sexta-feira, 19 de julho de 2013

REVISTA CABEZA REVELOU ESPIONAGEM DA CIA NA TRÍPLICE FRONTEIRA


 Revista de Cultura mostrou como operavam os serviços de informações estrangeiras na região de Foz do Iguaçu



Há exatos 10 anos, em julho de 2003, a revista “Cabeza”, editada pela Academia de Cultura de Foz do Iguaçu, revelou o que quase todo mundo sabe hoje sobre a interferência americana na vida dos brasileiros. É claro que não trazia os dados revelados por Eduard Snowden, mas mostrou com detalhes como operava a espionagem de informantes da DEA, CDO, CIA, FBI e Mossad na tríplice fronteira, em especial, sobre Foz do Iguaçu, a principal cidade da região formada pelo Brasil, Paraguai e Argentina.



“Big Brother avança sobre a tríplice fronteira”, matéria assinada pelo jornalista Zé Beto Maciel, hoje radicado em Curitiba, traz o seguinte lead. “Duas torres de transmissão em dois prédios - uma na Avenida JK e outra na Rua Almirante Barroso - mostram muito bem como funciona a rede de espionagem estrangeira em Foz do Iguaçu. Sob o disfarce de escritório de segurança e um apartamento residencial, informantes da DEA, CDO, CIA, FBI e Mossad bisbilhotam a vida de brasileiros, principalmente os de origem árabe, através de grampos, escutas e conversas animadas nos bares e boates”.



Maciel usou ainda dados de reportagens da revista Carta Capital sobre o financiamento norte-americano à inteligência brasileira e outras informações do Congresso Nacional que investigava, na época, empresas americanas de espionagem em solo brasileiro. A matéria também tratou da extradição Assaad Ahmad Barakat, comerciante libanês, naturalizado paraguaio, preso por supostamente pertencer a grupos radicais islâmicos. Leia a seguir a matéria na íntegra.



   

Big Brother avança sobre a tríplice fronteira


por Zé Beto Maciel




Duas torres de transmissão em dois prédios - uma na Avenida JK e outra na Rua Almirante Barroso - mostram muito bem como funciona a rede de espionagem estrangeira em Foz do Iguaçu. Sob o disfarce de escritório de segurança e um apartamento residencial, informantes da DEA, CDO, CIA, FBI e Mossad bisbilhotam a vida de brasileiros, principalmente os de origem árabe, através de grampos, escutas e conversas animadas nos bares e boates.



Os dois 'aparelhos' têm centrais de ligações telefônicas clandestinas. Os contatos com Ciudad del Este e Assunção, no Paraguai, e Posadas e Buenos Aires, Argentina, são feitos sem custos, utilizando números de carteiras de identidade e de CPFs de brasileiros.



No escritório instalado na Rua Almirante Barroso, parcialmente desativado, há ainda na sala principal uma série de centrais com dezenas de telefones escutas. Ao lado, outra sala dispõe de computadores e arquivos de aço onde que repousam chás e todo material degravado da bisbilhotagem. "É impressionante a quantidade de escutas, grampos e arquivos”, diz um jornalista que entrou, inadvertidamente, no aparelhão dos arapongas.



Centrais de escuta - Há ainda outras centrais itinerantes. Elas funcionam de três a quatro meses em cada local - centro, Rincão Francisco, Avenida Paraná e Vila Portes - e são os principais chamam: zes para árabes que querem conversar com parentes e amigos na África e no Oriente Médio. O que eles não sabem é que suas conversas são gravadas. As centrais são coordenadas por mulheres, geralmente duas ou três, e a ligação internacional sai pela metade ou do preço cobrado nas contas. É o valor que atrai os árabes-brasileiros. Eles recebem um cartão, tipo de telefone comum, com um valor que é descontado a cada ligação efetuada.



O mesmo acontece com lideranças politicas, religiosas e comunitárias próximas à causa palestina ou que seja: pró-Iraque, pró-Síria, pró-Irã ou pró a qualquer coisa que afronte os interesses dos EUA. Um deles, inclusive, presidente de uma associação árabe, está marcado e é monitorado constantemente por escutas. Seus passos são acompanhados de perto.



"Não tenho o que me importar. Não faço nada de ilegal e minha participação politica é da valorização da comunidade árabe-brasileira na fronteira. É claro que levantamos bandeiras como a causa palestina e apoiamos a autonomia do povo árabe. Se isso incomoda alguém, o problema é deles”, bravateou o iguaçuense libanês.



Vazamento - Toda a papelada de degravações, fotos, informes e relatórios vão parar na sede dos Órgãos norte-americanos em São Paulo e em Brasília. Desses locais, seguem para a sede da CIA e do FBI e outras agências mui interessadas na economia e, principalmente, no potencial econômico da fronteira trinacional.



Parte dos relatórios e de informes é vazada para a mídia gorda dos três países (Brasil, Paraguai e Argentina). É fácil de se explicar então as matérias negativas das fronteiras cujas fontes são preservadas ou não identificadas, ou ainda, que a maioria das afirmações está no condicional. "Bin Laden teria passado por Foz”, "tríplice fronteira abrigaria células terroristas” e assim por diante.


O pior disso, da ingerência e afronta à soberania nacional, é que tudo acontece sob as vistas grossas e ouvidos moucos da 'inteligência brasileira”, leia-se Polícia Federal, que até troca informações com os agentes estrangeiros e teve parte de suas operações financiada com dinheiro norte-americano.



A PF local desmente qualquer tipo de interferência nos seus serviços. Conversei informalmente com o delegado Joaquim Mesquita, um pouco antes de sua remoção para Mato Grosso, e ele desmentiu que operações e ações da PF tenham sido subsidiadas por dinheiro norte-americano. "Te mostro tudo, cada centavo que é usado em Foz é dinheiro público e está tudo registrado” disse.



Questionado sobre os recursos dos EUA que foram parar em contas de delegados da PF, Mesquita disse tratar de convênio que vem sendo renovado há anos e que tudo também é comprovado, apesar de afirmar não conhecer seus detalhes operacionais. Ficamos de completar a conversa, mas não retomei o contato com o delegado.



Guarda-chuva - Em parte Mesquita está certo. Há um convênio entre agências norte-americanas e a PF para operações e ações que não são oficiais. O primeiro convênio, chamado "Guarda-chuva”, foi firmado ainda em 1986 e de lá para cá já entraram mais US$ 9 milhões.


Uma das últimas remessas, revelada pela revista Carta Capital, foi a de USS três milhões, enviada pela DEA (Drug Enforcement Administration) para a "Operação Cobra”, desenvolvida na fronteira norte do Brasil, há mais de dois anos. O interessante, segundo a revista, é que 15% desses USS três milhões foram usados para pagar diárias, passagens aéreas, hospedagens de agentes e delegados da PF e da DEA.



O esquema foi revelado na CPI do Narcotráfico em 2000, graças a uma briga entre dois delegados: Vicente Chelotti, então diretor-geral da PF, e Marco Antônio Cavaleiro, que chefiou a divisão de entorpecentes da instituição, e recebia parte dos recursos em sua conta. Cavaleiro foi afastado da divisão e outro delegado ligado a Chelotti enviou a papelada do esquema à CPI.




Cavaleiro e o atual chefe da divisão de entorpecentes, Getúlio Bezerra, chegaram a movimentar, entre 1996 e 1998, cerca de RS dois milhões. "O dinheiro entrava via CC-5 e Citibank. Na embaixada americana, em Brasília, a NAS - outra das agências antinarcóticos dos EUA, e controladora das verbas também da DEA - fazia, e ainda faz, o dinheiro seguir. Em 2001, as agências norte-americanas enviaram USS 5,8 milhões para os projetos brasileiros”, diz uma reportagem da revista Carta Capital.



Rede Brasil - O que os árabes radicados na fronteira desconfiam é que parte das operações da PF na fronteira - principalmente a Rede Brasil entre dezembro de 1997 até abril de 1998- fora financiada com dinheiro norte-americano.



Sob o pretexto de combater os estrangeiros ilegais, a Rede Brasil vasculhou, invadiu e deteve para averiguação mais de 300 árabes na fronteira, além de constrangê-los em inúmeras blitzen na Ponte da Amizade (PIA) e outros pontos em Foz do Iguaçu. A operação contou com a participação de 100 agentes da PF de vários estados e algumas das blitze, comuns na PIA, hotéis, bares, boates e apartamentos, foram supervisionados diretamente por Chelotti, que ocupava a chefia da PF na época.




Ao arrepio da lei, sem mandado judicial ou qualquer respaldo legal, policiais federais invadiram apartamentos e casas dos árabes radicados na fronteira, constrangendo seus familiares e expondo-os vexatoriamente. A operação chegou ao cabo somente com a interferência da OAB e de representantes da comunidade árabe que pedirão ao então ministro da Justiça, Renan Calheiros, em Brasília.



"A situação foi se encaixando. Primeiro foram as matérias, depois vieram as blitze e por fim a operação. Se conclui então que há interferência dos norte-americanos na fronteira”, ressalta um libanês brasileiro.



"Para combater o narcotráfico o correto é ampliar os recursos humanos e materiais da PF, e não pisar na soberania nacional permitindo atividades da polícia de outros países no Brasil. E, pior, permitir que a polícia norte-americana pague despesas, ações, e ainda faça depósitos de milhões em nome de agentes da policia brasileira. É aviltante para a soberania e em outros países, como nos próprios EUA, isso é crime de traição”, disse o procurador da República, Luiz Francisco Fernandes de Souza, à revista Carta Capital.



DEA, NAS, CIA, FBI, ATF, IRS e mais uma série de 13 agências norte-americanas abriram seus tentáculos sobre a América Latina. Antes, combatiam o comunismo, depois o narcotráfico e agora o terrorismo. Juntas, as 19 agências norte-americanas disputam, no Congresso dos EUA, verbas, espaços, e têm satisfações a dar. DEA, CIA e FBI manejavam há três anos um orçamento superior aos USS 40 bilhões. Os EUA mantêm ainda 12 bases para exercícios militares somente na América do Sul.


O Paraguai abriga a duas bases, uma na região do Chaco com uma pista de três mil metros para pousos de aeronaves de grande porte, e outra na região do Alto Paraná, com uma pista de 2,5 mil metros.



No Brasil, os EUA forçaram a barra para insta lar sua base militar em Alcântara (MA). O governo FHC chegou a fechar um acordo com os norte-americanos para a instalação da base. Agora, já no governo Lula, o Ministério de Relações Exteriores emitiu nota afirmando que o Brasil não ter mais interesse na proposta americana.



A recusa do Brasil não significa que a inteligência norte-americana possa refrear sua ação sobre o Brasil. A revista Carta Capital, numa série de reportagens, apontou que o braço das agências americanas no Brasil é o antigo Centro de Dados Operacionais (CDO) da Polícia Federal - ligado à CIA, FBI, Mossad - hoje Serviço de Operações de Inteligência Policial (Soip). O Soip é regido pelo sistema de "informação compartilhada". "Quem compartilha suas informações é a CIA", escreve a revista.



Nos anos 90, o CDO chegou a manter 15 escritórios no país. E a CIA já esteve vinculada à Divisão da Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras (DPMAF), ao Centro de Inteligência (CI), ao gabinete do diretor-geral, à Interpol e à Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE). Hoje, os serviços se organizam através do Idec, entidade que coordena outro programa norte-americano', a Task Force - conceito defendido pelo FBI e pela Procuradoria dos EUA. O programa prega a atuação conjunta de polícias, procuradores, bancos, na prevenção e repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado.


Na verdade, o Idec quer interferir mesmo na indústria da química fina, do aço, biotecnologia e biopirataria, Mercosul, Projeto Sivam, privatizações, setor energético, telecomunicações e, claro, narcotráfico.



O ldec organizou em 2000 o Seminário internacional de Prevenção e Repressão à Lavagem de Dinheiro e à Corrupção na Administração Pública em Curitiba. Entre os palestrantes, agentes do FBI como Richard Boscovitch, Richard Cavalieros e Rodney A. Morgan.



Na segunda quinzena de junho, o deputado federal Cláudio Vignatti (PT-SC) levou aos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça pedido para que sejam investigadas as ações da empresa Choice Point, contratada pelo governo dos EUA em território brasileiro. Segundo o petista, a empresa está levantando informações confidenciais de pessoas e empresas em nove países da América Latina. Para Vignatti, a ação é uma violação do direito à privacidade e um ataque à soberania nacional.



O deputado disse que a empresa contratada pelo Departamento de Justiça dos EUA ao custo de US 3,5 milhões de dólares, está montando um banco de dados com informações de cidadãos, como gastos com cartões de crédito, saques de dinheiro em caixas eletrônicos, históricos escolares, compras em supermercados, livros retirados em bibliotecas, listas de telefones discados, registros de pedágios vídeos alugados. Sob o pretexto de levantar dados e antecipar o controle sobre ataques terroristas, a Choice Point recebe do governo norte americano valores diferenciados pelos dados colhidos, denunciou o deputado.



Operação Rede Brasil - Uma operação cinematográfica em abril de 1998, envolvendo cerca de 100 policiais federais, invadiu bares, restaurantes e edifícios frequentados por estrangeiros e descendentes, à procura de suspeitos, de preferência árabes, "envolvidos em células terroristas”. A gravidade: os agentes federais não possuíam sequer um mandado judicial para legitimar suas incursões entre os árabes.



Os responsáveis pela operação Rede Brasil - apelidada pelos agentes de Foz como Operação Brimo, a segunda do gênero desde 1996 - afirmaram que eram para combater a imigração ilegal. Dezenas de pessoas foram detidas aleatoriamente e levadas à Polícia Federal. Outras prisões também foram efetuadas no lado argentino da fronteira. Hassan Khalil Khalil registrou queixa na Polícia Federal.



Ele contou que ao passar pela aduana argentina, acompanhado por três amigos, foram abordados pela Guarda Nacional Argentina e após se identificarem foram detidos. Presos em celas separadas, não podiam se comunicar com a família, advogados ou autoridades brasileiras.


"Durante nossa prisão fomos interrogados por uma pessoa sem uniforme, numa sala escura com uma iluminação forte nos meus olhos”, lembra Hassan. "Essa pessoa falava espanhol, mas não era argentino, ele me perguntou sobre grupos armados, sociedades árabes e grupos religiosos, as quais não soube responder, por não ter conhecimento do assunto. A pessoa que me interrogou, no meu entender era membro do Mossad” completa.



A participação da inteligência americana e do Mossad também foi revelada pela imprensa dos três países. Segundo os jornais de Foz, a Polícia Civil deteve um suposto agente do serviço de Israel enquanto conversava com um informante libanês, e o entregou à PF. As suspeitas sobre as interferências externas começaram em 96, quando foi formulada uma denúncia sobre a atuação de um agente da CIA ao 34° BIMtz.



O caso Assad Barakat



O pedido de extradição do comerciante libanês, Assaad Ahmad Barakat, naturalizado paraguaio, se constitui também no flagrante interesse do Paraguai em atender aos prepostos e informantes norte-america nos e israelenses em Ciudad del Este.



Barakat, que também assumiu a cidadania guarani, está preso em Brasilia e sua extradição está em vias de se proceder. Faltam ainda alguns trâmites legais e todas as apelações feitas pelos advogados João Onésimo de Mello e Umbelina Zanotti foram desconsiderados no Supremo Tribunal Federal.



O caso de Barakat trata-se de uma disputa por uma representação comercial com o informante do Mossad, Ali Ahmed Zaioun, em Ciudad del Este. Barakat é casado com a brasileira Marlene Barakat. O casal tem três filhos iguaçuenses: Ali, Ahmad e Hassan - matriculados e frequentando escola em Foz do Iguaçu.



Barakat tem um apartamento no centro e um sítio em Três Lagoas. Nunca foi preso ou processado no Brasil. No Paraguai era comerciante, dono a oito anos da loja de eletrônicos Casa Apolo, fechada em outubro de 2001 pelas autoridades paraguaias.



Sua vida de comerciante era tranquila, estava no Paraguai há 15 anos, até os atentados sofridos pelos EUA em setembro de 2001. Logo após, 24 comerciantes paraguaios, de origem árabe, também foram presos.



Como representava o joguinho eletrônico "Brick Games", Barakat se indispôs com Ali Ahmed Zaioun, que pleiteava a representação. Zaioun, além de procurado pela Justiça libanesa, é reconhecido por todo comunidade árabe da fronteira como informante do serviço de inteligência israelense - o Mossad.



Após o atentado aos EUA, o informante passou a indicar à policia, os "terroristas árabes” na capital do Alto Paraná, denunciando por interesse comercial o seu concorrente Assaad Barakat. Perseguido, Barakat não voltou mais ao Paraguai e pediu proteção a PF em Foz do Iguaçu. Em seguida foi preso pela própria PF e levado a Brasília. É este o caso de Barakat.



Sua família hoje vive de favores de amigos e sua extradição ao Paraguai pode abrir um grave precedente aos integrantes da comunidade árabe que por ventura tiverem alguma diferença ou disputa com informantes dos interesses norte-americanos na fronteira. Seu caso está nas mãos do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

GAZETA SANTA CÂNDIDA,JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

CONSIDERADO FORAGIDO, DELEGADO SUSPEITO DE TORTURA É PRESO

O delegado Silvan Pereira, que respondia pela delegacia de Alto Maracanã, em Colombo, região metropolitana de Curitiba, foi preso no final da tarde desta sexta-feira, no município de Laranjeiras do Sul, na região centro-sul do Paraná, numa ação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Rodoviária Federal.

 Com mandado de prisão expedido pela Justiça na última quarta-feira, por conta da acusação de tortura a presos no caso do assassinato da menina Tayná Adriane da Silva, 14 anos, Pereira foi o único dos 14 envolvidos que não se apresentou à polícia e era considerado foragido.

Pereira, que foi afastado do caso assim que houve conflito entre o inquérito conduzido por ele e as provas periciais obtidas pelo Instituto de Criminalística, é acusado de torturar até a confissão quatro homens presos no dia 27 de junho pela morte da menina. Após laudo apontar que o sêmen encontrado na calcinha de Tayná não era de nenhum dos quatro, eles prestaram novo depoimento, negando participação no crime e denunciando a tortura.

O mandado de prisão contra o delegado e as outras 13 pessoas foi expedido na última quarta-feira. Todos os outros, incluindo nove policiais civis, um militar, um guarda municipal e um auxiliar de carceragem já se apresentaram à policia e estão detidos.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

DIA INTERNACIONAL DE NELSON MANDELA

    




O Dia Internacional de Nelson Mandela é celebrado pela  contribuição do ex-presidente sul-africano para a cultura da paz e da liberdade

                              O Dia Internacional de Nelson Mandela é 

             celebrado pela contribuição do ex-presidente       sul-africano para a cultura da paz e da liberdade

Assinala-se hoje, 18 de Julho, pela quarta vez, o Dia Internacional Nelson Mandela, instituído em Novembro de 2009 pela Assembleia-Geral da ONU, devido à contribuição do ex-presidente sul-africano para a cultura da paz e da liberdade.


Por consenso dos 192 países membros, a ONU determinou que, a partir de 2010, se passe a celebrar o Dia Internacional de Nelson Mandela, na data do aniversário do dirigente negro que, em 1993, partilhou o Prémio Nobel da Paz com o seu compatriota sul-africano Frederik de Klerk.    


 Reconheceu também a dedicação de Mandela ao serviço da humanidade na resolução de conflitos, relações entre raças, promoção e protecção dos direitos humanos, reconciliação, igualdade entre os sexos e os direitos das crianças e de outros grupos vulneráveis.



A Assembleia-Geral decidiu assim reconhecer, o primeiro da organização a um indivíduo, a contribuição fundamental de Mandela, nascido a 18 de Julho de 1918 na pequena vila de Mvezo, para a resolução dos conflitos, a liberdade no mundo e a promoção das boas relações entre todos os grupos étnicos.

Na mensagem do ano transacto, por ocasião da data, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, considerou Nelson Mandela “um combatente da liberdade, um prisioneiro político, um pacifista e um presidente. Curador de nações e mentor para gerações (…) Nelson Mandela é um símbolo vivo de sabedoria, coragem e integridade”.

O próprio Nelson Mandela disse certa vez: “Nós podemos mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Está em nossas mãos fazer a diferença”, cita o secretário-geral, apelando às pessoas a tornar realidade esta mensagem.

No documento Ban Ki-Moon diz que “a melhor forma de agradecer Nelson Mandela pelo seu trabalho é agir e inspirar a mudança”.

Nelson Rolihlahla Mandela nasceu no dia 18 de Julho de 1918 na cidade de Transkei, é filho de Henry Mgadla Mandela e Noseki Fanny. Coordenou, em 1961, uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para a Argélia para treinamento paramilitar.

Em Agosto de 1962, Nelson Mandela foi preso após informações da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves.
Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.
Durante os anos 70, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada.

Mandela continuou na prisão até Fevereiro de 1990, quando a campanha do ANC e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de Fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prémio Nobel da paz em 1993.

No mesmo ano se candidatou a presidente da África do Sul e foi eleito, exercendo o cargo de 1994 a 1999.

Como presidente do ANC (de Julho de 1991 a Dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de Maio de 1994 a Junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.

Após o fim do mandato de presidente, Mandela recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª, a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.

Nelson Mandela recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias à cooperação internacional (1992), Ordem ao mérito do Reino Unido (1995), Prémio Lenin da Paz (1962), Prémio Internacional Simón Bolívar (1983) e Prémio Nacional da Paz (1995)

Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos, atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.

Em Junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou a sua retirada da vida pública.

Hospitalizado desde o dia 8 de Junho em uma clínica particular da capital sul-africana, o herói da luta anti-apartheid sofre de uma infecção pulmonar, sequela dos 27 longos anos que passou na prisão sob o regime racista, que ele combateu e depois contribuiu para derrubar sem espírito de vingança.

Muitas acções simbólicas ou de caridade decorrem para celebrar os 95 anos do ex-presidente sul-africano, que permanece hospitalizado, em Pretória.

SEM DANOS, CÂMARA DE PORTO ALEGRE É DESOCUPADA APÓS PROTESTO

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Manifestantes deixaram a Casa após 8 oito dias de ocupação


Maioria dos manifestantes ficou em frente ao prédio, enquanto dois grupos acompanhavam a vistoria realizada nas dependências da Câmara Foto: Itamar Aguiar / Futura Press
Maioria dos manifestantes ficou em frente ao prédio, enquanto dois grupos acompanhavam a vistoria realizada nas dependências da Câmara
Foto: Itamar Aguiar / Futura Press 


Por volta das 9h desta quinta-feira, os manifestantes que invadiram a Câmara de Vereadores de Porto Alegre (RS) em 10 de julho deixaram a Casa, conforme acordo firmado em uma audiência de conciliação na noite de ontem com Thiago Duarte (PDT), presidente do Legislativo municipal.

 A maioria deles ficou em frente ao prédio, enquanto dois grupos acompanhavam a vistoria realizada nas dependências da Câmara e o protocolo dos dois projetos elaborados por eles. Um é pelo passe livre a desempregados e estudantes, que será encaminhado para a prefeitura, e o outro para abertura das planilhas dos empresários do transporte público. Não houve danos ao patrimônio público.



Mapa do protestos das tarifas




Conforme Duarte, o movimento foi político e "os vereadores que apoiaram quebraram o juramento que foi feito no dia da posse". Ele sinalizou a possibilidade de um processo por quebra de decoro contra vereadores do PT e do Psol, que ajudaram na negociação. O vereador Carlos Comassetto (PT) rebateu Duarte, dizendo que o presidente da Casa tentou politizar a situação, rompendo o diálogo com os manifestantes e prolongando a ocupação.



"A relação entre os vereadores vai mudar, porque alguns parlamentares apoiaram e participaram da ocupação", afirmou Duarte, que vai ainda mais longe, dizendo que isso já adianta um rompimento entre o PT, do governo estadual, e o PDT, do Executivo municipal, nas próximas eleições. 



"A posição do presidente (da Câmara) foi unilateral de rompimento do diálogo, e agora, nesse momento, vem acusar qualquer um dos partidos. Ele saiu do acordo, do diálogo, do equilíbrio", rebateu Comasseto, dizendo que não deve se transformar a situação, "em jogo político".




Não houve danos ao patrimônio público, conforme vistoria Foto: Daniel Fávero / Terra
Não houve danos ao patrimônio público, conforme vistoria
Foto: Daniel Fávero / Terra 

A audiência que confirmou a desocupação foi mediada pela juíza Cristina Luíza Marquesan da Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, que esteve na manhã de hoje na Câmara para acompanhar a desocupação. 



"Nós conseguimos essa oupação pacífica sem prejuízo do legislativo e o judiciário cumpriu seu papel de mediação de conflitos", afirmou Cristina.



O acordo foi costurado pela promotora Maria Cristina Santos de Luca, representante do Ministério Público, que a todo momento pedia que tanto os manifestantes quanto o presidente da Casa cedessem. Inicialmente, os manifestantes tinham feito seis exigências, que acabaram reduzidas aos dois projetos.



Ficou, ainda, à cargo do Ministério Público atender a demanda dos manifestantes de pedir uma investigação acerca das contas e transparência dos empresários das empresas responsáveis pelo transporte público de Porto Alegre. 



O maior impasse durante a audiência era sobre como seriam protocolados os projetos, já que o presidente da Câmara permanecia irredutível em sua posição de não abrir o setor de protocolo antes da desocupação do prédio. Diante dos apelos dos mediadores, porém, Duarte acabou cedendo.




Ranking das tarifas de ônibus no País



Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.


​ A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.



A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.


A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.


Manifestantes ocupam plenário da Câmara de Porto Alegre durante sessão

 Daniel Favero Direto de Porto Alegre
 
GAZETA SANTA CÂNDIDA,JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

SAÚDE DE COLOMBO SERÁ BENEFICIADA COM INVESTIMENTOS DO GOVERNO ESTADUAL

Município será atendido por Hospital e pelo Centro de Especialidades, unidades pretendem apoiar a saúde básica

Governador Beto Richa, o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto junto da prefeita Beti Pavin, anuncia investimentos para ampliar o atendimento da Saúde | Foto: José Gomercindo/ANPr
A prefeita de Colombo, Beti Pavin esteve presente nesta segunda-feira (15), no Palácio Iguaçu, no Centro Cívico de Curitiba, para participar da apresentação de um projeto estadual de investimentos para o setor da saúde. O governador Beto Richa assinou protocolo de intenção para a construção de obras para o setor, que serão sediadas na capital do Estado, beneficiando também cidades da Região Metropolitana, entre elas o município de Colombo.

Foram anunciadas duas obras que influenciarão diretamente no sistema de saúde de Colombo: a construção do Hospital da Zona Norte de Curitiba, no bairro Santa Cândida, divisa com Colombo e a construção do Centro Municipal de Especialidades, também localizado na Zona Norte de Curitiba. Ambas irão auxiliar no atendimento e auxílio à saúde dos moradores do município.
Vereadores de Colombo acompanham a prefeita na assinatura do governador que disponibiliza recursos para Hospital e Centro de Especialidades | Foto: Bruno do Carmo 
O novo hospital, por exemplo, irá atender parte da demanda de atendimento de emergência da Região Metropolitana. Cerca de 2 milhões de pacientes da capital e de municípios ao Norte da RMC serão atendidos, nos 200 leitos do hospital, destes 30 serão destinados para Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A licitação para o começo das obras deve ser lançada até o ano que vem, quando o projeto for finalizado. Já o Centro de Especialidades, que será construído próximo ao Hospital, fará consultas, exames especializados e pequenas cirurgias.

A importância dessa ação do governo estadual para Colombo é destacada pela prefeita Beti Pavin. “O Hospital e a Clínica de Especialidades funcionarão como aliados da saúde dos moradores de Colombo. O município pode ampliar com isso o atendimento básico da população”, explica.
A prefeita Beti Pavin e o secretário estadual Michele Caputo Neto durante o lançamento do protocolo de intenção para a construção de obras para o sistema de saúde | Foto: Bruno do Carmo

De acordo com a secretária da Saúde, Dalimar de Lucca Moreira, o Centro de Especialidades – que será mantido pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde de Curitiba e Região Metropolitana – irá auxiliar até mesmo na rapidez dos serviços. “Com a construção do Centro de Especialidades, a população poderá, em um mesmo local, se consultar, fazer exames e até mesmo cirurgias. Isso beneficia e agiliza o atendimento”, completa.

Além da prefeita, estiveram presentes outras autoridades de Colombo, como os Secretários Municipais: de Obras e Viação, João Maria Rodrigues, da Ação Social e Trabalho, Maria da Silva Souza, de Indústria, Comércio e Turismo, Antonio Ricardo Milgioransa, do Planejamento, Angelo Betinardi e da Agricultura, Marcio Toniolo. Além deles, estavam presentes os vereadores: Gilvanildo da Silva (Gilgera), Sidinei Campos e Alan Henrique da Silva (Alan Tatoo) e diretores de departamentos municipais.


CIRCUITO ITALIANO DE TURISMO RURAL É UMA OPÇÃO PARA PERÍODO DE FÉRIAS ESCOLARES

Alternativa reúne opções de passeios ecológicos, visita a locais históricos, e degustação da culinária local

Memorial do Imigrante Italiano preserva a história dos colonizadores do município
Passear e conhecer lugares novos, seja com familiares ou amigos, está entre os programas preferidos da maioria das pessoas. Em Colombo, os moradores do município e turistas podem aproveitar seu tempo livre no tradicional Circuito Italiano de Turismo Rural, que conta com atrações para todas as idades. São opções variadas, que reúnem desde a gastronomia local até visitas a parques e museus.

Para quem contempla a natureza, o Circuito oferece as opções de visitação no Parque Municipal Gruta do Bacaetava, que abriga um acervo vivo da mata nativa da região e o Parque Municipal da Uva, onde o visitante pode fazer trilha e caminhada. Além disso, é lá que ocorre o evento mais tradicional da Região Metropolitana de Curitiba, a Festa da Uva, que acontece anualmente no mês de fevereiro e já está na sua 50ª edição.

Os pontos históricos da cidade são outros locais onde se pode conhecer sobre a cultura e os costumes da região. Exemplos destes lugares são: O Museu Municipal Cristóforo Colombo e o Memorial do Imigrante Italiano, ambos anexo ao Parque Municipal da Uva, onde pode ser encontrada a história do município, através de artefatos, objetos, fotos e memórias dos colonizadores da cidade.

Parque Municipal Gruta do Bacaetava abriga um acervo vivo da mata nativa da região
Outro local de destaque do município são as delícias da culinária italiana e local, encontradas em estabelecimentos familiares tradicionais da região. Vinhos, queijos, sucos, geleias e outros produtos artesanais e orgânicos, além de cafés coloniais e restaurantes com comida caseira são opções para o intervalo entre as atividades.

As crianças também podem aproveitar com seus pais os passeios nas chácaras, parques aquáticos e pesque pague do Circuito. Nesses locais são oferecidos passeios à cavalo, trilhas e pescaria, além de espaços para práticas esportivas. Caso o visitante queira aproveitar um pouco mais das atividades, pousadas e hotéis oferecem serviços de qualidade em meio a natureza e a tranquilidade da região.

São diversas opções imperdíveis tanto para o público da região como de fora, que admiram as belas paisagens, costumes, cultura, gastronomia, arquitetura e religiosidade de Colombo, como destaca o secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Antônio Ricardo Milgioransa. “O nosso município possui vários locais turísticos, que podem ser visitados tanto pelos moradores de Colombo, para eles valorizarem a região quanto os visitantes de outras localidades para o conhecimento e a divulgação de Colombo”, conclui.

Serviço:

Museu Municipal Cristóforo Colombo

Apoio Turístico

Posto de Informações Turísticas

Atendimento: Terça  á Domingo e feriados das 8h30 às 17h
Endereço: Rua  Marechal Floriano Peixoto, 8771- Centro, Anexo ao Parque Municipal da Uva
Telefone: 41-3656-6639
E-mail: turismo@colombo.pr.gov.br
Site:  www.colombo.pr.gov.br

Parque Municipal Gruta do Bacaetava
Atendimento: Quarta à Sexta 8h30 às 11h30 e das 13h às 16h30 sábados, domingos e feriados das 8h30 às 16h30 sendo que o último grupo de visitação na caverna sai às 16h
Endereço: Rua Antônio Gasparin S/N – Bacaetava
Telefone: 41-3656-5669

Museu Municipal Cristóforo Colombo
Atendimento: Segunda a Sexta das 8h às 16h30
Endereço: Anexo ao Parque Municipal da Uva, rua Marechal  Floriano Peixoto, 8771- Centro
Telefone: 41-3656-6612

Memorial do Imigrante Italiano
Atendimento: Terças a sábados e feriados, das 8h30 às 16h30
Endereço: Anexo ao Parque Municipal da Uva, rua Marechal  Floriano Peixoto, 8771- Centro
Telefone: 41-3656-6458

MINISTÉRIO PÚBLICO NO DF ABRE APURAÇÃO SOBRE SUSPEITA DE SONEGAÇÃO A REDE GLOBO

A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) confirmou hoje (16) que abriu apuração criminal preliminar para investigar suspeitas de sonegação envolvendo a Rede Globo. O procedimento foi iniciado na segunda-feira (15), com a distribuição do caso para um procurador responsável.

A apuração foi solicitada na última sexta-feira (12) por 17 entidades da sociedade organizada, entre elas, o Centro de Estudo das Mídias Alternativas Barão de Itararé, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Eles alegam que o Ministério Público deve agir porque há indícios de lesão a bens federais.

De acordo com o grupo, as apurações tornaram-se necessárias devido a divulgação recente de documentos, até então sigilosos, sobre multa de mais de R$ 600 milhões à Rede Globo pela tentativa de sonegar impostos relativos à exibição da Copa do Mundo de 2002. Ainda segundo o grupo, também há suspeita de lavagem de dinheiro, de crimes contra órgãos da administração direta e indireta da União e de estelionato.

Com a abertura de procedimento preliminar, o Ministério Público tem prazo de 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo tempo, para apurar as informações. Se houver indícios suficientes de crime, é aberto inquérito. Caso negativo, o procedimento é arquivado. A Procuradoria do DF ainda poderá encaminhar os documentos para o Rio de Janeiro, onde fica a sede da empresa.

Na semana passada, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro divulgou nota informando que acompanhava o caso desde 2005 e que não pediu abertura de inquérito policial por impeditivos legais relativos à restituição de valores fiscais. "Quanto aos demais tipos criminais aventados na mídia, o MPF entende que o enquadramento não seria aplicável por ausência de indícios". O órgão também confirmou que documentos do caso foram extraviados por uma servidora da Receita Federal, que já foi processada e condenada pela Justiça.

Em nota, a Rede Globo disse que já não tem qualquer dívida em aberto com a Receita e que apenas optou, na época, por "uma forma menos onerosa e mais adequada no momento para realizar o negócio, como é facultado pela legislação brasileira a qualquer contribuinte". A empresa informou que, após ser derrotada nos recursos apresentados à Receita, decidiu aderir ao Programa de Recuperação Fiscal da Receita Federal e fazer os pagamentos.

A empresa ainda destacou que desconhecia os fatos relativos a desvios de documentos no processso fiscal, pois não figurava como parte no processo. Segundo a Globo, os documentos perdidos foram restituídos com a colaboração da própria empresa, que desconhece os motivos que levaram a servidora a agir dessa forma.

  Agência Brasil

RICHA ENTREGA VIATURAS NO CENTRO DE CURITIBA

Em tempos de protestos, enquanto muitos políticos fogem das ruas e do contato com o povo, o governador Beto Richa aproveitou a entrega de viaturas para a Polícia Militar e Polícia Civil e conversou com populares e taxistas no Centro de Curitiba. Richa esteve na Praça Rui Barbosa, Praça Tiradentes e na Boca Maldita e falou dos investimentos na segurança e na saúde. "Conseguimos uma redução significativa no número de homicídios em todas as regiões do Paraná. Em Curitiba, no primeiro semestre, a redução foi de 36%. Também acabei de liberar R$ 54 milhões para construção do Hospital da Zona Norte, do centro de especialidade e mais cinco postos de saúde", disse Richa.

APROVADA A PEC QUE DÁ AUTONOMIA A DEFENSORIAS PÚBLICAS




A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que estende às defensorias públicas da União e do Distrito Federal a autonomia funcional e administrativa concedida às defensorias estaduais. Com 388 votos a favor, a matéria deverá ser promulgada em sessão solene do Congresso Nacional em data a ser definida.
A PEC garante a esses órgãos a iniciativa de realizar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O encaminhamento da proposta ao Executivo para inclusão no projeto de lei do Orçamento caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a autora da PEC 207, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a Defensoria Pública da União conta com 480 defensores e realizou, em 2010, mais de 1 milhão de atendimentos em causas nas varas federais. Ela estima que 134 milhões de brasileiros sejam potenciais usuários dos serviços da defensoria junto a tribunais superiores, Justiça Federal, Justiça do Trabalho e Justiça Militar da União.
Para o primeiro-vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), as defensorias públicas são fundamentais, pois garantem que os cidadãos tenham acesso à justiça gratuitamente. “Elas estão disponíveis a todos, em função daqueles que não podem pagar um advogado. Aprovamos essa PEC que vai ampliar o direito da cidadania e justiça à população brasileira”, completou, destacando a importância da independência financeira das defensorias.
A Defensoria Federal é regulamentada pela Lei Complementar 132/09.

MANIFESTANTES APREDEJAM PRÉDIO DA GLOBO


Manifestantes apedrejam prédio da Globo. Após horas de manifestações pacíficas, teve início confronto entre populares e policiais militares

Duas manifestações complicavam o trânsito na zona sul do Rio desde o fim da tarde. A primeira ocorria perto da residência do governador Sérgio Cabral (PMDB), na esquina da avenida Delfim Moreira com a rua Aristides Espínola, no Leblon. Na outra, moradores da Rocinha, na Gávea, protestavam por causa do desaparecimento de um morador da comunidade. O grupo chegou a fechar a autoestrada Lagoa-Barra por alguns minutos.

Depois, eles seguiram em passeata até o Leblon, onde se juntaram ao grupo que estava nas proximidades do prédio onde mora o governador. De acordo com a PM, cerca de 700 pessoas estavam no local de forma pacífica. O trânsito ficou complicado para quem ia para a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, devido ao fechamento da avenida Delfim Moreira.

Após deixarem a porta da casa de Cabral, o grupo saiu em passeata pelas ruas do Leblon. No caminho, apedrejaram um prédio administrativo da Rede Globo. Coquetéis molotov foram lançados e a porta do prédio foi arrombada. Seguranças lançaram água de extintores no grupo que tentava forçar a entrada no local.

Além dos danos no prédio da Globo, ônibus foram pichados com a inscrição “Fora Cabral”. Uma placa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi incendiada na rua Mario Ribeiro, na Gávea.
A polícia não acompanhava o grupo e não houve qualquer repressão ao princípio de confusão. 

Por volta das 22h45, começou um confronto. Manifestantes montavam barricada e atacavam policiais militares na rua de Cabral e na avenida General San Martin com pedras e morteiros. A PM revidava com bombas de gás, mas se mantinha apenas na rua de Cabral, sem avançar.

Bancos também foram depredados, na avenida Ataulfo de Paiva. A Tropa de Choque foi chamada. Ainda não há informações de feridos.
Cirilo Junior, Terra

A MORTE DA MENINA TAYNÁ, A TORTURA E A IMPRENSA




Um caso exemplar da polícia brasileira: prende-se o suposto culpado, para depois iniciar-se a investigação, que é sempre a mesma: porradas primeiro, perguntas depois
 
Menina Tayná (Foto: Arquivo Pessoal)
O inquérito do assassinato da menina Tayná, no Paraná, ilustra o tempo de trevas que  sobrevive no Brasil.  Em breves linhas lembramos que toda a imprensa noticiou que uma linda jovem de 14 anos, Tayná Andrade da Silva,  havia sido  estuprada e morta por quatro empregados de um parque de diversões, no dia 25 de junho. 

E que os frios estupradores confessaram o seu hediondo crime, depois de um rápido e eficiente trabalho da polícia. Os apresentadores na tevê bradavam, elevavam a tensão em nossas veias: “E aí, o que devia ser feito com esses animais?”, e mostravam as imagens das quatro feras.

Assim estávamos nós com a nossa consciência insatisfeita, porque clamávamos pelo sangue desses monstros, quando, passados alguns dias, a brava perita Jussara Joeckel descobriu que jamais houve qualquer violência sexual contra Tayná. Mais, que o exame de DNA no  sêmen encontrado na calcinha da jovem não pertence aos tidos como culpados.

 E para o cúmulo do absurdo, a perita afirma que a menina foi morta depois dos “assassinos” presos. Escândalo. A perita Jussara teve a sorte de ser apoiada por uma jornalista à altura, Joice Hasselmann. A repórter divulgou a análise e registrou no Blog da Joice que em meio aos gritos e ao bate-boca de uma   reunião na Secretaria de Segurança, um integrante da Polícia Civil chegou ao extremo da pergunta: “será que na contraprova nós não conseguimos um laudo com resultado inconclusivo?”.

Sabe-se agora que o preso Adriano teve um cabo de vassoura enfiado no ânus,  amarrado de ponta-cabeça e agredido com uma máquina de choque, para que confessasse o crime. A máquina de choque foi usada com uma haste de metal introduzida no seu ânus. Adriano, internado em hospital, tem sinais de perfuração no intestino. E todos os presos, depois de torturados, tiveram que assinara sem ler os “seus” depoimentos escritos.

Infelizmente, este é um caso exemplar da polícia brasileira, de Norte a Sul do país. Prende-se o culpado,  para depois iniciar-se a investigação que prove a sua culpa. A investigação, todos sabemos, é sempre a mesma: porradas primeiro, uma pergunta depois. 

Se o culpado não responder logo o que se quer provar, tudo mal. Pau de arara e choques elétricos como método infalível de apuração. Se responder conforme a acusação, tudo mais ou menos. A tortura continua, mas dessa vez para selar o depoimento, ou como gritam os torturadores: “Ah, então você escondia o jogo, não é, safado? Você vai ver agora o que um criminoso merece”. Pelo medo e terror, selam assim a culpa do culpado.

O costume da tortura se transformou em uma coisa tão banal, que os advogados falam nas entrevistas em invalidação do inquérito, porque contaminado pela violência. Isso é óbvio. Daí os doutores partem para a soltura dos presos, com a posterior cobrança ao Estado pela prisão indevida. O que é justo.

Mas da ação lhes escapa o maior horror: eles parecem não  ver que os policiais deveriam responder, antes de tudo, pela tortura, porque esse é um crime condenado, imprescritível em nossa Constituição e em todos os tribunais civilizados. O fundamental lhes escapa: a mais severa punição prisional para o torturador.

Mais. Chamamos a atenção para o comportamento da imprensa que reproduz as versões  da polícia sem um filtro, sem uma dúvida. Os repórteres copiam o Boletim de Ocorrência, e de tal modo que repórter policial é o mesmo que policial repórter. Mas isso é igualzinho ao tempo da ditadura. É igual àqueles malditos anos em as mortes de “terroristas” eram reproduções exatas da Agência Segurança Press. Se não, olhem o que se falou sobre o assassinato da menina de 14 anos nas tevês:

“Polícia termina investigação sobre morte da menina Tayná”, em Clique aqui 05/07/2013. “Polícia conclui inquérito e afirma que os suspeitos mataram Tayná. em Clique aqui , 05/07/2013

Os exemplos da imprensa brasileira, que reproduz de modo literal o que a polícia lhe sopra, ao fim de torturante inquérito, poderiam ser mostrados a um infernal infinito. E o mais grave, leitor. Agora mesmo, neste preciso instante, um preso comum está sendo torturado, sofrendo empalação ou é morto. Isso em plena democracia. Era bom que transformássemos o caso Tayná em um começo de real mudança, nas delegacias de polícia e na imprensa.

Urariano Mota, Direto da Redação

GAZETA SANTA CÂNDIDA,JORNAL QUE TEM O QUE FALAR

JUSTIÇA DECRETA PRISÃO DE 14 SUSPEITOS DE TORTURA POLICIAL NO CASO TAYNÁ

A 1ª Vara Criminal de Colombo, região metropolitana de Curitiba, expediu, no início da noite desta quarta-feira, 14 mandados de prisão contra policiais e outros envolvidos na denúncia de tortura a quatro presos acusados de estuprar e matar a adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos. Um outro pedido de prisão foi revertido em afastamento do cargo.

Os pedidos foram feitos pelo Ministério Público, através do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e pela Corregedoria da Polícia Civil, após uma reviravolta nas investigações do caso do assassinato da jovem. 

Presos após confessar o crime, quatro funcionários de um parque de diversões do município de Colombo foram submetidos a testes de DNA, e o material genético de nenhum deles bateu com o coletado do sêmen encontrado no corpo da menina.

Após o Instituto de Criminalística constatar tal disparidade entre as provas coletadas e a linha de investigação, os presos prestaram novo depoimento ao Ministério Público, para quem denunciaram terem confessado sob tortura. 

Os policiais envolvidos foram afastados do caso, uma nova equipe recomeçou as investigações e os quatro foram libertados na última segunda-feira. Paralelamente, o Gaeco e a Corregedoria da Polícia Civil iniciaram a investigação sobre o caso de tortura e pediram a prisão dos acusados.

Os mandados expedidos nesta quarta-feira são contra 10 policiais civis, entre eles, o delegado Silvan Rodney Pereira, responsável pela primeira investigação, um policial militar, um guarda municipal de Araucária, município onde se localiza a Casa de Custódia onde os quatro acusados ficaram presos, um agente penitenciário e um detento. 

Os advogados do delegado e de outros seis policiais denunciados negaram a tortura e informaram que seus clientes iriam se apresentar ao Gaeco assim que as prisões fossem determinadas.

Também nesta quarta, os quatro funcionários do parque de diversões inicialmente presos como acusados pela morte de Tayná foram incluídos no programa de proteção a testemunhas e, segundo o coordenador do programa, procurador Leonyr Batisti, “já devem estar longe do Paraná”.

SEGURANÇA PÚBLICA DE COLOMBO RECEBE R$ 500 MIL PARA A SEGURANÇA

Wilson Vieira, GM Brizola, Gilmar dos Santos, deputado federal Fernando Francischini, vereador Gil Gera e prefeita Beti Pavin

 
A administração da prefeita Beti Pavin conquistou mais uma importante aquisição para a segurança pública municipal de Colombo.

O deputado federal Fernando Francischini disponibilizou uma emenda federal de R$ 500 mil reais para a segurança pública municipal de Colombo.

Um trabalho que vem sendo realizado com o empenho do representante da segurança municipal Gilmar dos Santos, do representante do controle orçamentário Wilson Vieira e a Guarda Municipal de Colombo.



Guarda Municipal de Colombo
Esta emenda será integralmente utilizada para a segurança pública municipal, melhorando e implementando a atuação da Guarda Municipal de Colombo.

O repasse da emenda pelo deputado federal Fernando Francischini, é o início de uma parceria com o município de Colombo, visando mais estruturação e poder de ação da segurança pública municipal, que tem contado com o empenho dos vereadores municipais para a liberação de recursos e projetos. Em especial os vereadores Gil Gera, Sidinei Campos, Alan Tattoo e Waldirlei Bueno.






Governador Beto Richa, Wilson Vieira, GM Brizola e Gilmar dos Santos
Além desta emenda, muitos outros projetos encontram-se em andamento, junto ao governo do Paraná, na pessoa do governador Beto Richa e no governo federal, na pessoa da presidente Dilma, para sempre atender da melhor maneira os anseios de todos os colombenses.





É a prefeita Beti Pavin e sua equipe trabalhando para uma Colombo com mais segurança para todos!

O deputado federal Fernando Francischini deverá vir a Colombo nos próximos dias e desde já se colocou a disposição do povo de Colombo para sempre estar em parceria com as necessidades na área de segurança pública municipal.

O povo agradece os R$ 500 mil reais disponibilizados pelo deputado federal Fernando Francischini para a segurança pública municipal de Colombo!