Adilson Moreira
www.gazetasantacandida.blogspot.com
CURITIBA CULTURA
A Camerata
Antiqua de Curitiba é um dos destaques da II
Bienal Música Hoje, festival internacional de música contemporânea que
acontece em Curitiba, estabelecendo um diálogo entre a produção musical
brasileira e o que de melhor se tem produzido em todo o mundo, nessa área. As
apresentações acontecem na Capela Santa Maria Espaço Cultural, às 20h de
sexta-feira (23) e às 18h30 de sábado (24), sob a regência do maestro e
compositor carioca João Guilherme Ripper.
O
espetáculo tem início com a obra inédita Missa
Brevis (2013), encomendada pela Camerata Antiqua ao também carioca Marcos
Balter (1974), compositor residente da II
Bienal Música Hoje e diretor do curso de Composição Musical na Collumbia
College Chicago (EUA). Na sequência, Noturno
de Neon, composta em 1982 por Maurício Dottori (1960), e a estreia de Resurrexi, ad Vigiliam et Missam Paschalem,
do compositor gaúcho Márcio Steuernagel (1982).
A segunda
parte do programa reúne obras de João Guilherme Ripper (1959), com a estreia
curitibana de From My Window nº2,
escrita durante o período em
que Ripper atuou como compositor residente na Kean
University, em New Jersey
(EUA / 2011 – 2012). Para encerrar, Magnificat,
que Ripper compôs em 2004 para os 30 anos da Camerata Antiqua de Curitiba. A
execução de músicas novas, algumas delas especialmente criadas para a Camerata
Antiqua de Curitiba, reafirma a proposta do grupo de estimular os grandes
talentos musicais.
“É a
renovação contínua da Camerata Antiqua de Curitiba, um dos conjuntos de câmara
mais importantes do Brasil. A preocupação do grupo em mostrar composições
inéditas, além de ter obras especialmente compostas para sua formação, insere
Curitiba no dinâmico processo de criação artística”, enfatiza Marcos Cordiolli,
presidente da Fundação Cultural de Curitiba.
Palestra – O concerto da
Camerata Antiqua – que integra a temporada 2013 de espetáculos do grupo
curitibano, patrocinada pelo Ministério da Cultura e pela Volvo – conta com
palestra de Márcio Steuernagel, antecedendo as duas apresentações (às 19h15 de
sexta-feira e às 17h45 de sábado). A iniciativa dessa conversa com o público,
que será desenvolvida ao longo do ano, nos encontros da Camerata Antiqua e seus
grupos – Coro e Orquestra – tem por objetivo tornar mais acessível a produção
de grandes compositores, intensificando a apreciação musical.
Nada mais
adequado que a palestra do concerto deste fim de semana esteja a cargo de Márcio
Steuernagel, que estreia uma de suas obras na ocasião. Gaúcho de nascimento, o
compositor é mestre em Música pela Universidade Federal do Paraná – UFPR,
graduado em Composição e Regência pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná
– Embap (2005) e em
Música Produção Sonora pela UFPR (2009). Apesar de muito
jovem (nasceu em 1982), Steuernagel exibe um currículo com importantes
premiações e atuações em eventos nacionais e internacionais.
Integrando
a direção da II Bienal Música Hoje, atualmente
Steuernagel comanda o Madrigal Ars Iubilorum, é coordenador do Núcleo de
Compositores da Comunidade do Redentor, professor na Escola de Música e Belas
Artes do Paraná (EMBAP), maestro assistente de Orquestra Sinfônica do Paraná e regente
da Orquestra Filarmônica da UFPR.
Compositor
e maestro
– O espetáculo da Camerata Antiqua de Curitiba, na programação da II Bienal Música Hoje, estará sob a batuta do compositor e regente João Guilherme Ripper (Rio
de Janeiro, 1959). Doutor
pela The Catholic University of America, em Washington (UEA), Ripper é
professor na Escola de
Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mesma instituição na qual
obteve o título de mestre em Composição.
Com diversas premiações em
seu extenso currículo, entre elas o prêmio da Associação Paulista dos Críticos
de Arte, em 2000, por sua ópera “Domitila”, o músico colabora com as principais
orquestras brasileiras, escreveu para a Orquestra Sinfônica do Estado de São
Paulo (OSESP) Desenredo, em 2008, e Cinco Poemas de Vinícius de Moraes, que estreou
em maio de 2013.
A ópera Piedade, encomendada a Ripper pela Orquestra Petrobras Sinfônica,
foi encenada em abril de 2012 e escolhida pelo jornal O Globo como um dos
destaques da programação do ano, no Rio de Janeiro. Em outubro do ano passado,
estreou a nova versão da ópera Anjo Negro,
sobre peça homônima de Nelson Rodrigues. Ripper é membro da Academia Brasileira
de Música e diretor da Sala Cecília Meireles, espaço da Secretaria de Estado de
Cultura do Rio de Janeiro. Sua gestão tem sido marcada pela qualidade e
diversidade da programação, encomenda de novas obras, além da ampla reforma
atualmente em curso.
A
Bienal – Promovida graças à
parceria entre o Centro Cultural Teatro Guaíra, Universidade Federal do Paraná
e Fundação Cultural de Curitiba, a Bienal
Música Hoje reafirma Curitiba como
importante centro de movimentação de arte e música nova, pois reúne expressivo
número de compositores em atividade, o que estimula a criação de eventos
voltados à música.
Seguindo o
perfil estabelecido em sua estreia, em 2011, a Bienal
Música Hoje tem como foco o diálogo entre a produção musical de Curitiba e
do Brasil e o que melhor se tem feito na música nova internacionalmente. De 19 a 25 de agosto, a segunda
edição da Bienal promove o encontro entre grupos estabelecidos em outros países
e compositores brasileiros, intérpretes locais e estéticas novas,
intensificando a permeabilidade na criação musical, característica marcante da
música contemporânea.
A Bienal Música Hoje é dirigida pelo Ensemble entreCompositores, fundado em
Curitiba, em 2002, e voltado à criação, promoção e difusão de música nova.
Formam o grupo Márcio Steuernagel, Fernando Riederer, Lucas Fruhauf, Luiz
Malucelli e Vinicius Giusti. O evento tem a participação das principais
instituições artísticas de Curitiba, com diversos concertos, entre eles o da
Orquestra Sinfônica do Paraná, que realiza no domingo (25) a etapa final de seu
II Concurso Nacional de Composição Música Hoje, executando as três obras
finalistas, mais Cartas Celestes Nº 8
para Violino e Orquestra, de Almeida Prado.
Outro
recital da programação é o da Orquestra Filarmônica da Universidade Federal do
Paraná, que toca sob a batuta e concepção artística de Jaime Wolfson, maestro
mexicano radicado em Viena, especializado na interpretação e direção de música
nova. Entre os grupos internacionais, destacam-se o Myotis Kollektiv, de Bremen (Alemanha), que vem pela primeira vez
ao Brasil, o Ensemble Platypus, de
Viena (Áustria) – cujos integrantes, além de apresentarem concerto próprio,
colaboram com o concerto da Orquestra Filarmônica da UFPR – e o Ensemble cross.art, de Stuttgart
(Alemanha), ambos em sua segunda participação na Bienal. Paralelamente à execução
de seu próprio concerto, o Ensemble
cross.art atua como grupo residente da Oficina de Composição, ministrada
pelo compositor convidado Marcos Balter, com cinco alunos selecionados do
Brasil e do mundo.
Dessa
forma, a Bienal Música Hoje firma-se
como ponto de encontro entre intérpretes, estudantes, profissionais,
compositores e o público em
geral. A programação completa pode ser conferida no site http://www.bienalmusicahoje.com.
Serviço:
Apresentações da Camerata
Antiqua de Curitiba, sob a regência do maestro e
compositor carioca João Guilherme Ripper, dentro da programação da II Bienal Música Hoje, festival
internacional de música contemporânea. O espetáculo integra a temporada
2013 de concertos, patrocinada pelo Ministério da Cultura e pela Volvo.
No
programa, obras de Marcos Balter (1974), Maurício
Dottori (1960), Márcio Steuernagel (1982) e João Guilherme Ripper (1959).
Datas e horários: dias 23 de
agosto (sexta-feira)
– palestra do compositor Márcio
Steuernagel às 19h15 e concerto às 20h; e 24 de agosto de 2013 (sábado)
– palestra do compositor Márcio Steuernagel
às 17h45 e concerto às 18h30.
Local: Capela Santa Maria
–
Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro)
Ingressos: R$ 30 e R$ 15
(meia-entrada)
Para saber mais: http://www.bienalmusicahoje.com
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