Segundo um certo
baixinho que conheço...

Há homens que passam pela vida, sonhando, mas jamais conseguem
realizar, enquanto outros, já não conseguem mais, sequer sonhar. Reavivar a
chama dos sonhos, da esperança, da juventude e das fantasias, é que nos traz a
capacidade de seguir em frente, querer saber o que há mais adiante, e por fim,
realizar.
Às vezes o tempo parece
longo e para alguns até já passou, levando seus sonhos, esperanças e até mesmo
a vontade de viver. Os homens têm a mania de cultuar seus mitos, lembrar suas
histórias e até endeusar simples mortais, quando não se julgam eles mesmos
deuses. Mas ao final, todos passam e na maioria das vezes, pouco deixam, e até
mesmo suas palavras se perdem no vento.
Podem perder a
oportunidade de ver a verdade e se deixar levar por mil conjeturas que os
outros querem em que acredite. E trazem de volta ao seu aconchego, aqueles que
lhe deram desprezo, egoísmo, mágoas. Porque não podem negar que fazem parte de
seu ser.
De si, por inteiro. Já outros, passam
por sobre o mal, transformando as
pedras do caminho em simples e pequenos cascalhos que deixam as águas seguirem seus
caminhos calmos e límpidos. Alguns até nelas rolam como a se banhar e deixar
suas impurezas seguirem no curso da vida. Que estas sim, sejam passivas das
correntezas e quedas de logo adiante.
Vivendo sonhos e fantasias, deixando
palavras, até as não ditas, com a certeza de ser mesmo só uma folha na corrente, deslizando com
prazer e alegria no destino da vida.
Nem sempre é o pão que alimenta o corpo
que tem uma alma faminta, e muito menos a água por mais cristalina que seja que
sacia a vontade de um coração sedento de esperança. Se soubermos ser o mago da
felicidade, vamos saber tirar de nossas cartolas um abraço de esperança para esses
corações e uma palavra de coragem para essas almas famintas.
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Antonio Jorge Rettenmaier
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