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Descoberto apenas seis dias atrás, o asteróide de 140 metros de
comprimento Asteroid 2013 ET passou a 950 mil quilômetros da Terra às
17h30 do sábado. A distância é cerca de duas vezes e meia a que separa o
planeta da Lua, muito próxima em termos cósmicos.
"A parte que assusta é que foi algo que nós nem conhecíamos", disse
Patrick Paolucci, presidente do Slooh Space Camera, durante uma
apresentação que exibiu imagens ao vivo do asteroide a partir de um
telescópio instalado nas Ilhas Canárias.
Se movendo a uma velocidade de cerca de 41.800 quilômetros por hora, o
asteroide poderia ter eliminado uma grande cidade se tivesse caído na
Terra, disse Paul Cox, engenheiro do telescópio Slooh.
O Asteroid 2013 ET é quase oito vezes maior que o que explodiu sobre
Chelyabinsk, na Rússia, em 15 de fevereiro. A força a explosão,
equivalente a 440 quilotons de dinamite, criou uma onda de choque
quebrou janelas e danificou prédios, ferindo 1.500 pessoas.
Ainda naquele dia, outro pequeno asteroide, conhecido como DA14,
passou a cerca de 27.680 quilômetros da Terra, mais próximo que órbitas
de satélites de comunicação.
"Uma das razões de estarmos achando mais destes objetos é que há mais gente procurando", disse Cox.
Dois outros pequenos asteroides, ambos do tamanho do meteoro russo,
também vão passar pela vizinhança da Terra neste final de semana.
O Asteroid 2013 EC 20 passou a apenas 150 mil quilômetros de distância
do planeta no sábado, disse Cox. Neste domingo, o Asteroid 2013 EN 20
vai passar a cerca de 449 mil quilômetros da Terra.
Ambos foram descobertos apenas três dias atrás. "Não estamos sentados em
nosso pontinho azul sozinhos e seguros... Isso deveria ser um alerta
para os governos", disse Cox.
A agência espacial norte-americana, Nasa, recebeu tarefa do Congresso
dos Estados Unidos para rastrear todos os objetos próximos da Terra com
1 quilômetro ou mais de diâmetro e estima que cerca de 95% deles foram
identificados.
Entretanto, apenas 10% dos asteroides menores foram descobertos, afirmam cientistas da Nasa.
O esforço tem como objetivo dar a cientistas e engenheiros o máximo
de tempo possível para avaliar se um asteroide ou cometa está em rota de
colisão com a Terra. Isso pode permitir o envio de uma nave ou a tomada
de outras medidas para se tentar evitar uma catástrofe.
Cerca de 100 toneladas de material do espaço chegam à Terra todos os
dias. Astrônomos atualmente esperam que um objeto do tamanho da pedra
que explodiu sobre a Rússia atinja o planeta a cada cerca de 100 anos.
ILUSTRAÇÃO GAZETA GST
ILUSTRAÇÃO GAZETA GST
Reuters
Agência Estadão
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