terça-feira, 8 de outubro de 2013

APÓS ATO DE PROFESSORES, MANIFESTANTES DEPREDAM CENTRO DO RIO E DE SÃO PAULO

Atos ocorriam sem violência até a chegada de integrantes do Black Bloc. No Rio, a polícia só agiu meia hora após o ataques. Em São Paulo, pelo menos dez foram presos
Após ato de professores, manifestantes depredam centro do Rio e de São Paulo
            "Black Blocs depredam e 
         incendeiam lateral da Câmara 
        dos Vereadores, no centro da
           capital fluminense"
 


 O centro das duas principais cidades do País, São Paulo e Rio, foi palco novamente de confrontos violentos na noite desta segunda-feira, 7. 

 Inicialmente convocados em apoio aos professores do Rio - que entraram em confronto na 
 semana passada com a Polícia
 Militar-,os atos corriam pacificamente, até a intervenção de grupos Black Blocs.

Dezenas de mascarados atiraram pelo menos 20 coquetéis molotov dentro da Câmara Municipal do Rio (na Cinelândia), durante manifestação em apoio à greve dos professores. 
 
 
O grupo ainda tentou invadir o prédio e destruiu bancos, lojas e bancas de jornal. 
 
O edifício onde funciona o Clube  Militar foi atacado e teve a portaria e o primeiro andar incendiados. Outro grupo ateou fogo em um ônibus. A 200 metros do local, tropas da PM assistiam ao ataque sem interferir. Só agiram 30 minutos após o início do ataque, com bombas de efeito moral.

A violência dos mascarados, vinculados ao grupo Black Bloc, e a apatia dos policiais militares marcaram a manifestação, iniciada de maneira pacífica no largo na frente da Igreja da Candelária. O tumulto começou já na Cinelândia, após marcha pela Avenida Rio Branco. Para surpresa dos manifestantes, a área estava sem policiamento, quando da chegada das cerca de 5 mil pessoas que participaram da passeata - na avaliação do Sindicato dos Profissionais de Ensino (Sepe).

A falta de policiais pode ter estimulado o vandalismo. Os primeiros ataques aconteceram em agências bancárias. Um Banco do Brasil e um Itaú foram destruídos. Barricadas de fogo surgiram na Cinelândia e em ruas vizinhas. A pouco mais de 200 metros da Câmara, 40 policiais formaram um cordão na frente do Quartel General da PM, a partir das 19h40. Mas não seguiram em direção à Cinelândia, o que estimulou os manifestantes. Pedregulhos foram arremessados em direção à tropa, que continuava impassível.

Os mascarados decidiram, então, atacar a Câmara, alvo já antigo das manifestações. As bombas caseiras e coquetéis molotov foram atirados por entre as grades do portão de ferro da Rua Evaristo da Veiga. O portão foi forçado, mas os manifestantes não tiveram força para derrubá-lo. Dentro do Palácio Pedro Ernesto, funcionários e seguranças respondiam com jatos de extintor. Não havia informações sobre os prejuízos dentro do prédio histórico.

A partir do momento em que a PM agiu, os depredadores recuaram. Mais agências foram destruídas, sendo que uma delas, do Banco do Brasil, teve os caixas eletrônicos incendiados. Os Black Blocs fugiram pela Avenida Rio Branco e em direção à Assembleia Legislativa do Estado do Rio, também alvo de protestos violentos desde o início das manifestações, em junho. Outros fizeram fogueiras na frente do Clube Militar, quase na esquina da Rio Branco com a Avenida Santa Luzia. O clube foi atacado com pedras e explosivos. O fogo atingiu o primeiro andar, até ser apagado.

Portarias de vidro, jornaleiros, bancos, lanchonetes, galerias, nada escapou. Às 21h, na esquina com a Rua 7 de Setembro, uma patrulha da PM foi escorraçada a pedradas pelos manifestantes. A bandeira do Estado, hasteada numa agência do Banco do Brasil, foi arrancada e substituída por um pano preto.

São Paulo. A manifestação de alunos e professores na Praça da República, em São Paulo, também terminou em confronto com a polícia e atos de vandalismo, depois que um grupo de mascarados do grupo Black Bloc jogaram coquetéis molotov em um cordão de policiais que fazia a proteção da Secretaria Estadual de Educação.

No fim da tarde, por volta das 18h, um grupo de manifestantes saiu da Avenida Paulista em direção ao prédio da secretaria, formado por cerca de 150 alunos e funcionários universitários. Ao mesmo tempo, um grupo de mascarados partiu do Teatro Municipal. Uma vez que o confronto começou, o grupo pacífico se dispersou, enquanto que os mascarados passaram a depredar placas, lojas e carros, perseguidos por PMs e integrantes da Tropa de Choque.

Pelo dez manifestantes foram presos até as 21h e sete pessoas ficaram feridas, sendo quatro policiais. A polícia utilizava bombas de efeito moral e gás pimenta para dispersar o grupo.

 Estadão

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