês anterior, superando também os números do mesmo período do ano passado. Este quadro comportamental se deve à interação dos fatores conjunturais e sazonais. A estimativa entre admissões e desligamentos foi favorável.
 
 Assim, o balanço do CAGED aponta que nos últimos 12 meses, o aumento foi de 937.518 postos de trabalho, correspondendo à elevação de 2,36%. Os setores que mais contribuíram foram o de  Serviços (+64.290 mil postos de trabalho), Comércio (+50.070) e Indústria de Transformação (+ 11.347).

COLOMBO EMPREGOS: 128 VAGAS ESTÃO DISPONÍVEIS NAS AGÊNCIAS DO TRABALHADOR DE COLOMBO

As oportunidades estão divididas entre setores técnicos, de serviço, indústria e comércio.


Nesta sexta-feira (20/09), estão disponíveis nas duas agências do trabalhador em Colombo, 128 vagas de emprego. As funções com maior número de empregos são para: auxiliar de produção, vendedor interno, soldador e ajudante de carga e descarga de mercadoria.


Moradores de Colombo que estão buscando uma oportunidade no mercado de trabalho, seja para o primeiro emprego ou a recolocação profissional, podem ir até uma das agências e fazer o cadastro. É possível visualizar as vagas disponíveis para cada perfil pela internet, basta fazer a habilitação ou a atualização do cadastro, na Agência do Trabalhador, de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Serviço:

  • Agência do Trabalhador – Maracanã – Rua Durval Ceccon, 664, Park Shopping Colombo. Telefone: 3666-6066
  • Agência do Trabalhador – Sede – Rua Venâncio Trevisan, 111. Telefone: 3656-5001.
As vagas disponíveis estão sujeitas à mudanças, sem aviso prévio.
VAGAS 20/09/13
Vagas Descrição da Vaga
2 Acabador de mármore e granito
3 Ajudante de carga e descarga de mercadoria
1 Ajudante de motorista
1 Ajudante de serralheiro
1 Almoxarife
1 Assistente administrativo
2 Atendente de balcão
2 Atendente de bar
2 Atendente de buffet
2 Atendente de lanchonete
1 Auxiliar de cozinha
1 Auxiliar de estoque
2 Auxiliar de limpeza
25 Auxiliar de linha de produção
1 Auxiliar de marceneiro
1 Auxiliar de mecânico de autos
2 Auxiliar de serigrafia
1 Auxiliar técnico de montagem
1 Balconista de crediário
2 Caixa (supermercado)
1 Caixa no comércio
1 Carpinteiro
1 Chapeiro
1 Churrasqueiro
2 Conferente de carga e descarga
1 Copeiro de bar
1 Cozinheiro de restaurante
1 Cozinheiro geral
3 Cumim
1 Eletricista
3 Embalador, a mão
1 Empacotador, a mão
1 Empregado doméstico diarista
1 Encanador
2 Estoquista
2 Frentista
1 Garçom
1 Gerente de suporte técnico de tecnologia da informação
2 Marmorista (construção)
1 Mecânico de montagem de máquinas
1 Mecânico de suspensão
2 Mecânico montador
2 Montador
1 Montador de estruturas metálicas
1 Motorista carreteiro
1 Motorista de basculante
2 Motorista de caminhão
2 Motorista entregador
2 Operador de caixa
1 Operador de empilhadeira
1 Operador de máquinas fixas, em geral
1 Operador de retro-escavadeira
1 Operador de telemarketing ativo e receptivo
1 Padeiro
1 Panfleteiro
1 Pedreiro
1 Pizzaiolo
1 Polidor de metais
1 Porteiro
2 Repositor – em supermercados
1 Saladeiro
1 Serrador de mármore
1 Serralheiro
2 Servente de obras
1 Servente de pedreiro
3 Soldador
2 Torneiro mecânico
1 Vendedor de consórcio
1 Vendedor de serviços
4 Vendedor interno
1 Vendedor pracista
1 Vidraceiro
1 Zelador