segunda-feira, 10 de junho de 2013

PROJETO ''PIOLHO NA MINHA CABEÇA NÃO'' É DESENVOLVIDO EM CMEI DE COLOMBO

 
 Anemia, irritabilidade e dificuldade de aprendizagem podem ser causadas por infestação de piolhos em crianças no ambiente escolar. Preocupadas com o assunto as Educadoras Elisângela Sinhori e Juliane Melissa Dias, do Centro Municipal de Educação Infantil Chapeuzinho Vermelho, no bairro Monte Castelo, criaram o Projeto Pedagógico “Piolho na Minha Cabeça Não” com o objetivo de conscientizar pais e alunos.

A educadora Elisângela relata que o tema parece comum por atingir a maioria das crianças, principalmente em idade escolar, porém, a pediculose, como também é conhecida, torna-se um problema grave, com consequências ísicas e também psicológicas como, vergonha, raiva, isolamento e déficit de aprendizagem. “Nossa intenção é mobilizar escola e família a favor de comportamentos saudáveis, com a intenção de melhorar a vida social da comunidade e o mais importante, desenvolver o interesse das crianças pela aprendizagem”, argumenta.

De forma lúdica e criativa, a educadora Juliane Melissa, ressalta que o projeto possui metodologia interdisciplinar, com possibilidades de desenvolver a linguagem oral e escrita, contagem, relação número quantidade, coordenação, expressividade, natureza e sociedade. “Através do projeto as crianças puderam abordar todas as disciplinas aplicadas em sala de aula”, afirma.

A educadora Elisângela explica que nas aulas utilizam figuras para ilustrar as conversas sobre o piolho e os males que causam à saúde. Após, surge um personagem hilário, o “João Cabeludo”, um boneco confeccionado com caixa de papelão, que simboliza um menino triste, sem hábitos de higiene, que está infestado com a pediculose. Nas brincadeiras as crianças se mobilizavam para ajudá-lo. “Eles retiravam todos os piolhos da cabeça do boneco, nesta hora trabalhamos a matemática com contagem oral”, fala.

A Coordenadora dos Centros Municipais de Educação Infantil, Áuria Rosa, considera o trabalho de utilidade pública, segundo ela, é primordial conscientizar crianças e familiares sobre a importância de combater o mal da infestação de piolhos nas escolas. “Foi uma iniciativa interessante porque de forma lúdica e prazerosa conscientiza a comunidade da importância de se preocupar com a saúde de nossos pequenos”, salienta.

MITO

A enfermeira Janine Luiz Carlos, da Unidade de Saúde Sede de Colombo, cita que já se tornou comum ouvir entre os adultos que, crianças com mais de uma infestação por piolhos possui “baixa imunidade” ou problemas no sangue. Ela esclarece que isto não passa de um mito, os pequenos que tem uma ou mais infestações, na maioria das vezes, tiveram contato com pessoas com pediculose. “Às vezes os pais fizeram um tratamento inadequado ou ineficiente, deixando algumas lêndeas para traz e, com certeza, elas irão se proliferar”, argumenta.

Janine explica que uma lêndea leva oito a dez dias até se tornar um piolho, este período é chamado de “encubação”. A fêmea se não for erradicada pode viver de três a quatro semanas. De acordo com ela, para prevenir o problema é recomendável que os adultos examinem com freqüência a cabeça das crianças, cílios e sobrancelhas, onde também podem ficar alojados. Trocar e lavar com regularidade roupas de uso pessoal, principalmente de quem já adquiriu a pediculose. “É importante instruir sempre as crianças para que não compartilhe escovas, bonés ou prendedores de cabelo com colegas. Devemos lembrar também que o tratamento não deve ser realizado somente no individuo que já tem o piolho, mas em todos que convivem na mesma casa”, acrescenta.

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